Coronavírus: qual o tratamento para sintomas leves e graves da covid-19:blazejogo

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blazejogo Os sintomas da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, já são conhecidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que procure ajuda médica quem apresentar tosse, febre e dificuldade para respirar. Mas como proceder se os sintomas surgirem? E que tratamento é recomendado a quem buscar atendimento por suspeitablazejogoter sido infectado com o novo coronavírus?

A OMS declarou que o mundo enfrenta uma pandemia. Declarar uma pandemia significa dizer que os esforços para conter a expansão mundial do vírus falharam e que a epidemia está forablazejogocontrole.

Enfermeira com máscara, dentroblazejogoprédio com placa 'Pronto socorro - HRAN', olha para fora

Crédito, REUTERS/Adriano Machado

Legenda da foto, Só casos mais graves devem ser encaminhados aos hospitais, locaisblazejogoque há maior circulaçãoblazejogopacientes, vírus e bactérias

A doença que o vírus provoca é uma infecção respiratória que começa com sintomas como febre e tosse seca e, ao fimblazejogouma semana, pode provocar faltablazejogoar. De acordo com uma análise da OMS baseada no estudoblazejogo56 mil pacientes, 80% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e,blazejogoalguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldadeblazejogorespirar e faltablazejogoar) e 6% doenças sérias (insuficiência pulmonar, choque séptico, falênciablazejogoórgãos e riscoblazejogomorte).

A BBC News Brasil reuniu as recomendações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde eblazejogoprofissionais da saúde especializados para prever os principais passos do tratamento, dependendo dos sintomas do paciente.

Nem todo mundo vai precisar ir ao hospital

Enfermeira com máscara e vultoblazejogoduas pessoas dentroblazejogosalablazejogohospitalblazejogoBrasília

Crédito, REUTERS/Adriano Machado

Legenda da foto, Profissionaisblazejogosaúde precisam usar máscaras e equipamentoblazejogoproteção durante o atendimento

No Brasil, o Ministério da Saúde decidiu priorizar o atendimento dos casos suspeitosblazejogocoronavírus por meio da atenção primária, ou seja, pelo atendimento inicial, considerado a portablazejogoentrada dos usuários nos sistemasblazejogosaúde. De acordo com o ministério, são 42 mil postosblazejogosaúde espalhados pelo país que devem dar contablazejogoresponder a cercablazejogo90% dos casos, na estimativa do ministro Luiz Henrique Mandetta.

Os serviçosblazejogosaúde deverão fazer triagem mais rápida dos casos, para que pessoas com sistemas respiratórios afetados passem menos tempoblazejogosalasblazejogoespera. Vacinações devem ser feitasblazejogoáreas abertas.

A intenção anunciada pela pasta éblazejogoampliar o horárioblazejogoatendimento nos postosblazejogosaúde, facilitando adesão dos municípios ao programa Saúde na Hora. Segundo o ministro, a meta é que 6,7 mil unidades passem a funcionarblazejogohorário ampliado, e o ministério disponibilizou cercablazejogoR$ 900 milhões que serão repassados aos municípiosblazejogoacordo com a expansão da epidemia.

PostosblazejogoSaúde

A recomendação éblazejogoque procure os postosblazejogosaúde quem apresentar sintomas como febre baixa, tosse, dorblazejogogarganta e coriza, e sentir a necessidadeblazejogoatendimento médico. Mas se você tiver sintomas leves, mas sente que não precisa da ajudablazejogoum médico, pode ficarblazejogocasa.

As pessoas com sintomas não devem procurar unidadeblazejogosaúde se tiverem apenas tosse, apenas coriza, apenas coriza e mal-estar ou sensaçãoblazejogomoleza no corpo ou apenas febre, segundo o ministério.

E quem precisa ir ao hospital? Só quem apresentar os sintomas mais graves, como dificuldade para respirar, respiração curta ou faltablazejogooxigenação — que já podem ser sinaisblazejogopneumonia, um dos estágios mais graves da covid-19, que é a doença causada pelo novo coronavírus.

Caixa e cartelablazejogoOseltamivirblazejogocima da mesa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Antivirais contra outros tiposblazejogovírus podem ser prescritos a pacientes com suspeitablazejogocoronavírus durante o atendimento médico

A opção do governoblazejogopriorizar o atendimentoblazejogopostosblazejogosaúde é justamente evitar que se crie uma redeblazejogoinfectados ainda maior nos hospitais, que concentram maior circulaçãoblazejogovírus e bactérias. A prioridade é reservar os ambulatórios e leitos dos hospitais para os casos mais graves.

