Faustão recebe coração: quem pode ou não doar e outras perguntas sobre transplantecasinocasino em casacasaórgãos no Brasil:casino em casa

A notíciacasinocasino em casacasaque o apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, necessitavacasinocasino em casacasaum transplantecasinocasino em casacasacoração suscitou debates sobre como funcionam a doação e o transplantecasinocasino em casacasaórgãos no Brasil.

Símbolo da TV aberta aos domingos durante décadas, Faustão,casinocasino em casacasa73 anos, estava internado desde o iníciocasinocasino em casacasaagosto no Hospital Israelita Albert Einstein,casino em casaSão Paulo (SP), e fazia um tratamentocasinocasino em casacasacompensação clínicacasinocasino em casacasainsuficiência cardíaca.

Ele ficou sob cuidados intensivos, dependentecasinocasino em casacasahemodiálise e precisavacasinocasino em casacasamedicamentos para ajudar no bombeamento do coração.

No dia 27casinocasino em casacasaagosto, ele passou pela cirurgiacasinocasino em casacasatransplante, que durou cercacasinocasino em casacasa2h30 e foi bem-sucedida.

No domingo (10/9), o apresentador recebeu alta médica. O boletim diz que Faustão "seguirá sob as orientações médicas e nutricionais necessárias para a reabilitação após o transplante cardíaco".

Em um vídeo gravado por seu filho João Guilherme Silva e compartilhado no Instagramcasino em casa19casinocasino em casacasaagosto, o apresentador disse: "Por sorte, eu ainda não morri! Estou preparado para as coisas da vida".

"Estou ainda nesse tratamento. Eles [os médicos] vão decidir que tipocasinocasino em casacasacirurgia eu posso fazer, e eu peço que quem gostacasinocasino em casacasamim, que reze por mim."

No mesmo vídeo, ele agradeceu à equipe médica e aos familiares pelo apoio e cuidado. E encerrou: "Quem decide é o chefe lácasino em casacima".

Confira abaixo uma listacasinocasino em casacasaperguntas e respostas sobre a doaçãocasinocasino em casacasaórgãos no Brasil.

Quem pode doar órgãos?

Há dois tiposcasinocasino em casacasadoaçãocasinocasino em casacasaórgãos:casino em casavida e após a morte.

O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão ou parte da medula óssea.

Em todos os casos, a compatibilidade sanguínea é vital para a doação.

Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadorescasino em casavida. Não parentes, somente com autorização judicial.

Já o doador falecido terá seus órgãos doados após morte encefálica ou por parada cardiorrespiratória.

No primeiro caso, pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.

No segundo, pode doar apenas tecidos para transplante (córnea, vasos, pele, ossos e tendões).

A diferença tem a ver com o fatocasinocasino em casacasaque a circulação sanguínea influencia no funcionamentocasinocasino em casacasaalguns órgãos — tanto é que, se o paciente tiver morte encefálica, é necessário manter a circulação sanguínea até o momento da retirada do órgão a ser doado.

O que fazer para doar órgãos?

A legislação brasileira exige o consentimento da família para a retiradacasinocasino em casacasaórgãos e tecidos para transplante.

Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que, se você quiser ser doadorcasinocasino em casacasaórgãos, avisar aos familiares é o mais importante.

Isso porque, apesarcasinocasino em casacasapela lei não ser possível garantir efetivamente a vontade do doador, na grande maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejocasinocasino em casacasadoar do parente falecido, esse desejo é respeitado, acrescenta a pasta.

Não é necessário deixar a vontade expressacasino em casadocumentos ou cartórios, basta que a família atenda ao pedido e autorize a doaçãocasinocasino em casacasaórgãos e tecidos.

Mas o desejo do doador, expressamente registrado, também pode ser aceito, caso haja decisão judicial nesse sentido.

Um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil é a negativa familiar.

No ano passado, maiscasinocasino em casacasa45% das famílias recusaram a doaçãocasinocasino em casacasaórgãos.

Entre os motivos, segundo muitos estudos, está a faltacasinocasino em casacasainformação – por exemplo,casinocasino em casacasaque os órgãos possam ser retiradoscasinocasino em casacasapacientes aindacasino em casavida e sem seu consentimento.

Quem não pode doar órgãos?

Não existe restrição absoluta, mas a doaçãocasinocasino em casacasaórgãos requer alguns critérios mínimos como o conhecimento da causa da morte, ausênciacasinocasino em casacasadoenças infecciosas ativas, dentre outros.

Também não poderão ser doadoras as pessoas que não possuem documentação ou menorescasinocasino em casacasa18 anos sem a autorização dos responsáveis.

Em quanto tempo um órgão deve ser transplantado?

É uma verdadeira corrida contra o tempo.

O prazo entre a retirada do órgão do doador e o seu implante no receptor é chamadocasinocasino em casacasatempocasinocasino em casacasaisquemia.

