Mulher supera assassinatorytas cbet tiesiogiaifilho ensinando corridarytas cbet tiesiogiaibairro violentorytas cbet tiesiogiaiSP:rytas cbet tiesiogiai
A vidarytas cbet tiesiogiaiNeide Silva contém muitos dos absurdos aos quais os brasileiros se acostumaram nas grandes cidades. Retirante nordestina, ela foi abusada sexualmente a caminhorytas cbet tiesiogiaiSão Paulo, quando tinha seis anosrytas cbet tiesiogiaiidade. Mais tarde, perderia o marido, baleado pela polícia e, ainda, um dos três filhos, assassinado por um menor no bairro do Capão Redondo.
No entanto, Neide não só se superou as tragédias como delas tirou força para ajudar outras mulheres a encararrytas cbet tiesiogiaiforma diferente o dia a diarytas cbet tiesiogiaiuma das áreas mais violentas da região metropolitanarytas cbet tiesiogiaiSão Paulo.
"As mulheres me viam correndo e falavam: Ora, então eu posso correr também", conta Neide, que comanda o projeto Vida Corrida, que atende a centenasrytas cbet tiesiogiaimulheres e crianças no Capão.
Neide saiurytas cbet tiesiogiaiPorto Seguro, na Bahia, aos seis anosrytas cbet tiesiogiaiidade. "Minha mãe me entregou para outra família criar", conta. No novo lar, não foi à escola. Trabalhou como faxineira e, depois, como costureira.
À escola, só chegaria aos dez anosrytas cbet tiesiogiaiidade, quando já vivia com outra família - a segundarytas cbet tiesiogiaitrês pelas quais passaria antesrytas cbet tiesiogiaivoltar à mãe biológica, com quem vive hojerytas cbet tiesiogiaidia.
Um dia, foi chamada a participarrytas cbet tiesiogiaiuma provarytas cbet tiesiogiairevezamento, porque a titular havia faltado. Ajudou a equipe da escola a vencer e transformou o atletismorytas cbet tiesiogiairotina.
Casada aos 17 anos, Neide engravidou e teve um filho aos 18. "Quando o meu filho estava com quase 4 meses, o meu marido, negro, chegando do trabalho, foi assassinado por um policial militar. Segundo as investigações, o meu marido não aceitou a vozrytas cbet tiesiogiaicomando, e o policial deu um tiro, e foi um tiro fatídico no meu marido", conta, emocionada.
Correndo diariamente pela manhã, Neide se concentrou no esporte para superar a dor. Passou a ser seguida por mulheres do bairro. "As mulheres vieram até mim porque elas queriam o direitorytas cbet tiesiogiaifazer uma atividade física. Porque na comunidade só os homens jogam futebol. Só os homens tinham acesso a prática esportiva."
Assim nascia o projeto Vida Corrida, que logo chegaria ao Parque Santo Dias, uma ilharytas cbet tiesiogiaiMata Atlântica rodeada pelas favelas do Capão.
Ajudando a mãe com as corridas pelo bairro, o primeiro filhorytas cbet tiesiogiaiNeide, Mark, pediu à mãe que incluísse as crianças do bairro, que se envolviam com o tráficorytas cbet tiesiogiaidrogas. "Mas eu não aceitei, disse que não tinha tempo", lembra Neide.
Em setembrorytas cbet tiesiogiai2000, Marke seria assaltado e assassinado por um meninorytas cbet tiesiogiai14 anosrytas cbet tiesiogiaiidade. "Eu queria estar no lugar do meu filho", lamenta Neide.
Atualmente, Neide atende a 200 adultos e 250 crianças. Segundo ela, maisrytas cbet tiesiogiai80% são do sexo feminino.
Aos poucos, ela teverytas cbet tiesiogiaireduzir os trabalhos como costureira - hoje ela se dedica quase que exclusivamente à coordenação das atividades do Vida Corrida.