As câmeras que ajudarão a salvar espécie rarabanca de apostas esportivasroedor que vive isoladabanca de apostas esportivasilhabanca de apostas esportivasSC:banca de apostas esportivas

Neste ano, porém, um grupobanca de apostas esportivasbiólogos e ambientalistas decidiu instalar câmerasbanca de apostas esportivasmonitoramento na ilha para tentar salvar a espécie.

"Esse tipobanca de apostas esportivaspreá foi classificado como criticamente ameaçadobanca de apostas esportivastodos os níveis possíveis, do estadual ao mundial. Além do baixíssimo númerobanca de apostas esportivasindivíduos, cercabanca de apostas esportivas50, uma alteração mínima no habitat pode extermina-lo", explica Carlos Salvador, biólogo do Instituto Tabuleiro e coordenador do projeto que nos próximos meses vai instalar por voltabanca de apostas esportivas15 câmeras pela ilha.

A função será estudar o comportamento dos preás, verificar as condições da cobertura vegetal e principalmente monitorar a presença ilegalbanca de apostas esportivasseres humanos no arquipélago, processo que tem colocado a vida da espéciebanca de apostas esportivasrisco.

A ilha onde os roedores vivem, a maior das três do arquipélago, faz parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. A área é classificada como "zona intangível", ou seja, com visitação proibida.

Na prática, porém, a proibição nem sempre é respeitada. Desembarques ilegais ainda acontecem nas ilhas, mesmo com o monitoramento da costa pela Polícia Militar Ambiental.

"As ilhas da região têm certa visitação ilegal ao longo do ano. A do preá,banca de apostas esportivasespecial, é inóspita e não tem praia. Mas mesmo assim algumas pessoas contratam embarcações e atracam no arquipélago. Às vezes, passam o fimbanca de apostas esportivassemana, algo totalmente desnecessário", diz Salvador.

A presençabanca de apostas esportivaspessoas na ilha pode causar uma sériebanca de apostas esportivasproblemas ao animal, explica o biólogo. "Já houve casosbanca de apostas esportivaspequenos incêndios. O fogo pode rapidamente destruir a vegetação que servebanca de apostas esportivasalimento para o preá", diz.

"Outro problema é que as pessoas podem levar animais como gatos e cachorros, que, alémbanca de apostas esportivasserem predadores para o preá, podem transmitir algum tipobanca de apostas esportivasvírus, bactéria ou fungo para os roedores", afirma Salvador.

Carlos Cassini, coordenador do parque da Serra do Tabuleiro, conta que recentementebanca de apostas esportivasequipe encontrou vestígiosbanca de apostas esportivasum churrascobanca de apostas esportivasuma das onze pequenas ilhas que compõem a unidadebanca de apostas esportivasconservação, a maiorbanca de apostas esportivasSanta Catarina com 84 mil hectares.

"A presençabanca de apostas esportivaspessoas não preocupa porbanca de apostas esportivasintensidade, porque ela é pequena. Mas, como qualquer alteração no ambiente pode afetar o preá, temos que tomar precauções", explica.

Recentemente, a direção do parque colocou placas informando ser proibido desembarcar no local e incluiu a ilha dos preás na carta náutica, ressaltando a restrição. "Depois dessas placas, não tivemos mais informaçõesbanca de apostas esportivasdesembarques sem autorização", aponta Cassini.

As câmeras para monitorar a ilha devem ser instaladas nos próximos meses. Segundo Cassini, o parque e os pesquisadores ainda estão tentando solucionar questões técnicas, como a energia para abastecer o equipamento e a transmissão das imagens para o continentebanca de apostas esportivastempo real.

Isolamento

O preá-de-moleques-do-sul (Cavia intermedia) só foi descrito pela ciênciabanca de apostas esportivas1999, após especialistasbanca de apostas esportivasaves marinhas encontrarem o roedor na ilhabanca de apostas esportivasSanta Catarina. Em seu nome científico, o termo intermedia foi posto porque ele tem características morfológicas intermediárias entre duas espéciesbanca de apostas esportivasroedores do continente.

Existem apenas hipóteses para explicar como um roedor tão pequeno foi pararbanca de apostas esportivasuma ilha isolada no oceano. Uma delas suspeitabanca de apostas esportivasque alguém possa ter espalhado os animais pelo localbanca de apostas esportivasalgum momento, mas essa opção não é muito bem aceita pelos cientistas.

Segundo o biólogo Carlos Salvador, as três ilhas que compõem o arquipélago, na verdade, estão conectadas debaixo d'água. "É como se fosse um iceberg. O que vemos é apenas a ponta, mas há uma porçãobanca de apostas esportivasterra conectada", explica.

"Pela característica do animal como uma espécie diferentebanca de apostas esportivasoutros preás, acreditamos que ele possa ter ficado na ilha quando o nível do oceano subiu e cobriu parte do arquipélago", explica Salvador.

Ou seja, há cercabanca de apostas esportivas8 mil anos, quando a água do oceano avançou e criou várias pequenas ilhas na região, um grupobanca de apostas esportivaspreás ficou presobanca de apostas esportivasuma delas. Eles acabaram evoluindo separadamente, tornando uma espécie à parte: têm coloração, pele, tamanho e o númerobanca de apostas esportivascromossomos diferentes do preá do continente.

"Essa espécie é única. É impressionante como ela conseguiu se manter saudável por 8 mil anos tendo uma população que varia apenas entre 30 e 60 indivíduos", diz Salvador.

Depoisbanca de apostas esportivasuma gestaçãobanca de apostas esportivas60 dias, o preá-de-moleques-do-sul nasce sempre como "filhote único", com quase 20% do peso da mãe, tamanho considerado grande para um mamífero. Precoce, já nasce preparado para se locomover e procurar grama para comer, além do leite materno.

Segundo o biólogo, a competição por comida é grande na ilha, e um animal vive cercabanca de apostas esportivas400 dias, mas há alguns mais fortes que conseguem chegar a cinco anos.

Na ilha, eles só têm a companhiabanca de apostas esportivasquatro espéciesbanca de apostas esportivasaves que usam o local para se reproduzir.

Dever moral

Em 2020, biólogos e pesquisadores,banca de apostas esportivasparceria com o Instituto do Meio Ambiente do Estadobanca de apostas esportivasSanta Catarina (IMA), órgão gestor do parque estadual, criaram um planobanca de apostas esportivasações para conservar o preá. Entre os 28 objetivos, há a colocaçãobanca de apostas esportivasplacas, câmerasbanca de apostas esportivasmonitoramento e conscientização da população local sobre a importância do animal.

"O plano tem ações específicas para engajar a sociedade e mostrar o papel da população nesse processobanca de apostas esportivasconservaçãobanca de apostas esportivasuma espécie tão especial e única. Já na escola, as crianças precisam aprender a importância do preá e o que devemos fazer para preservá-lo", diz Karynna Tolentino, especialistabanca de apostas esportivasciência da conservação da Fundação Grupo Boticáriobanca de apostas esportivasProteção à Natureza, entidade que financia o projetobanca de apostas esportivasmonitoramento da ilha.

Já Fabianobanca de apostas esportivasMelo, membro da Redebanca de apostas esportivasEspecialistasbanca de apostas esportivasConservação da Natureza (RECN), explica que açõesbanca de apostas esportivasconservação não dão certo sem a participação ativa da sociedade. "A parte mais difícil do trabalho é convencer as pessoasbanca de apostas esportivasque temos o dever moral e éticobanca de apostas esportivasproteger a natureza. Como seres humanos não temos o direitobanca de apostas esportivasextinguir uma espécie", diz.

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