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MC Guimê diz que foi tratado como 'animal' na adolescência e hoje sofre preconceitozebet nigeriaAlphaville:zebet nigeria
Fãzebet nigeriaZé Ramalho e Djavan, o funkeiro também defende a legalização da maconha e disse que as letraszebet nigeriasuas músicas, tidas por algumas pessoas como machistas, apenas visam a "exaltar" as mulheres.
Para ele, seus verdadeiros fãs estão nas periferias.
Crédito, Felipe Souza/ BBC Brasil
O funkeiro, que faz showszebet nigeriacasas noturnas onde ingressos chegam a custar maiszebet nigeriaR$ 300, lembra-sezebet nigeriaalgumas situações nas quais sentiu um preconceito velado.
"Às vezes, eu vou num restaurante chique e percebo que a outra mesa não está te olhando com carinho. Está te olhando e pensando: 'O que esse cara está fazendo aí, cheiozebet nigeriatatuagem, novão. Eu estou com tantos anoszebet nigeriavida, trabalhei para estar aqui, sou donozebet nigeriaempresa e esse cara está aqui'. Você vê que esse preconceito rola", diz.
Com roupaszebet nigeriagrife, correntes chamativas e bebidas caras, ele posa para fotos ao ladozebet nigeriaastros do esporte, como o jogadorzebet nigeriafutebol Neymar e o surfista Gabriel Medina. O cantor é um dos nomes mais importantes do funk ostentação, que traz letraszebet nigeriauma vidazebet nigerialuxo e excessos.
Mas o MC conta que também era alvozebet nigeriapreconceito mesmo anteszebet nigeriainiciarzebet nigeriacarreira, há oito anos.
"Quando não estava bem e tinha 15 anos, me lembro diversas vezeszebet nigeriaque entreizebet nigeriaônibus, no centrozebet nigeriaOsasco (onde morava) ezebet nigeriavários lugares onde não era tratado como ser humano", diz.
Crédito, Felipe Souza/ BBC Brasil
Por outro lado, ressalva que muitas pessoas que o tratavam com desdém antes da fama, mudaram o tratamento nos últimos anos.
"Quando você está com uma roupa feia, numa má condição, pessoas te olham e te tratam como um animal, um inseto. E quando você está bem as pessoas te tratam como ser humano. E eu vi esses dois lados", diz o funkeiro.
Objetificação das mulheres
Em um momentozebet nigeriaque há uma grande campanha contra atitudes machistas na internet, MC Guimê conta que já recebeu diversas críticas por "tratar mulheres como objeto"zebet nigeriasuas músicas.
Em "Plaquêzebet nigeria100", que acumula 75 milhõeszebet nigeriavisualizações no YouTube, ele canta: "Contando os plaquêszebet nigeria100 dentrozebet nigeriaum Citroën, nóis convida (sic) porque sabe que elas vêm".
O funkeiro rebate as críticas dizendo quezebet nigeriaintenção é azebet nigeriaelogiar as mulheres.
"(Essa) é uma visão muito fechada, porque a nossa ideia acaba sendo exaltar. Do mesmo jeito que a gente coloca que a gente tá tirando uma onda, que a festa está linda, que a nossa vida é linda, as mulheres estão do nosso lado. Nunca fui um carazebet nigeriafalar algo para desmerecer a mulher", diz.
Ele nega ser machista. "Eu nunca fui um cara assim. O cara que vai para a balada pode ter R$ 10 milhões no bolso, mas se ele não estiver com umas minas ao redor dele, não estará feliz. A nossa música fala sobre essa verdade".
Maconha
O funkeiro já disse algumas vezes que usa maconha, mas recentemente passou a evitar o assunto. Em entrevista à BBC Brasil, ele voltou a defender a legalização do uso da erva e compará-la com o cigarro e bebidas alcoólicas.
Crédito, Isadora Brant/ BBC Brasil
"Para mim, maconha não é droga. Ela é remédio ezebet nigeriavários países é legalizada. Então, a pessoa lá fora está com câncer ou com algum problemazebet nigeriaestômago que não permite que ela se alimente direito, ela usa maconha. O cigarrozebet nigeriamaconha nunca pode ser mais droga do que um cigarrozebet nigeriatabaco", afirma.
Por outro lado, o músico considera "um absurdo" legalizar o consumozebet nigeriasubstâncias como cocaína e ecstasy.
"Isso não tem nem porque legalizar. Só se os boyzão que estão lá no poder e que adoram mandar um 'tirinho' legalizar essa porra. Não pode nem pensarzebet nigerialiberar cocaína e outras drogas químicas, como 'bala', ecstasy, crack. Se você quer ver um resumo do que o crack faz com a pessoa, vai na cracolândia. Você acha que tem que legalizar aquela porra? Tá louco? Vai matar todo mundo".
Letras
Guimê diz usar palavrõeszebet nigeriasuas músicas "sózebet nigeriaúltimo caso".
"Quando eu comecei a cantar, eu era mais livre pra isso. Mas quando eu vi que minha responsabilidade era grande, que uma criança me ouve, que minha família quer me escutar, quer ter orgulhozebet nigeriamim, eu falei: 'Vamos tirar os palavrões'".
Por outro lado, ele diz que não pensarzebet nigeriamudar suas letras para transmitir uma mensagem mais politizada para o seu público da periferia.
Crédito, Isadora Brant/ BBC Brasil
"Não é porque eu tô falando do carrão que eu não vou mudar o país. É aí que a gente se engana porque falando do carrão, eu chego onde ninguém imaginava. Se eu fizer uma música falandozebet nigeriaprotesto não é o que vai vender. Se a gente for falarzebet nigeriaprotesto, protesto, protesto, vai vir vários outros aí falando uma pázebet nigeriababoseira e tomar o lugarzebet nigeriaquem tázebet nigeriaalta, que é nóis, a favela, a quebrada".
Ele diz considerar que, mais importante que escrever músicaszebet nigeriaprotesto, é gerar emprego.
"Nosso foco é chegar longe. Não é porque eu tô falandozebet nigeriafesta que eu não estou ajudando o meu país, que eu estou ajudando a galera. Eu fiz vários outros MCs acreditarem, então eu estou ajudandozebet nigeriacerta forma. Porque a galera que hoje vive do funk estrutura 20, 30 funcionários e todo mundo acaba trazendo retorno financeirozebet nigeriacasa. O funkzebet nigeriaSão Paulo é ostentação. É falar que o MC saiu da favela para ganhar dinheiro", diz Guimê.
"Não é porque eu vimzebet nigeriabaixo que eu tenho que ficar embaixo. Olha onde eu cheguei, vai segurando."
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