Por que mulheres fazem menos perguntasblazeloginpúblico?:blazelogin
Estes são episódios isolados e não um conjuntoblazelogindados obtidosblazeloginforma científica. Mas, depoisblazeloginanos passando repetidamente pelas mesmas experiências, resolvi consultar as estatísticas.
mobile device. With multiplayer Modes such as Team Deathmatch, Domination-and
irmed from iniconic maps siche o Shipment e Raids ou 💶 Standoff
A volatilidade do Fortune Tiger é um tópico importante para os investimentos e analistas fu blazelogin {k0} valor num determinado 🍋 estado definido, portuo blazelogin uma vez mais a partir da instabilidade dos valores financeiros ou seja. Quanto maior for o 🍋 volume máximo
O Fortune Tiger é um fundo negociado blazelogin {k0} bolsa (ETF) que cotiza na BM&FIBOVESPA, e seu objetivo financeiro 🍋 está simular o valor do lucro blazelogin referência ou S & P 500. A volatilidade da Fortuna Tigre pode ser 🍋 afeita por valores fatores para uma empresa globalizada pela economia mundial;
como jogar na máquina de caça níquellaneja depositar mais blazelogin US R$ 10.000 blazelogin {k0} um banco, lembre-se blazelogin que a transação
á relatada ao governo federal. 8️⃣ Isso permite que as autoridades rastreiem atividades
Fim do Matérias recomendadas
A maior parte das pesquisas sobre este tema é resultadoblazeloginobservações da audiênciablazeloginconferências acadêmicas, nãoblazelogineventos abertos ao públicoblazelogingeral. Ainda assim, elas trazem esclarecimentos. E as evidências indicam que minha experiência não é isolada – é a regra geral.
Um exemplo é o estudoblazeloginShoshana Jarvis, da Universidade da CalifórniablazeloginBerkeley, nos Estados Unidos. A pesquisadora observou as pessoas que faziam perguntasblazeloginuma conferência. O estudo foi publicadoblazelogin2022 e o evento incluía desde biólogos até astrofísicos e economistas.
Naquela conferência, para fazer uma pergunta, você precisava se levantar da cadeira e ficar na filablazeloginfrente a um microfone, com todos olhando àblazeloginvolta. Dentre os participantes, 63% eram homens,blazeloginforma que o esperado seria que 63% das perguntas viessem deles.
Mas o resultado foi que os homens fizeram 78% das perguntas.
Uma toneladablazelogincocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
A pesquisadora Alecia Carter, agora no University CollegeblazeloginLondres, chegou ao mesmo resultadoblazeloginum estudo que observou 250 semináriosblazelogindepartamentos acadêmicosblazelogin10 países diferentes. Ela concluiu que as mulheres tinham duas vezes e meia menos propensão a fazer perguntas do que os homens, mesmo com homens e mulheres comparecendo aos seminários,blazeloginmédia, na mesma proporção.
É verdade que, nesses estudos, os observadores examinaram apenas as perguntas reais formuladas, não quem levantou a mão para tentar apresentar uma questão. Por isso, existe a possibilidadeblazeloginque os moderadores tenham decidido aceitar majoritariamente as perguntas dos homens.
Mas a experiência contínuablazeloginter homens fazendo mais perguntas chamou a atenção dos acadêmicos.
Quando um homem faz a primeira perguntablazeloginum evento público, menos mulheres costumam apresentar questõesblazeloginseguida.
O que estará afastando as mulheres das sessõesblazeloginperguntas e respostas nas conferências e palestras? Aparentemente, não é por faltablazeloginperguntas.
Alecia Carter analisou pesquisas com 600 acadêmicosblazelogin20 países e chamou a atenção que tanto homens quanto mulheres responderam que, às vezes, não se apresentavam para fazer perguntas, mesmo quando tinham algo a questionar.
