Alzheimer é um tiposporting b etdiabetes? Os estudos que investigam ligação entre as duas doenças:sporting b et
A insulina é um hormônio que regula as concentraçõessporting b etglicose no sangue, por isso está intimamente ligada a outra doença, o diabetes. Na verdade, essas doenças compartilham fatoressporting b etrisco: idade avançada, dieta, obesidade e inflamação crônica.
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Fim do Matérias recomendadas
Poderia haver uma relação entre o cérebro e o pâncreas que ligasse as duas doenças?
Vamos imaginar por um momento que as conexões neurais se assemelham a cabossporting b etuma rede elétrica através dos quais são transmitidas as informações do pensamento e da memória.
Esses cabos partemsporting b etneurônios e chegam a outros. Os neurônios são células que precisamsporting b etcombustível para funcionar, e o combustível essencial é, justamente, a glicose.
A insulina atua como uma campainha na porta das células. Quando ela toca, a célula sabe que deve abrir a porta para a entrada da glicose. Sem essa campainha, mesmo que haja glicose abundante no sangue, a célula não percebe, não abre a porta e não recebe o combustível.
Quando a célula recebe mais glicose do que necessita, acaba gerando resistência à insulina. Ou seja, fica relutantesporting b etabrir a porta.
É por isso que a resistência à insulina, ligada ao diabetes tipo 2, promove o acúmulosporting b etaçúcar no sangue. Além disso, promove a formaçãosporting b etplacas beta-amiloides, características do Alzheimer.
Estudos com ratos revelaram que a administraçãosporting b etestreptozocina, medicamento utilizado para induzir diabetessporting b etmodelos animais, gera resistência à insulina e neurodegeneração semelhante à do Alzheimer.
A relação também foi observadasporting b ethumanos, embora não tenha sido associada a um maior acúmulosporting b etemaranhadossporting b etbeta-amiloide ou tausporting b etautópsias cerebrais.
Inflamação
Um estado crônicosporting b etinflamaçãosporting b etbaixo grau gerado pela resistência à insulina também ligaria ambas as doenças.
A inflamação é um processo fundamental para combater as agressões externas e reparar os danos causados. Quando se torna crônica, pode levar a alterações que estão associadas a doenças metabólicas como obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e Alzheimer.
Nesse cenáriosporting b etresistência à insulina, estresse oxidativo e inflamação, as células entramsporting b etapoptose (morte celular programada). Se isso acontecer, se as células morrerem, a redesporting b etcabos ficará emaranhada e o cérebro não funcionará adequadamente. Então o paciente começa a esquecer e parasporting b etprocessar as informações. Assim surge o Alzheimer.
Tudo isso sugere que os problemas metabólicos podem ser a chave para ambas as doenças. Por esse motivo, alguns pesquisadores chegaram a propor que o Alzheimer fosse considerado um novo tiposporting b etdiabetes.
Diabetes tipo 3?
O novo tiposporting b etdiabetes seria chamadosporting b et"diabetes tipo 3". Se juntaria ao tipo 1,sporting b etorigem mais genética do que ambiental; tipo 2, com mais influência ambiental do que genética; e gestacional, que ocorresporting b etalgumas gestantes.
O termo surgiusporting b et2005 na Universidadesporting b etRhode Island, cujos pesquisadores propuseram que o Alzheimer poderia ser uma formasporting b etdiabetes cerebral, caracterizada por resistência à insulina e disfunção metabólica.
Embora seja importante ressaltar que esse não é um termo aceito por toda a comunidade científica, é uma hipótese que pode ser útil para contribuir para uma visão mais completa da doença.
As ligações entre as duas doenças têm se tornado mais fortes, mas ainda há muito a descobrir, especialmente sobre como utilizar essa informaçãosporting b etbenefício dos pacientes.
Uma vez que a resistência à insulina e a inflamação desempenham papéis centrais, poderiam compartilhar estratégias terapêuticas. Nesse sentido, a promoçãosporting b etestilossporting b etvida saudáveis, incluindo a alimentação, poderia ter um impacto positivo na prevenção e no tratamento da diabetes e da doençasporting b etAlzheimer.
A ligação entre Alzheimer e diabetes pode transformar a nossa compreensãosporting b etambas as doenças.
A ideia da diabetes tipo 3, embora não tenha consenso científico, pode abrir novas portas para pesquisas que liguem as duas doenças, com a resistência à insulina e a inflamação no centro das atenções, bem como tratamentos eficazes.
A cada nova descoberta ficamos um pouco mais pertosporting b ettratar doenças que afetam milhõessporting b etpessoassporting b ettodo o mundo. Estaremos no limiarsporting b etuma nova era na investigação da doençasporting b etAlzheimer? Somente o tempo e a ciência poderão responder a essa pergunta.
*Javier Sánchez Perona é cientista do Conselho Superiorsporting b etInvestigações Científicas (CSIC), na Espanha, e professor da Universidade Pablosporting b etOlavide,sporting b etSevilha na Espanha.
**Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original.