Coronavírus: estratégia do 'queijo suíço' para combater a covid-19:
De acordo com o gráfico proposto por Mackay, o distanciamento social é a medida mais importante porque é "a chave para desacelerar a propagação do vírus".
"Um vírus respiratório não pode se espalhar entre duas pessoas que estão muito distantes. As outras camadas podem variarordemimportância dependendo das circunstâncias", diz o cientista.
Além do distanciamento físico (que inclui o cuidadose ficarcasa se estiver doente), Mackay enfatiza o usomáscaras, higiene das mãos e cobertura ao tossir, limitar o tempoespaços fechadosque haja outras pessoas, evitar aglomerações e ter sistemaventilação ou filtragem do arespaços fechados.
No gráfico também existe uma linha que passa pelos orifícioscada fatia, que "significa que as imperfeiçõesvárias camadas podem se somar e deixar o vírus passar —diferentes situações. Por isso, várias medidas devem ser implementadas para reduzir o risco. Quanto mais camadas, mais fácil será tapar esses buracos", responde o virologista.
"Se houver várias pessoasuma sala perto o suficiente umas das outras, mas a sala for bem ventilada, elas terão menos chancescontrair o vírus do que se não houver ventilação."
"Ao implementar várias intervenções, você realmente aumenta as chanceshaver o menor risco possívelpropagação do vírus."
Efeito cumulativo
O modelo do queijo suíço foi originalmente proposto na década1990 por James T. Reason, pesquisador da UniversidadeManchester (Reino Unido), para explicar por que falhas e acidentes ocorremsistemas complexos.
É,fato, um métodoanálise e gerenciamentorisco que nada tem a ver com infecções respiratórias e é amplamente utilizadosetores como aviação, engenharia e saúde. Também é conhecido como modeloefeito cumulativo
Mackay, que alémpesquisador é professor adjunto da FaculdadeMedicina da UniversidadeQueensland (Austrália), acredita que a hipóteseReason pode servir como "um modeloevolução e uma ótima maneiramostrar como reduzir riscos"contrair o SARS-CoV-2, o vírus que causa o covid.
É um modelo que também pode ser aplicado a outros vírus causadoresdoenças respiratórias.
"Devido à estruturanossas sociedades e aos hábitos aos quais estamos acostumados, é inevitável que uma pandemiavírus respiratórios afete muitas pessoas, até com vacina. O certo é que quanto mais medidas adotamos, melhor", afirma.
Responsabilidade individual e compartilhada
Em seu gráfico (atualizado24outubro), Mackay distingue entre estratégiasresponsabilidade individual e compartilhada, já que algumas ações podem ser aplicadasnível individual (o que você pode fazer, como colocar uma máscara) ou nível comunitário (o que os governos implementam, como estabelecer quarentenas e lockdowns, ou seja, confinamentos).
Uma das "camadas" mais importantes para Mackay dentro do nível"responsabilidade compartilhada" é aquela que tem a ver com informações e mensagens dos governos na comunicaçãosuas medidas.
"A desinformação é um problema que está crescendo no mundo e precisamos levá-lo a sério. (...) Acho que é um problema crescente, principalmente devido ao uso das redes sociais", diz à BBC News Mundo.
"Alguns rumores sem evidências científicas podem ser propagados na internet por muitas pessoas e corroer qualquer uma dessas camadas porque mudam o que as pessoas pensam sobre máscaras e outros elementos", diz Mackay.
O cientista destaca ainda que, se há orientaçõesgovernos que, por exemplo, exigem o usomáscara, mantendo distância social ou evitando viagens, é importante cumpri-los. "Fazer isso é vital para que o combate à doença seja eficaz", conclui.
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