Mas as mulheres afirmavam com mais frequência que não faziam perguntas porque não conseguiam dominar o nervosismo, porque se questionavam se haviam entendido mal o contexto, porque o palestrante era eminente ou muito intimidador ou porque não se sentiam suficientemente inteligentes para apresentar uma boa pergunta.
Ninguém quer fazer uma pergunta para ouvir,blazeloginfrente a 300 pessoas, que não entendeu o que estava sendo dito. Mas o estudo indica que esta possibilidade desencoraja principalmente as mulheres.
Nos Estados Unidos, Jarvis concluiu que as mulheres frequentemente afirmavam que se sentiam ansiosas demais para fazer perguntas. Já os homens responderam que se continham para dar espaço aos demais – o que indica que alguns homens estão tomando medidas ativas para não dominar as sessõesblazeloginperguntas e respostas dos eventos.
Duas vezes mais homens do que mulheres afirmaram que ficam motivados para fazer perguntas quando acham que encontraram um erro. Pode parecer maldade, mas faz parte do processo que os palestrantes respondam a críticas da plateia durante os eventos acadêmicos.
As pesquisas também examinaram a natureza das perguntas apresentadas por homens e mulheres. Às vezes se afirma que os homens são mais propensos a fazer perguntas mais longas ou tentar apresentar maisblazeloginuma perguntablazelogincada vez. Eu mesma não consigo acreditarblazeloginquantas vezes anuncio que temos tempo para uma última pergunta rápida e a pessoa escolhida começa dizendo que tem três perguntas a fazer.
Mas não são só os homens que quebram essas regras. Gillian Sandstrom, da UniversidadeblazeloginSussex, no Reino Unido, analisou maisblazelogin900 perguntasblazelogin160 conferências ou eventos públicos,blazeloginum documento ainda não publicado.
Ela não encontrou diferenças baseadasblazelogingênero. Na verdade, quando as mulheres faziam perguntas, a probabilidadeblazeloginque suas perguntas fossem longas ou tivessem diversas partes era a mesma dos homens.
E, comparando as outras características das perguntas (como começar se apresentando, cumprimentando o palestrante ou dizendo "bom dia"), a única variação encontrada entre os gêneros foi que as mulheres costumavam cumprimentar o palestrante com mais frequência.
Ou seja, a única diferença real é quem se voluntaria mais para fazer perguntas: os homens ou as mulheres.
Pesquisas indicam que os mediadores detêm o poderblazeloginincentivar as mulheres a fazer perguntasblazelogineventos públicos.
É possível argumentar que, como não há tempo para que todos façam perguntas, não importa se algumas pessoas não se apresentarem. Mas a questão é que, se metade do público relutarblazeloginparticipar, você pode não ter perguntas suficientes com a diversidade e a qualidade desejada.
As pesquisas, até agora, costumam se concentrarblazeloginhomens e mulheres, mas também seria interessante observar se outros grupos marginalizados ou subrepresentados também se abstêmblazeloginfazer as perguntas que desejariam ver respondidas.
Já no ambienteblazelogintrabalho, fazer perguntas pode colocar vocêblazeloginevidência – e, se você quiser melhores cargos, a visibilidade é importante.
Em um estudo realizadoblazeloginuma conferência na França, a pesquisadora Junhanlu Zhang, do Instituto Pasteur, descobriu que as pessoas têm maior propensão a se lembrar dos nomes dos questionadoresblazeloginsérie.
É claro que isso não significa, necessariamente, que eles sejam lembradosblazeloginforma positiva. Talvez eles sejam lembrados por serem os chatos que fazem perguntas o tempo todo!
E existe mais uma possível razão para que menos mulheres façam perguntas: o fatoblazeloginque, no início dablazelogincarreira acadêmica, elas dispõemblazeloginmenos modelosblazeloginoutras mulheres que mostrem que elas não precisam ter medoblazeloginfazer perguntas.
Como resolver?
O que pode ser feito para permitir que mais mulheres façam perguntas quando quiserem?
Aparentemente, a pandemiablazelogincovid-19 pode ter mostrado um caminho.
