Por que a América Latina continua construindo shoppings enquanto os EUA estão abandonando o modelo:lv bet cadastro

Sacolaslv bet cadastrocompras coloridas

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Legenda da foto, Setor continuará crescendo na América Latina, ainda que a uma taxa menor, diz consultor

A Associação Brasileiralv bet cadastroShopping Centers (Abrasce) prevê a inauguraçãolv bet cadastroquase 30 centros comerciais no país até o fim do ano que vem, sendo a maioria fora dos grandes centros metropolitanos - uma tendência do setor no Brasil.

Ainda segundo a Abrasce, o setor faturou R$ 157,9 bilhõeslv bet cadastro2016 no país.

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Legenda da foto, Estudo afirma que escassezlv bet cadastroespaços públicos seguros leva consumidor a buscar shoppings

As projeções indicam que o México manterá a liderança até pelo menos 2025, quando deve alcançar a marcalv bet cadastro760 shoppings construídos, segundo estimativas do Grupolv bet cadastroInteligêncialv bet cadastroMercado para a América Latina do Conselho Internacionallv bet cadastroCentros Comerciais (ICSC, na siglalv bet cadastroinglês).

A expansão da classe média, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o aumento dos investimentos estrangeiros estão entre os fatores que influenciam a multiplicação dos shoppings - modelo comercial que, paradoxalmente, está retrocedendo nos Estados Unidos.

No último ano, calcula-se que tenham sido construídos cercalv bet cadastro50 shoppings na América Latina - número que, apesarlv bet cadastrobaixo na comparação com outros anos, não indica uma tendêncialv bet cadastroqueda a longo prazo, segundo estimam analistaslv bet cadastromercado.

"O desenvolvimentolv bet cadastrocentros comerciais continuará crescendo na América Latina, ainda que a uma taxa menor", diz à BBC Jorge Lizan, diretor-executivo da Lizan Retail Advisors.

"O México definitivamente sai na dianteira, tantolv bet cadastronúmerolv bet cadastroprojetos como na sofisticação deles. Colômbia, Peru e Chile são outros países onde essa indústria segue crescendo. No Brasil, o setor não está crescendo neste momento por conta da recessão econômica, mas os empreendedores estão focadoslv bet cadastroestabilizar e consolidar seus portfólios", explica.

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Legenda da foto, México e Brasil são os países latino-americanos com o maior númerolv bet cadastroshoppings

Em relação à Argentina, Lizan acredita que o país "sairá da crise nos próximos dois anos e começará a desenvolver novos projetoslv bet cadastrocentros comerciais".

Na contramão dos EUA

Segundo o Banco Mundial, a classe média latino-americana cresceu vertiginosamente na última década, o que permitiu maior segurança financeira a milhõeslv bet cadastropessoas, assim como mais acesso a crédito, estimulando progressivamente o consumo interno. No Brasil, esse crescimento foi interrompido pela crise dos últimos anos.

"Quando a classe média dos Estados Unidos cresceu, entre 1945 e 2005, isso se refletiu na compralv bet cadastrocarros e na construçãolv bet cadastroshoppings. A versão latino-americana segue um roteiro parecido", afirmou o pesquisador urbanístico Nolan Garylv bet cadastroartigo publicado recentemente no site CityLab.

"Dado que o varejo enfrenta dificuldades nos Estados Unidos ante o aumento do comércio online e o estancamento dos salários desde 2008, as redeslv bet cadastroshopping, os empreendedores e investidores americanos têm muitos motivos para buscar oportunidades no sul (do continente)", acrescenta.

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Legenda da foto, Compras online são uma das principais ameaças à sobrevivência dos centros comerciais

Ainda que as compras online também tenham decolado na América Latina, a modalidade crescelv bet cadastrovelocidade bem menor do que nos Estados Unidos, e por diferentes razões -lv bet cadastroalguns locais, por exemplo, o sistemalv bet cadastroentrega não é fácil ou eficiente.

Para Lizan, outra diferença é que existe uma escassezlv bet cadastroespaços públicos seguros destinados a lazer e compras na América Latina. Segundo ele, isso faz com que os shoppings sejam uma alternativa - ainda que muita gente torça o nariz para a ideia, uma vez que o lazer no shopping está instrinsicamente ligado ao consumismo.

A 'morte do shopping'

A questão da "morte dos shoppings" nos Estados Unidos é recorrente na imprensa local. Dezenaslv bet cadastrocentros comerciais fecharam as portas na última década, e estima-se que um quarto dos 1,1 mil "malls" existentes no país podem ser extintos nos próximos anos.

A estratégialv bet cadastroparte dos empreendimentos locais que se mantêm abertos é ampliar a ofertalv bet cadastroexperiências aos clientes,lv bet cadastrovezlv bet cadastrooferecer apenas opçõeslv bet cadastrocompras.

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Legenda da foto, Dezenaslv bet cadastrocentros comerciais fecharam as portas nos Estados Unidos nos últimos anos

E quanto ao resto do mundo? No Oriente Médio e na Ásia, registra-se um crescimento significativo dos shoppings, assim comolv bet cadastroalguns países europeus.

"O problema é que nos Estados Unidos houve um boomlv bet cadastroconstruçõeslv bet cadastroshoppings entre as décadaslv bet cadastro1960 e 1990. Foram construídos mais metros quadradoslv bet cadastrovarejistas do que o necessário", argumenta Lizan.

"Por isso, fala-se hojelv bet cadastroum ajuste, que é agravado pelas vendas online, pela Amazon e pelas mudanças nos hábitos (do consumidor)."

A dúvida, agora, é se os shoppings vão conseguir se adaptar à concorrência online e como a geração atuallv bet cadastromilennials responderá às ofertas do mercado.