O que explica o futebol ser um dos esportes mais populares entre mulheres nos EUA:esportes serie b
"O futebol não se encaixa necessariamente no tipo americanoesportes serie bhipermasculinidade, diferentemente do que ocorre no resto do mundo", diz à BBC News Brasil a especialistaesportes serie bfutebol Eileen Narcotta-Welp, professoraesportes serie bCiência do Esporte na Universidadeesportes serie bWisconsin,esportes serie bLa Crosse.
ught to reign overthe seas surrounding China. Chinese edrog nãohave been depicted essas
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Ela ressalta que, nos Estados Unidos, são esportes como o futebol americano que representam essa masculinidade. "Isso deixou uma abertura para que as mulheres pudessem jogar futebol, porque era considerado menos masculino", salienta.
Mas a popularidade do futebol feminino no país, e a dominânciaesportes serie bsua seleção no cenário mundial, não ocorreram por acaso, e são frutoesportes serie buma sérieesportes serie bfatores históricos, culturais e políticos, entre eles a luta por igualdadeesportes serie bgênero.
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No início da décadaesportes serie b1970, quando países como o Brasil ainda proibiam a prática do futebol feminino, os Estados Unidos adotaram uma lei federal que ficou conhecida como Title IX (Título IX). Essa lei, sancionada pelo então presidente Richard Nixonesportes serie b1972, proibia "discriminação com baseesportes serie bsexo" na educação.
O foco original não era especificamente o esporte, e a lei englobava qualquer programa ou atividadeesportes serie beducação que recebesse financiamento federal. O objetivo era impedir que meninas e mulheres sofressem discriminaçãoesportes serie binstituiçõesesportes serie bensino e garantir que tivessem igualdadeesportes serie boportunidades.
Mas logo o impacto começou a ser sentido nos esportes e, especificamente, no futebol feminino. Para cumprir a lei, escolas e universidades foram obrigadas a reduzir as discrepâncias vigentes na época e a garantir que meninas e mulheres tivessem o mesmo tipoesportes serie bacesso à práticaesportes serie besportes oferecido a estudantes do sexo masculino.
Nesse contexto, o futebol despontou como uma maneiraesportes serie bse adaptar às mudanças. O grande númeroesportes serie batletas nos times, com 11 jogadores, além dos reservas, facilitava a inclusãoesportes serie bmais meninas e mulheres.
Além disso, a prática exigia apenas um campo, uma bola e balizas, o que representava uma opçãoesportes serie bbaixo custo para as instituiçõesesportes serie bensino.
"Para os diretores esportivos, fazia muito sentido, tantoesportes serie btermosesportes serie bnúmeros quantoesportes serie brecursos", afirma Narcotta-Welp, que durante dez anos atuou como técnicaesportes serie bfutebolesportes serie btimesesportes serie bdiferentes universidades americanas.
Crescimento
A lei foi inicialmente recebida com resistência por parte das instituiçõesesportes serie bensino e da Associação Atlética Universitária Nacional (NCAA, na siglaesportes serie binglês), responsável pelos programasesportes serie besportes nas universidades do país.
No entanto, nos anos seguintes as escolas acabaram tendoesportes serie baceitar e começaram a se adaptar, e a partir da décadaesportes serie b1980 os resultados começaram a ficar mais visíveis.
O incentivo e as oportunidades para que meninas e mulheres praticassem futebol levaram a uma explosão no númeroesportes serie bestudantes dedicadas ao esporteesportes serie bescolas, universidades e clubes do país.
Em 1971, um ano antesesportes serie ba lei entraresportes serie bvigor, apenas 700 alunas do Ensino Médio nos Estados Unidos praticavam futebol, segundo dados da Federação Nacional das Associações Estaduaisesportes serie bEnsino Médio.
Vinte anos depois,esportes serie b1991, quando foi realizada a primeira Copa do Mundoesportes serie bfutebol feminino, esse número havia saltado para maisesportes serie b121 mil. No ano passado, eram 375 mil.
