O que pode acelerar ou retardar a recuperação da floresta consumida pelo fogo na Amazônia:criciuma e cruzeiro palpite

Amazonas

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Legenda da foto, A fumaça e as chamas cobriram milharescriciuma e cruzeiro palpitehectarescriciuma e cruzeiro palpitefloresta tropical

Mas quanto tempo pode levar para recuperar a floresta consumida pelas queimadas na Amazônia? E que fatores podem acelerar ou retardar esse processo? Em alguns dos cenários antevistos por pesquisadores ouvidos pela BBC News Mundo (serviçocriciuma e cruzeiro palpiteespanhol da BBC), essa recuperação pode demorar séculos, a dependercriciuma e cruzeiro palpitefatores diversos.

Queimada na Amazônia

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Legenda da foto, O desmatamento e as mudanças climáticas podem afetar a regeneração das áreas afetadas pelo fogo

Yadvinder Malhi, professorcriciuma e cruzeiro palpiteciências do ecossistema da Universidadecriciuma e cruzeiro palpiteOxford, no Reino Unido, afirma que "leva entre 20 e 40 anos, se permitirmos que a floresta se regenere".

No entanto,criciuma e cruzeiro palpiteentrevista à BBC News Mundo, o acadêmico ressalta que há vários aspectos que podem afetar essa recuperação.

Um deles é o quão danificado está o solo queimado. Se sofreu vários incêndios, diz ele, é mais provável que tenha danos permanentes ecriciuma e cruzeiro palpiterecuperação será muito mais lenta.

Outro fator está relacionado à proximidade entre a área queimada e uma floresta preservada.

"Ao ladocriciuma e cruzeiro palpiteuma floresta intacta, os pássaros e animais vão naturalmente para a área danificada e ajudarão na recuperação."

Caso contrário, adverte Malhi, "será muito mais difícil porque as sementes e espécies terão que ser introduzidas".

Mudança climática e desmatamento

A mudança climática é outro fator que pode determinar a rapidez com que os hectares queimados vão se regenerar.

Claire Wordley, pesquisadora do Departamentocriciuma e cruzeiro palpiteZoologia da Universidadecriciuma e cruzeiro palpiteCambridge, no Reino Unido, afirma que esse fator é extremamente difícilcriciuma e cruzeiro palpiteprever e controlar.

"Já foi previsto que, se a temperatura (global) ficar muito alta, a Amazônia não conseguirá produzir chuva suficiente para mantercriciuma e cruzeiro palpitefloresta tropical. Então, se (o ambiente) ficar quente demais, (a floresta) pode se tornar uma savana", explicou à BBC News Mundo.

De acordo com a acadêmica, embora seja difícil estimar o tempo necessário para a recuperação da floresta danificada, está claro que não será daqui a dez anos.

"Pode levar centenascriciuma e cruzeiro palpiteanos", avalia.

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Legenda da foto, Várias áreas da Amazônia estão sendo afetadas pela pecuária

Por outro lado, o uso da terra para agricultura e o desmatamento também podem ser uma barreira para a recuperação da terra.

Para Phil Martin, pesquisador especializadocriciuma e cruzeiro palpiteecologia, embora a recuperação das plantas e árvores "possa demorar entre 150 e 200 anos", isso aconteceria sob "perfeitas condições".

"O problema é que hoje há várias áreas que estão sendo afetadas pela agricultura e pecuária. A mudança climática também pode interferir, vemos que agora os incêndios são muito mais frequentes e destrutivos do que antes", analisa.

Mudanças estruturais

Os incêndios modificam drasticamente a estrutura da vegetaçãocriciuma e cruzeiro palpiteuma determinada região. E isso, porcriciuma e cruzeiro palpitevez, afeta as espécies que vivem na área. É o que afirma José María Cardoso da Silva, professor do Departamentocriciuma e cruzeiro palpiteGeografia e Estudos Regionais da Universidadecriciuma e cruzeiro palpiteMiami, nos EUA.

Para o acadêmico, a recuperação das espécies pode levar várias décadas ou séculos, sendo ainda mais complicado se os incêndios forem sucessivos.

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Legenda da foto, Milharescriciuma e cruzeiro palpiteespécies diferentes vivem na Amazônia

"Se os incêndios se tornarem a regra na paisagem, as florestas nunca se regenerarão àcriciuma e cruzeiro palpitecondição natural e veremos um novo tipocriciuma e cruzeiro palpitevegetação empobrecida, dominada por algumas espéciescriciuma e cruzeiro palpiteárvores comuns, capazescriciuma e cruzeiro palpitesobreviver no novo regimecriciuma e cruzeiro palpiteincêndios", sinaliza à BBC News Mundo.

Silva acrescenta que "os incêndios também podem facilitar a expansãocriciuma e cruzeiro palpiteespécies invasoras que, com o tempo, podem limitar a regeneração dos ecossistemas naturais".

Os incêndios fazem parte do ecossistema da Amazônia?

Outro fator que deve ser levadocriciuma e cruzeiro palpiteconta para entender quão difícil vai ser recuperar as áreas afetadas é que os incêndios na Floresta Amazônica não ocorrem naturalmente.

"É preciso que alguém coloque o fogo. Ao contráriocriciuma e cruzeiro palpiteecossistemas como o Cerrado, a Amazônia não evoluiu com o fogo, e ele não faz parte da dinâmica dela", diz a pesquisadora Erika Berenguer, da Universidadecriciuma e cruzeiro palpiteOxford, à BBC News Brasil.

"Em várias partes do mundo, o fogo faz parte do ecossistema. Mas na floresta tropical, as árvores não estão preparadas, nunca experimentaram incêndios", acrescenta Malhi.

"Assim, mesmo pequenos focoscriciuma e cruzeiro palpiteincêndio são capazescriciuma e cruzeiro palpitematar muitas árvores. Isso pode ser muito nocivo."

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Legenda da foto, As árvores da região amazônica não têm mecanismoscriciuma e cruzeiro palpitedefesa contra o fogo

A pesquisadora Claire Wordley compartilha da mesma opinião.

"Há regiões, como Austrália ou algumas partes dos EUA, que estão preparadas para lidar com o fogo, mas a Amazônia não tem essa mesma capacidade. A América do Sul é uma das regiões que se recuperam mais lentamente dos incêndios", afirma.

Estudos que analisam as queimadas na Amazônia mostram que, mesmo três décadas após serem atingidas pelo fogo, as florestas queimadas têm 25%criciuma e cruzeiro palpitecarbono a menos do que aquelas que não foram alvo das chamas.

"Isso mostra que precisamoscriciuma e cruzeiro palpitedécadas ou até mesmocriciuma e cruzeiro palpitecentenascriciuma e cruzeiro palpiteanos para que as florestas se recuperaremcriciuma e cruzeiro palpiteum incêndio", avalia Berenguer.

Ela explica que as árvores da Amazônia não têm mecanismoscriciuma e cruzeiro palpitedefesa contra o fogo - as cascas não são grossas, têm apenas poucos milímetros -, o que faz com que a mortalidade das árvores seja muito mais alta.

"Essa faltacriciuma e cruzeiro palpiteproteção ao fogo na Amazônia significa que a mortalidadecriciuma e cruzeiro palpiteárvores é muito alta. Se uma áreacriciuma e cruzeiro palpitefloresta queima, até 50% das árvores dela morrem", acrescenta.

Línea.

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