Desmatamento: Amazônia perdeu área sete vezes a cidadepixbet vai de betSão Paulo até novembro:pixbet vai de bet

Sobrevoo do Greenpeacepixbet vai de betfazenda na Amazôniapixbet vai de bet2020 mostra gado sendo colocadopixbet vai de betárea recém queimada

Crédito, Christian Braga | Greenpeace

Legenda da foto, Sobrevoo do Greenpeacepixbet vai de betfazenda na Amazôniapixbet vai de bet2020 mostra gado sendo colocadopixbet vai de betárea recém queimada

"Não conseguimos separar o desmatamento mensal ocorridopixbet vai de betáreas privadas das áreas públicaspixbet vai de betdiferentes estágiospixbet vai de betposse por causa da faltapixbet vai de betdados sobre a possepixbet vai de betterras na Amazônia, que são defasados", explica a pesquisadora do Imazon responsável pelo levantamento, Larissa Amorim.

Já dados do Institutopixbet vai de betPesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) obtidos pela BBC News Brasil mostram que 54% do desmatamento registrado entre janeiro e outubropixbet vai de bet2021 ocorreram somentepixbet vai de betterras públicas da Amazônia, sendo 32%pixbet vai de betterras públicas não destinadas.

Diferentemente do Imazon, o Ipam usa dados do Institutopixbet vai de betPesquisas Espaciais (Inpe), do governo federal, e consegue fazer a distinçãopixbet vai de betonde ocorreu exatamente o desmatamentopixbet vai de betacordo com o cadastro rural da área.

Aindapixbet vai de betacordo com o Ipam, considerando o período entre agostopixbet vai de bet2020 e julhopixbet vai de bet2021 - mesespixbet vai de betque se mede a temporada do desmatamento na Amazônia - o principal responsável pelo desmatamento foi a invasãopixbet vai de betterras públicas não destinadas (28%), seguido pelo desmatamentopixbet vai de betimóveis rurais (áreas privadas; 26%) e,pixbet vai de betterceiro,pixbet vai de betassentamentos (23%).

O caos fundiário e o desmatamento

A pesquisadora do Imazon responsável pelo levantamento desta segunda-feira, Larissa Amorim, explica que o desmatamento avança por terras públicas sem destinação na Amazônia com uma finalidade central: apropriação e privatizaçãopixbet vai de betterras públicas.

Para isso, os invasores se valempixbet vai de betuma brecha no Cadastro Ambiental Rural (CAR), um cadastro online do governo federalpixbet vai de betque qualquer pessoa, mesmo sem matrícula nem registropixbet vai de betum determinado imóvel rural, pode requerer a posse da área.

"O CAR é autodeclaratório. Cabe às secretarias ambientais dos Estados e aos órgãospixbet vai de betfiscalização checar essas áreas requeridas via CAR, mas muitas dessas terras públicas conseguem ser legalizadas pelo invasor", adverte Amorim.

Um levantamento do Ipampixbet vai de bet2020 mostrou que maispixbet vai de bet23% das terras públicas não destinadas da região estão registradas ilegalmente como propriedade privada.

"Primeiro, os invasores invadem terras públicas e extraem ilegalmente a madeira. Depois, eles queimam a área para limpar o terreno. Para não deixarem outros invasores entrarem na terra já desmatada, eles colocam gado e transformampixbet vai de betpasto", descreve a pesquisadora do Imazon.

Outro estudo do Ipam, publicadopixbet vai de betoutubro, mostrou que 44% do desmatamento registradopixbet vai de bet2019 e 2020 ocorreupixbet vai de betterras públicas, sendo que 75% do que foi desmatado nas terras públicas não destinadas foi transformadopixbet vai de betpastos.

Contudo, há grileiros que não querem explorar a área desmatada.

"Existem invasores que só querem a madeira da área. Então, eles desmatam e depois ou vendem a terra já desmatada para o agronegócio, com documentos ilegais por meio da grilagem, ou simplesmente abandonam a terra", explica Amorin.

Gráfico

Crédito, IPAM

Legenda da foto, Dados do Institutopixbet vai de betPesquisa Ambiental da Amazônia mostram que 54% do desmatamento registrado entre janeiro e outubropixbet vai de bet2021 ocorreupixbet vai de betterras públicas

Terras públicaspixbet vai de betassentamentos

O monitoramento do Imazon do desmatamentopixbet vai de betnovembro na Amazônia mostrou que a atividade ilegal também avança sobre outro tipopixbet vai de betterras: os assentamentos, que foram responsáveis por 40% dos 484 km² desmatados no mês.