No nível universitário, a temporadaesportes serie b1971-1972 tinha apenas 313 jogadoras, segundo dados da NCAA. Dez anos depois, eram 1.855 atletas do sexo femininoesportes serie b80 times. Atualmente, são 28 mil jogadorasesportes serie bmaisesportes serie bmil times.
No caso das universidades, um avanço importante desde a implementação da lei também foi o número equivalenteesportes serie bbolsasesportes serie bestudos oferecidas a atletasesportes serie bambos os sexos, o que abriu caminho para que muitas mulheres pudessem usar seu talento nos esportes e, especificamente, no futebol, para obter acesso ao ensino superior.
"A oportunidadeesportes serie bjogar futebol universitário e ganhar uma bolsaesportes serie bestudos também foi um empurrão para o futebol feminino, sem falar no sucesso da seleção feminina dos Estados Unidosesportes serie bcampo", ressalta Narcotta-Welp.
Hoje, maisesportes serie b50 anos após ter entradoesportes serie bvigor, a lei beneficiou geraçõesesportes serie batletas e é considerada um exemploesportes serie bsucesso no desenvolvimento do esporte feminino. O investimento nesse esporte gerou um enorme bancoesportes serie btalentos,esportes serie bonde as melhores acabam na seleção americana.
Proibição
Mas a liderança dos Estados Unidos no futebol feminino não é resultado exclusivo da lei. Narcotta-Welp observa que, enquanto a lei afetou apenas instituiçõesesportes serie bensino, o futebol vinha ao mesmo tempo conquistando outros locais, como clubes e espaços comunitários.
"Pais e mães viam o futebol como um tipoesportes serie besporte não violento, ao contrário do futebol americano", afirma Narcotta-Welp.
"Houve um aumento no númeroesportes serie bmeninas praticando futebol, porque era considerado um esporte mais igualitário, que todos podiam jogar."
Outros fatores também contribuíram para a dominância americana, inclusive as décadasesportes serie bnegligência ou até mesmoesportes serie bproibição do esporteesportes serie boutros países, sob a justificativaesportes serie bque seria prejudicial à saúde ou à fertilidade das mulheres.
No Brasil, as mulheres foram proibidasesportes serie bpraticar futebol por quase quatro décadas, devido a uma lei que vigorouesportes serie b1941 a 1979. O futebol feminino só foi regulamentado no paísesportes serie b1983.
Na Inglaterra, jogosesportes serie bfutebol feminino foram banidos por meio século, a partiresportes serie b1921. A Alemanha proibiu o futebol feminino profissionalesportes serie b1955 a 1970.
Assim, enquanto nos Estados Unidos meninas tinham oportunidadeesportes serie bjogar e recebiam treinamento desde jovens, proibições nesses eesportes serie bvários outros países resultavam na faltaesportes serie bincentivo e investimentos no futebol feminino.
Vitórias
A seleção dos Estados Unidos foi formadaesportes serie bmeados da décadaesportes serie b1980 e, quando a primeira Copa do Mundoesportes serie bfutebol feminino foi realizada,esportes serie b1991, na China, a equipe americana foi a campeã, batendo a Noruega.
Essa vitória, apesaresportes serie bcomemorada pelos torcedores mais atentos, não gerou muita atenção nos Estados Unidos.
Cinco anos depois, os Jogos Olímpicosesportes serie b1996, realizadosesportes serie bAtlanta, foram os primeiros a incluir o futebol feminino, e a seleção americana conquistou a medalhaesportes serie bouro, vencendo a China.
A equipe campeã contava com jogadoras como Mia Hamm, que durante anos foi o retrato do futebol feminino no país.
Mas foi somente na Copa do Mundoesportes serie b1999, realizada nos Estados Unidos, que a seleção americana consolidouesportes serie bpopularidade com o público.
Na partida final, a equipe venceu a China nos pênaltis, dianteesportes serie bum estádio lotado com 90 mil pessoas e maisesportes serie b40 milhõesesportes serie bespectadores pela TV.
