Preocupação do brasileiro com saúde mental quase triplicoucasino parimatch4 anos, mostra pesquisa:casino parimatch

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Legenda da foto, Porcentagemcasino parimatchbrasileiros que se preocupam com saúde mental saltoucasino parimatch18% para 49%

Também chama a atenção o impactocasino parimatchtemas relacionados à saúde mental, como mencionado mais acima. Em 2018, apenas 18% dos brasileiros diziam que tópicos como depressão e ansiedade eram fontescasino parimatchinquietude.

Esse número subiu para 27%casino parimatch2019, 40%casino parimatch2021 e 49%casino parimatch2022 — um saltocasino parimatch2,7 vezes num períodocasino parimatchquatro anos.

Confira a seguir as análises sobre esse e outros destaques da pesquisa.

A mente como protagonista

Para Cassio Damacena, diretorcasino parimatchcuidadoscasino parimatchsaúde da Ipsos no Brasil, a maior preocupação com a saúde mental captada pelo estudo está relacionada com a própria pandemia.

"De certa maneira, a covid-19 fez com que as doenças mentais e psíquicas ganhassem um protagonismo e fossem mais discutidas abertamente", interpreta.

"Me parece que a forma como vemos esses transtornos se modificou nesse período", complementa.

Damacena entende que o aumento dos óbitos relacionados ao coronavírus fez com que as pessoas refletissem mais sobre a vida.

Para alguns, a necessidadecasino parimatchficarcasino parimatchcasa e restringir os contatos com amigos e familiares também serviucasino parimatchgatilho para o surgimentocasino parimatchquadros como ansiedade e depressão.

Na comparação com outros países, o Brasil está entre aquelescasino parimatchque a preocupação com a saúde mental atinge níveis mais altos.

Apenas Suécia (63%), Chile (62%), Irlanda (58%), Portugal (55%), Espanha (51%) e Estados Unidos (51%) têm números superiores aos registrados por aqui.

De acordo com o Global Burden of Diseases, um estudo global que estima o impactocasino parimatchdiferentes doenças, 3,3% da população brasileira apresenta transtornos depressivos.

Ainda segundo esse trabalho, essas doenças estão entre os principais fatores que impactam a qualidadecasino parimatchvida e a saúdecasino parimatchum indivíduo.

Câncer virou coadjuvante

O levantamento da Ipsos ainda aponta uma queda expressiva na preocupação relacionada ao câncer.

Em 2018, 57% dos brasileiros diziam que os tumores eram um dos principais problemascasino parimatchsaúde que alguém poderia enfrentar.

Esse índice despencou pela metadecasino parimatch2022: apenas 29% dos participantes disseram concordar com a frase do parágrafo anterior.

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Legenda da foto, Tratamentocasino parimatchalguns tumores está passando por uma verdadeira revolução nos últimos dez anos

Damacena apresenta duas hipóteses para explicar essa diferença num espaçocasino parimatchtempo tão curto.

"Primeiro, o cenário do diagnóstico e do tratamento do câncer mudou. As taxascasino parimatchsobrevida aumentaram consideravelmentecasino parimatchtempos recentes", diz.

O pesquisador entende que essa doença sempre esteve relacionada a um estigma muito grande, que evoca a ideiacasino parimatchfinitude e morte.

É possível, porém, que os avanços nos exames e nos medicamentos estejam modificando aos poucos essas noções.

"Em segundo lugar, não podemos nos esquecer que a pesquisa capta o que está preocupando as pessoas naquele exato momento", acrescenta.

Ou seja: com a chegada da covid, uma condição nova e mortal, os tumores foramcasino parimatchcerta maneira relegados a um segundo plano, como se fossem menos urgentes, avalia o representante da Ipsos.

Ganhocasino parimatchpeso é figurante

Ainda na seara dos tópicos que não geram alarme entre a população, o cenário da obesidade é bastante peculiar.

Embora 57% dos brasileiros tenham excessocasino parimatchpeso, segundo o Ministério da Saúde, apenas 15% veem os quilos extras como um desafio.

A taxa está entre as menores do planeta e só fica acima do que foi observadocasino parimatchItália (13%), Tailândia (11%), Índia (10%), África do Sul (9%), Indonésia (6%) e Japão (5%).

Damacena interpreta o achado sob o prisma do sensocasino parimatchurgência.

"A obesidade é uma condição que demora para produzir algum efeito. A pessoa vive anos, ou até décadas, com excessocasino parimatchpeso, colesterol alto, diabetes e hipertensão antescasino parimatchsofrer um evento mais grave, como um infarto", lembra.

"Isso dificulta a interpretaçãocasino parimatchrisco relacionado à obesidade", completa.

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Legenda da foto, Excessocasino parimatchpeso ainda não é visto por muitas pessoas como uma ameaça imediata à saúde, acredita especialista

Uma das alternativas para modificar isso, aponta o especialista, envolve a realizaçãocasino parimatchcampanhascasino parimatchcomunicação, a exemplo do que ocorre com o câncercasino parimatchmama e o outubro rosa, mês marcado por açõescasino parimatchconscientização sobre o diagnóstico precoce desse tumor.

"Precisamos que governos, empresas e imprensa falem mais sobre o tema,casino parimatchmodo que as pessoas percebam a importância e incorporem os cuidados para prevenir e tratar a obesidade na rotina delas", sugere.

Vacina: escolha pessoal ou obrigação?

Um quarto e último destaque da pesquisa está relacionado à aplicaçãocasino parimatchdoses dos imunizantes.

A Ipsos perguntou aos milharescasino parimatchparticipantes se eles achavam que a vacinação deveria ser compulsória ou não.

O Brasil aparece entre os cinco países com a maior porcentagem da população que considera que todos deveriam ser obrigados a estar com as dosescasino parimatchdia, ao ladocasino parimatchEmirados Árabes Unidos, Indonésia, México e Índia.

Um totalcasino parimatch72% dos brasileiros concordam com a obrigatoriedade, enquanto 13% discordam dela.

A média global écasino parimatch59% a favor e 18% contra.

Esse número, porém, caiu um pouco na comparação com os levantamentos anteriores feitos no país:casino parimatch2020, 78% dos brasileiros achavam que as vacinas deveriam ser obrigatórias.

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Legenda da foto, Noçãocasino parimatchobrigatoriedadecasino parimatchtomar as vacinas é menorcasino parimatchnações mais desenvolvidas

Damacena aponta para uma diferença curiosa no ranking das nações: as mais ricas são aquelas com a maior porcentagem da população que discorda da imunização compulsória.

Apenas 38% dos portugueses são a favorcasino parimatchmedidas do tipo. Bem próximos, aparecem os húngaros (41%), os japoneses (43%), os americanos (44%) e os suíços (45%).

O cenário é oposto nos países mais pobres, como os já citados Indonésia (78%), México (75%), Índia (74%) e Brasil (72%).

Para Damacena, isso tem a ver com o fatocasino parimatchesses lugares terem uma memória mais recente do impacto das doenças infecciosas preveníveis pelas vacinas, como poliomielite, sarampo e rubéola.

"Quanto menos se vê essas doenças, que foram erradicadas ou controladas nos locais mais ricos, mais distante fica a urgência da vacinação", pontua.

"Isso ajuda a entender porque, entre as nações desenvolvidas, a vacinação muitas vezes é vista como algo superficial", conclui.

- Este texto foi publicado originalmentecasino parimatchhttp://bbc.co.ukhttp://vesser.net/brasil-63213184

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