Assentamentos rurais também são áreas públicas, mas destinadas aos assentados para a reforma agrária e que deveriam ser fiscalizados pelo governo para uso sustentável, como o extrativismo.

"Desmatamentopixbet vai de betassentamento tempixbet vai de bettudo um pouco", diz o secretário executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini.

"Tem muita invasão e grilagem à força. Isso quer dizer que os grileiros entram no assentamento, colocam uma arma na cabeça do assentado e fazem um contratopixbet vai de betcompra e venda a preço irrisório", descreve Astrini.

Além da faltapixbet vai de betfiscalização, o secretário executivo do OC também aponta que o governo não tem dado assistência às famílias assentadas, que precisampixbet vai de betsuporte para produzir na terra.

"Tem muito arrendamentopixbet vai de betterra dentro dos assentamentos. Os assentados arrendam para soja ou outra produção. É muito comum também madeira ilegalpixbet vai de betassentamento", completa.

Áreapixbet vai de betfazenda queimada

Crédito, Christian Braga | Greenpeace

Legenda da foto, Caos fundiário ajuda a explicar avanço do desmatamento na região

O Pará, líder invicto

O levantamento do Imazon também destaca a concentração do desmatamentopixbet vai de betapenas três dos nove Estados da Amazônia Legal: Pará, Mato Grosso e Rondônia foram responsáveis por 80% do desmatamento na regiãopixbet vai de betnovembro.

O caso mais grave é do Pará, que lidera o rankingpixbet vai de betdestruição da floresta há sete meses consecutivos. Apenaspixbet vai de betnovembro, o Estado registrou 290 km²pixbet vai de betdevastação. Além disso, das dez cidades que mais desmataram a Amazônia no período, oito são paraenses.

"O Pará está ligado à economia do desmatamento: agropecuária e exploração da madeira. Isso ajuda a explicar porque estão lá as cidades, os assentamentos e as unidadespixbet vai de betconservação mais desmatadas da Amazônia", explica Amorim.

Onde ocorre e onde não ocorre o desmatamento

O levantamento do Imazon mostra que terras indígenas (TIs) e unidadespixbet vai de betconservação (UCs) são as terras públicas menos desmatadas:pixbet vai de betnovembro, unidadespixbet vai de betConservação representaram 4% do desmatamento e Terras Indígenas, 2%.

Não é permitido nenhum tipopixbet vai de betdesmatamento nem nenhuma formapixbet vai de betposse da terrapixbet vai de betTIs e UCs. Com isso, estas são as únicas áreas na Amazônia que não podem ser requeridas por meio do Cadastro Ambiental Rural.

Segundo os ambientalistas, isso ajuda a explicar porque o desmatamento é muito menor nestas regiões.

"Quem invade e desmata TI e UC sabe que não poderá requerer a posse da terra, diferente do que ocorrepixbet vai de betterras públicas não destinadas", diz Amorim.

Os dados também servempixbet vai de betembasamento para o argumentopixbet vai de betque terras públicas sem destinação sejam transformadaspixbet vai de betunidadespixbet vai de betconservação.

"O maior problema da Amazônia não é a demarcaçãopixbet vai de betterras e a criaçãopixbet vai de betáreaspixbet vai de betconservação, mas o desmatamento, que está muito alto e sem fiscalização", afirma Amorim.

A BBC News Brasil procurou o Incra e o Ministério do Meio Ambiente para comentar os dados, mas não teve retorno.

PLs podem piorar desmatamento

A situação do desmatamentopixbet vai de betterra pública não destinada epixbet vai de betassentamentos pode piorar ainda mais se dois projetospixbet vai de betlei que tramitam no Senado forem aprovados.

Um deles é o PL 510, que prevê a anistia do crimepixbet vai de betinvasãopixbet vai de betterra pública para quem ocupou entre o finalpixbet vai de bet2011 e 2014. Também prevê que áreas invadidaspixbet vai de betaté 2.500 hectares sejam regularizadas sem que passem por vistoria.

Outro é o PL 4348/2019, que permitirá que ocupações ilegaispixbet vai de betassentamentospixbet vai de betaté 2,5 mil hectares, ou seja, verdadeiros latifúndios, sejam regularizadas por posseiros irregulares, e não famílias assentadas pelo governo.

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