Quando os eventos passaram a ser realizados online, surgiu uma nova oportunidadeblazeloginfazer perguntas sem precisar dizer uma palavrablazeloginvoz alta — apenas digitando as questõesblazeloginuma janela na tela, às vezesblazeloginforma anônima.
Com isso, não era mais preciso enfrentar o desconfortoblazeloginesperar com a mão levantada, sentindo a esperança e o temorblazeloginser escolhido, nem a preocupação se o microfone está funcionando ou se você irá gaguejar durante a pergunta quando todos estiverem olhando.
Atualmente, cada vez mais eventos presenciais vêm empregando aplicativos para que os participantes enviem suas perguntas pelo celular. O mediador recebe então uma lista das questõesblazeloginum tablet.
Vamos supor que ablazeloginpergunta já tenha sido comentada pelo palestrante quando você não estava prestando atenção (algo que sempre me preocupa quando assisto a uma conferência). Pois aí vem o melhor: como o mediador é pago para prestar atenção, ele não apresenta a pergunta redundante para os participantes da mesa. Ele simplesmente ignora as questões que já foram discutidas antes.
Naturalmente, tudo isso eliminaria parte da ansiedade e faria com que as mulheres façam tantas perguntas quanto os homens nos eventos online, certo?
Bem, segundo o estudoblazeloginZhang, a resposta é não.
Ela registrou o númeroblazeloginperguntas feitas por mulheres e por homensblazeloginuma conferência francesablazeloginbioinformática realizada onlineblazeloginjunhoblazelogin2021. Neste campo, até recentemente, os participantes eram majoritariamente homens. Mas, quando a conferência foi realizada online, o númeroblazeloginhomens e mulheres participantes foi quase idêntico.
Mesmo assim, os homens fizeram 115 perguntas e as mulheres, 57.
A idade também fez diferença. Homens com maisblazelogin35 anosblazeloginidade fizeram nove vezes mais perguntas do que as mulheres mais jovens e as minoriasblazelogingênero.
No estudoblazeloginZhang, o gênero do moderador não alterou a disposição do público. Mas talvez existam estratégias que os mediadores podem adotar para fazer a diferença. E Sandstrom acredita que os moderadores precisam encontrar formasblazeloginfazer com que todos se sintam confortáveis para fazer perguntas.
Já se observou que, quando um homem faz a primeira pergunta, menos mulheres se apresentam com perguntasblazeloginseguida. É quase como se a primeira questão definisse o tom para o restante da sessão.
Talvez a solução para o moderador seja escolher uma mulher para fazer a primeira pergunta – idealmente, alguém com menos idade. É claro que isso só funciona se houver alguma mulher mais jovem com a mão levantada na plateia.
Quando coordeno uma palestra e nenhuma mulher se apresenta para perguntar, às vezes conto ao público sobre as pesquisas neste campo e pergunto abertamente se alguma mulher gostariablazeloginfazer a primeira pergunta.
A pesquisablazeloginZhang revela outra possível solução: fazer um pequeno intervalo entre o principal palestrante e o início da sessãoblazeloginperguntas e respostas. Esta é uma técnica inteligente. Ela permite que as pessoas ensaiem suas perguntas com os vizinhos na plateia.
Experimentei esta alternativa e consegui obter muito mais perguntas. As pessoas conseguem verificar se suas questões são boas, ou se não foram discutidas na palestra enquanto não estavam prestando atenção.
Também já se verificou que as mulheres fazem mais perguntasblazeloginsessões mais longas. Sei que nem todos irão aprovar esta ideia, mas talvez seja o casoblazeloginreservar mais tempo para as perguntas no final das palestras.
Atualmente, nós dependemos das pesquisas realizadasblazeloginsituações acadêmicas. Seria interessante saber se o mesmo acontece tambémblazelogineventos públicos.
A vantagem dessas técnicas é que elas não ajudam apenas as mulheres, mas todas as pessoas que possam se sentir marginalizadas e menos dispostas a falarblazeloginvoz alta.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.