População do Brasil deve encolherbwin fontquase 50 milhões até o fim do século, aponta estudo:bwin font

Pesquisadores apontam que a estimativabwin fontvida dos brasileiros poderá saltarbwin fontem tornobwin font76 anos para uma médiabwin font82 até o fim do século

Crédito, Rovena Rosa/Agência Brasil

Legenda da foto, Pesquisadores apontam que a estimativabwin fontvida dos brasileiros poderá saltarbwin fontem tornobwin font76 anos para uma médiabwin font82 até o fim do século

Resultadobwin fontum aumento no acesso à educação e no acesso a métodos contraceptivosbwin fonttodo o mundo, a queda no númerobwin fontfilhos por família se repetiriabwin font183 dos 195 países e territórios estudados, incluindo o Brasil.

Segundo os autores, a população brasileira saltariabwin font211,8 milhões (dadobwin font2017) para um picobwin font235,49 milhõesbwin font2043, quando entrariabwin fontqueda acentuada, até chegar a 164,75 milhõesbwin fontbrasileirosbwin font2100.

As mortes decorrentes do novo coronavírus, ressaltam os pesquisadores, "dificilmente vão alterar significativamente as tendênciasbwin fontlongo prazo previstas para a população global".

Ainda assim, apontam os pesquisadores, quando o tamanho da população e a distribuição destas pessoas por faixa etária mudam, a maneira como as pessoas vivem, o meio ambiente, as políticas públicas e a economia também se transformam.

O Brasil do fim do século 21

Os autores da pesquisa, que teve entre seus financiadores a Fundação Bill e Melinda Gates, apontam que a queda já percebida na quantidadebwin fontfilhos por família no Brasil deve se intensificar nas próximas décadas.

Ao mesmo tempobwin fontque a taxasbwin fontnatalidade diminuirão, eles apontam que a estimativabwin fontvida dos brasileiros poderá saltarbwin fontem tornobwin font76 anos para uma médiabwin font82 até o fim do século.

O resultado direto seria uma população mais velha que a atual – o que também pode significar um encolhimento na economia brasileira, como explica à BBC News Brasil o norueguês Stein Emil Vollset, professorbwin fontsaúde global da Universidadebwin fontWashington e um dos autores do estudo.

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“Prevemos reduções no PIB total no Brasil como resultado do encolhimento da populaçãobwin fontidade ativa, o que porbwin fontvez é impulsionado pelas baixas taxasbwin fontfertilidade no país”, disse o professor por e-mail à reportagem.

“As taxasbwin fontfertilidade no Brasil estão abaixo do nível necessário para manter os níveis atuais da população há vários anos e prevemos que as taxasbwin fontfertilidade permanecerão abaixo do nível necessário para crescimento ao longo deste século”, continuou Vollset.

Segundo o levantamento, o Brasil se manteria como 8ª maior economia do mundo até 2050. Mas, até 2100, o Brasil seria ultrapassado por Austrália, Nigéria, Canadá, Turquia e Indonésia, e cairia para a 13ª posição no ranking das maiores economias do mundo.

Dono da sexta maior população mundialbwin font2017, ano usado como referência pelo estudo, o Brasil deve ocupar a 13ª colocação entre os países com mais habitantes até 2100.

Um novo futuro

Em nota enviada a jornalistas, o editor-chefe da revista Lancet, Richard Horton, disse que a pesquisa “oferece uma visão sobre mudanças radicais no poder geopolítico”.

“O século 21 assistirá a uma revolução na históriabwin fontnossa civilização humana. A África e o mundo árabe moldarão nosso futuro, enquanto a Europa e a Ásia recuarão embwin fontinfluência”, diz.

Entre as principais movimentações no ranking das 10 maiores economias do mundo entre 2017 e 2100, segundo o estudo, destacam-se o avanço da Índia para o pódio dos maiores PIBs mundiais (um salto da sétima para a terceira posição) e uma ascensão meteórica da Nigéria, que saltaria da 28ª posição para a nona e se tornaria o primeiro país africano entre entre as 10 mais.

“Até o final do século, o mundo será multipolar, com Índia, Nigéria, China e EUA como potências dominantes. Este será realmente um mundo novo, para o qual devemos nos preparar hoje”, diz Horton.