Os tempos máximoscasinocasino em casacasaisquemia normalmente aceitos para o transplantecasinocasino em casacasadiversos órgãos são:

Coração: 4 horas

Fígado: 12 horas

Pâncreas: 12 horas

Pulmão: 6 horas

Rim: 48 horas

Quantas pessoas aguardam na filacasinocasino em casacasatransplantes no Brasil?

Segundo o Ministério da Saúde, cercacasinocasino em casacasa66 mil pessoas estão na filacasinocasino em casacasatransplantecasinocasino em casacasaórgãos no Brasil, e esse número é um dos maiores nos últimos 25 anos.

Desse total, 386 estão atualmente à esperacasinocasino em casacasaum coração. No caso do rim, são 37.112.

Referência mundial na áreacasinocasino em casacasatransplantes, com o maior sistema públicocasinocasino em casacasatransplantes do mundo, o Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza esse tipocasinocasino em casacasaprocedimento, atrás apenas dos Estados Unidos.

Todos os anos, cercacasinocasino em casacasa20 mil procedimentos são realizados, maiscasinocasino em casacasa90% pela rede pública, por meio do SUS (Sistema Únicocasinocasino em casacasaSaúde).

No passado, o númerocasinocasino em casacasatransplantes foicasinocasino em casacasa23.516.

Independentemente da forma como o transplante é pago (pelo SUS ou não), a chancecasinocasino em casacasareceber um órgão é a mesma.

É possível 'furar a fila'?

No Brasil, existe uma listacasinocasino em casacasaespera única e informatizada para transplantecasinocasino em casacasaórgãos.

Portanto, para receber um órgão, o potencial receptor deve estar inscrito nela, e seu lugar nessa "fila" é respeitado conforme a ordemcasinocasino em casacasainscrição.

No entanto, existem casos que podem ser priorizados nessa listacasinocasino em casacasaespera.

Isso vai depender as condições clínicas do paciente, como situaçõescasinocasino em casacasaextrema gravidade com riscocasinocasino em casacasamorte.

Por exemplo: impossibilidade totalcasinocasino em casacasaacesso para diálise, no casocasinocasino em casacasadoentes renais; a insuficiência hepática aguda grave, para doentes do fígado; necessidadecasinocasino em casacasaassistência circulatória, para pacientes cardiopatas; e rejeiçãocasinocasino em casacasaórgãos recentescasinocasino em casacasatransplantados, segundo o Ministério da Saúde.

No casocasinocasino em casacasaFaustão, como ele já estava fazendo tratamento para insuficiência cardíaca, com diálise, acabou priorizado.

O apresentador ocupava o segundo lugar na filacasinocasino em casacasaespera por um coração, segundo a Centralcasinocasino em casacasaTransplantes do Estadocasinocasino em casacasaSão Paulo.

"A seleção gerada para a oferta do coração deste receptor, através do sistema informatizadocasinocasino em casacasagerenciamento do sistema estadualcasinocasino em casacasatransplantes, trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Destes, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente (Faustão) ocupava a segunda posição nesta seleção", afirmou a Centralcasinocasino em casacasaTransplantes do Estadocasinocasino em casacasaSão Paulo.

Faustão recebeu o coração após a equipe médica do paciente que ocupava a primeira posição decidir pela recusa do órgão.

Outro critério é a compatibilidade entre doador e receptor, uma vez que nem sempre ela é possível.

No Brasil, vender ou comprar órgãos humanos é crime, com penascasinocasino em casacasatrês a oito anoscasinocasino em casacasaprisão.

Posso escolher para quem vou doar meus órgãos?

Na doaçãocasino em casavida, sim. Na doação após a morte, nem o doador, nem a família podem escolher o receptor.

Qual a chancecasinocasino em casacasasucessocasinocasino em casacasaum transplante?

Segundo o Ministério da Saúde, o sucesso dependecasinocasino em casacasainúmeros fatores como o tipocasinocasino em casacasaórgão a ser transplantado, a causa da doença, as condiçõescasinocasino em casacasasaúde do paciente, adesão aos medicamentos imunossupressores entre outras.

Quanto tempocasino em casamédia vive a pessoa transplantada?

A sobrevida do paciente tem sido cada vez maior devido aos novos medicamentos e às técnicas aprimoradas.

O valor médio aproximadocasinocasino em casacasasobrevida, depoiscasinocasino em casacasaum ano, écasinocasino em casacasa70% para o enxerto e para o paciente, segundo o Ministério da Saúde.

"O transplante não é cura, mas sim um tratamento que pode prolongar a vida com uma melhor qualidade", diz a pasta em seu site.

"Muito embora a compatibilidade entre doador e receptor seja testada antescasinocasino em casacasaum transplante, a prescriçãocasinocasino em casacasamedicamentos imunossupressores é obrigatória ecasinocasino em casacasaforma permanente, com o objetivocasinocasino em casacasaevitar a rejeição do órgão."

"Em casoscasinocasino em casacasarejeição, poderá ser oferecido um novo transplante ao paciente. As consultas periódicascasinocasino em casacasaacompanhamento pós-transplante são obrigatórias."