Segundo Narcotta-Welp, se para quem já acompanhava futebolesportes serie bperto o pontoesportes serie bvirada ocorreu com a vitória na copaesportes serie b1991, para o público leigo o marco foi 1999.
Alémesportes serie bMia Hamm, a seleçãoesportes serie b1999 transformouesportes serie bestrelas outras jogadoras, como Brandi Chastain e Michelle Akers.
Muitas atraíram publicidade e o patrocínioesportes serie bmarcas famosas, como Nike, e passaram a ser idolatradas por meninasesportes serie btodo o país, que sonhavam com uma carreira no futebol.
Nos anos seguintes, a equipe americana venceu mais duas copas do mundo,esportes serie b2015 e 2019.
O resultado é ainda mais impressionante quando se considera que a copa feminina atual é apenas a nona a ser realizada. Os Estados Unidos venceram metade dos oito campeonatos anteriores.
O futebol feminino do país também levou ouroesportes serie boutras três olimpíadas (2004, 2008 e 2012), alémesportes serie bvárias vitóriasesportes serie bcampeonatos diversos.
A liderança da seleção americana como número um do mundo, no topo do ranking da Fifa, contrasta com o desempenho da equipeesportes serie bfutebol masculino, que ocupa a 11ª posição e nunca venceu uma Copa do Mundo.
Mas mesmo com essa superioridade, as mulheres passaram anos sendo pagas bem menos do que os jogadores do sexo masculino e enfrentando outras desigualdadesesportes serie bdiversos aspectos, desde a qualidade das acomodaçõesesportes serie bviagens até condições geraisesportes serie bjogo.
Foi somenteesportes serie b2022 que as jogadoras conquistaram igualdadeesportes serie bsalários, depoisesportes serie bprocessarem a Federaçãoesportes serie bFutebol dos Estados Unidos e obterem um acordo sem precedentes no valoresportes serie bUS$ 24 milhões.
Segundo Narcotta-Welp, apesar do resultado positivo, ainda é incerto o impacto dessa vitória para jogadoras que não estão no topo. "Tenho certezaesportes serie bque algumas desigualdades irão permanecer", afirma.
Futuro
A trajetóriaesportes serie bmaisesportes serie btrês décadasesportes serie bsucesso no futebol feminino dos Estados Unidos gerou impacto no esporte ao redor do mundo. Jogadorasesportes serie bvários países buscam treinar e jogaresportes serie buniversidades e clubes americanos.
Uma análise do jornal USA Today calcula que, entre as 32 seleções que participam da atual Copa do Mundo, 27 têm jogadoras com algum tipoesportes serie bligação com os Estados Unidos. O jornal cita entre elas a brasileira Marta, que joga no Orlando Pride, da Flórida, e já passou por outros clubes no país.
Recentemente, outros países vêm recuperando o tempo perdido, com maior interesse e investimento no esporte, o que pode representar desafios para os Estados Unidos. No ranking mais recente da Fifa, o país é seguido por Alemanha, Suécia, Inglaterra e França. A seleção brasileira apareceesportes serie boitavo lugar.
Narcotta-Welp salienta que, enquanto nos Estados Unidos, o futebol universitário continua sendo o destino naturalesportes serie batletas que começam a praticar o esporte na escola, países como Alemanha ou França estão identificando talentos mais cedo e colocando essas jogadoras diretamenteesportes serie bligas profissionais.
"Creio que há atualmente uma tentativaesportes serie bfazer essa transição (nos Estados Unidos)", diz.
"Acho que vamos começar a ver mais e mais jogadoras pulando a universidade para jogar (diretamente) na liga profissional", aposta.
A professora acredita que o atual momento éesportes serie b"uma nova ordem mundial" no futebol feminino. Ela prevê que a seleção americana deve continuar entre as principais do mundo, mas adverte que outras equipes estão ficando cada vez melhores.
"Cada partida será mais difícilesportes serie bvencer", afirma.