"No casoblazejogoa pessoa ter febre acimablazejogo38 graus e sintomas respiratórios, essa pessoa deve procurar uma unidade básicablazejogoatendimento, que pode tranquilamente ser um postoblazejogosaúde. E, chegando a este postoblazejogosaúde a pessoa deve se identificar como sintomático respiratório para ser colocadoblazejogooutra linhablazejogoatendimento, que evite a transmissão para outros pacientes", afirma o infectologista Estevão Portela Nunes, vice-diretor do Instituto NacionalblazejogoInfectologia Evandro Chagas, da FioCruz.

Quem tiver dificuldade para respirar, a respiração curta ou fraca vai precisar sim ir ao hospital, orienta o médico da FioCruz,

Nos postosblazejogosaúde, a orientação para os profissionais é que avaliem rapidamente todas as pessoas que apresentem febre ou dificuldade para respirar, independentemente da idade.

Segundo orientação do ministério para os profissionais que atuam nos postos, a equipeblazejogosaúde deve priorizar os casos suspeitos, oferecer uma máscara cirúrgica e isolar tais pacientesblazejogolocal ventiladoblazejogoque não haja circulaçãoblazejogopessoas sem proteção,

Casos suspeitosblazejogocovid-19 com sintomas mais leves receberão medicamentos para aliviar os sintomas: um analgésico para dor, um antitérmico para a febre. Se a equipeblazejogosaúde avaliar que o caso é mais grave, poderá encaminhar o paciente para um pronto atendimento ou para um especialista.

As orientaçõesblazejogocada país

Em países como o Reino Unido e a Itália, a recomendação éblazejogoque, no casoblazejogosintomas leves, a pessoa fiqueblazejogocasa, evitando circular justamente para não criar uma redeblazejogoinfectados que acabam chegando a pessoas mais vulneráveis à doença. A orientação taxativa do serviçoblazejogosaúde britânico éblazejogoque a pessoa com sintomasblazejogogripe, febre e tosse, por exemplo, não procure os serviçosblazejogosaúde por conta do riscoblazejogoinfectar pessoas mais vulneráveis. Lá no Reino Unido e na Itália os pacientes podem obter orientação médica por telefone, incluindo uma avaliação preliminar, opção que não existe no Brasil.

Questionado pela reportagem da BBC News Brasil, o ministério afirma que cada país adotablazejogoprópria estratégia contra o novo vírus, e argumenta que a opção pelo atendimento nos postosblazejogosaúde foi adotada justamente por se trataremblazejogoambientes menores e mais restritos que os hospitais. Mas pondera que as orientações podem mudar a qualquer momento, já que trata-seblazejogoum vírus novo e o próprio sistemablazejogosaúde está aprendendo a lidar com ele.

A própria OMS ressalta a importânciablazejogose respeitar as orientações das autoridadesblazejogosaúdeblazejogocada país, que terão as informações mais atualizadas sobre a realidade local.

As orientações do Ministério da Saúde têm pesoblazejogorecomendações, mas na prática a organização dos atendimentos pode mudarblazejogocada Estado, pois os governadores têm autonomia sobre seus sistemasblazejogosaúde. Em países continentais, como o Brasil, a realidade varia bastanteblazejogouma região para outra.

O governo também lembra que antecipou para 23blazejogomarço a Campanha NacionalblazejogoVacinação contra a gripe, prevista para a segunda quinzenablazejogoabril, justamente para evitar que os idosos tenham que circular pelos postosblazejogosaúde no período esperadoblazejogomaior circulação do novo vírus no país. A recomendação do Ministério da Saúde para idosos ou doentes crônicos é a restriçãoblazejogocontato social (viagens, cinema, shoppings, shows e locais com aglomeração), e claro, tomar a vacina contra gripe.

Embora a vacina contra a gripe não proteja contra o novo coronavírus, mas, sim, contra tiposblazejogoinfluenza (família à qual pertence o H1N1, por exemplo), pode ajudar profissionaisblazejogosaúde a diagnosticar — por eliminação — eventuais casosblazejogocovid-19.

Como serão atendidos os pacientes nos hospitais?

No pronto atendimento do hospital, os profissionaisblazejogosaúde farão uma triagem para direcionar cada pacienteblazejogoacordo com a gravidade da situação. Casos com sintomas mais graves, como dificuldade para respirar, provavelmente serão internados, e, a depender da avaliação do médico, talvezblazejogoUTI.