A Rússia, porbwin fontvez, cairia da atual 10ª posição para a 14ª. O vácuo dos russos seria ocupado pelo Canadá, que pularia da 11ª para a 10ª posição.

Segundo o professor Vollset, as flutuações nos PIBs dos países resultariam, entre outros fatores,bwin fontum "declínio no númerobwin fontadultosbwin fontidade ativa (...) que poderá resultarbwin fontgrandes mudanças no poder econômico global até o final do século.”

No mundo inteiro, segundo o estudo, a fatia da população com maisbwin font65 anos será bem maior que a com menosbwin font20 (ou 2,37 bilhões contra 1,7 bilhão).

Os pesquisadores argumentam que essa queda na proporçãobwin fontjovens pode significar uma reduçãobwin fontíndices como inovação das economias.

Também encolheria o mercado interno - formado por pessoas aptas a consumir bens e serviços. “Aposentados têm menos probabilidadebwin fontcomprar bensbwin fontconsumo duráveis do que os adultosbwin fontmeia idade e jovens”, exemplificam os autoresbwin fontnota à imprensa.

Segundo os autores, o fenômeno expõe “enormes desafios ao crescimento econômico trazidos por uma forçabwin fonttrabalhobwin fontdeclínio”, alémbwin fontsobrecargas a sistemasbwin fontprevidência social e saúde frente a populações cada vez mais idosas.

A explosão africana

O levantamento indica que as populaçõesbwin font183 países do mundo devem encolher – “a não ser que a baixa natalidade seja compensada por imigração”.

Ainda assim, a população da África subsaariana,bwin fontmedia, deve triplicar ate o fim do século, passandobwin font1,03 bilhõesbwin font2017 para 3,07 bibwin font2100.

Países subsaarianos, junto aos do norte da África e às nações do Oriente Médio serão os únicos, segundo o estudo, a registrarem aumento populacional até o fim do século.

O ranking dos cinco países mais populosos do mundo trará Índia (1,09 bilhão), Nigéria (791 milhões), China (732 milhões), EUA (336 milhões) e Paquistão (248 milhões).

Já a lista das 10 maiores populações incluirá, além da Nigéria, outros quatro países da África: República Democrática do Congo, Etiópia, Egito e Tanzânia.

A situação é bem diferente da Ásia e da Europa – continentes onde acontecerão as maiores quedasbwin fonttermos populacionais.

No primeiro grupo, o Japão deve encolher das atuais 128 milhõesbwin fontpessoas para 60 milhõesbwin font2100, e a Tailândia deve verbwin fontpopulação caindobwin font71 para 35 milhões. A queda prevista para a China é ligeiramente menor, porém ainda impactante:bwin font1,4 bilhãobwin font2017 para 732 milhõesbwin font2100.

Já na Europa, a população espanhola pode encolherbwin font46 a 23 milhões, enquanto a Itália perderá 30 milhõesbwin fontcidadãos (de 61 para 31 milhões) e os portugueses irãobwin font11 para 5 milhões.

A jornalistas, o diretor da escolabwin fontmedicina da Universidadebwin fontWashington, Christopher Murray, disse que o “estudo oferece aos governosbwin fonttodos os países a oportunidadebwin fontcomeçar a repensar suas políticas sobre migração, forçabwin fonttrabalho e desenvolvimento econômico para enfrentar os desafios apresentados pelas mudanças demográficas".

“Para paísesbwin fontalta renda com populaçõesbwin fontdeclínio, políticas abertasbwin fontimigração e políticasbwin fontsuporte para que famílias tenham a quantidadebwin fontfilhos que desejarem são as melhores soluções para sustentar os atuais níveis populacionais,bwin fontcrescimento econômico ebwin fontsegurança geopolítica”, diz o professor.

Os autores também ressaltam que as respostasbwin fontgovernos ao declínio da população não podembwin fontqualquer hipótese interferir na liberdade e nos direitos reprodutivos das mulheres.

Limites

Entre os possíveis problemas do estudo, os autores dizem que as previsões podem ser afetadas pela quantidade e qualidade dos dados, “embora o levantamento tenha usado os melhores dados disponíveis”.

Eles também apontam a possibilidadebwin fontimprevistos que possam afetar ritmosbwin font“fertilidade, mortalidade ou migração bwin font ”.

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