Pacientes com suspeitablazejogocoronavírus que não precisaremblazejogointernação receberão tratamento no ambulatório e prescriçãoblazejogomedicamentos para aliviar os sintomas. Quem for considerado suspeito para a covid-19, mesmo que sem teste ou confirmação, receberá a recomendaçãoblazejogoque fiqueblazejogoisolamentoblazejogocasa, por 14 dias.

Não há, até o momento, recomendaçõesblazejogorestriçãoblazejogoconvívio familiar. Casosblazejogoque a covid-19 for descartada — por exemplo, quando os médicos constatarem que a pessoa tem rinite alérgica, e não covid-19 — podem não receber essa recomendação. Tudo vai depender da avaliação do médico.

Que pacientes serão testados para covid-19?

Na fase atual,blazejogoacordo com o Ministério da Saúde, a decisãoblazejogofazer ou não o teste do coronavírusblazejogoum paciente ficará a cargoblazejogocada médico. No dia 9blazejogomarço, o secretárioblazejogovigilânciablazejogosaúde, Wanderson Oliveira, disse que todo mundo que for internado com caso graveblazejogogripe e síndrome respiratóriablazejogocidades onde há casos confirmados da doença serão testados, até para verificar se já há circulação do vírus nesses locais.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde informaram que estão habilitando laboratóriosblazejogotodos os Estados para realizarem mais testes.

Já na saúde privada, a Agência NacionalblazejogoSaúde Suplementar (ANS) decidiu que os planosblazejogosaúde estão obrigados a cobrir o exame para detecção do novo coronavírus.

Nos casos graves, ou seja, das pessoas com febre alta, problemas respiratórios ou até mesmo pneumonia, o protocolo é que primeiro seja feito um painel respiratório, que é um exame para investigar a presença dos vírus que mais circulam pelo país, como o da gripe.

Se der positivo para algum outro vírus, o paciente será tratado com o antiviral específico, segundo explicou o Doutor Estevão Portela. Se der negativo, aí é que chega a horablazejogotestar para o coronavírus.

Como serão tratados os casos confirmadosblazejogocoronavírus?

A Organização Mundial da Saúde explica que não existe, até agora, um tratamento específico para curar a covid-19, embora existam muitos esforços para encontrar remédios ou uma vacina que previna a doença.

O que existe, por enquanto, são os tratamentos para resolver os sintomas: baixar febre, amenizar a tosse, tirar dores no corpo e tratar complicações respiratórias, como pneumonia.

Quando a dificuldade para respirar é grande, o paciente pode receber oxigênio, por exemplo. Um dos desafios da gestão dessa pandemia é evitar que muitos casos evoluam para que a procura por hospitais não supere o númeroblazejogovagas. Segundo o Conselho FederalblazejogoMedicina, o Brasil possui quase 45 mil leitosblazejogoUTI. Pouco menos da metade (49%) está disponível para o SUS e a outra parte é reservada exclusivamente à saúde privada ou suplementar (planosblazejogosaúde), que hoje atende a 23% da população.

Remédios como antibióticos, por exemplo, não servem para combater o coronavírus, mas podem ser usadosblazejogoalgum momento para tratar outra infecção associada, como uma faringite, ou mesmo uma pneumonia bacteriana que possa ter se desenvolvidoblazejogocima da infecção viral.

Proteja a si mesmo e aos mais vulneráveis

Importante é não esquecer das dicas da OMS e do Ministério da Saúde para se proteger do coronavírus: lave sempre as mãos com água e sabão ou use álcool gel, mantenha distânciablazejogo1 metroblazejogopessoas espirrando ou tossindo: evite tocar olhos, nariz e boca; ao tossir ou espirrar, utilize o antebraço ou um lenço, que deve ser descartado. Mantenha os ambientes bem ventilados e evite aglomerações, principalmente se estiver doente.

O presidente da Sociedade BrasileirablazejogoVirologia, Fernando Spilki, destaca que é preciso ter ainda mais cuidadoblazejogorelação à proteção dos idosos, grupo mais vulnerável à nova doença. Embora a letalidade da covid-19 venha se mostrando baixa (em torno dos 3%)blazejogomodo geral, supera os 14% entre os mais idosos.

"Os idosos precisam estar protegidos. É preciso pensarblazejogotodas as viasblazejogopossível infecção: um neto, um filho, o namorado que vai visitar, qualquer um pode estarblazejogoperíodoblazejogoincubação e passar o vírus". Spilki recomenda reforçoblazejogomedidasblazejogohigiene e proteger os idososblazejogoqualquer tipoblazejogocontato social. "É o mais importante".

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