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Frida Kahlo: como mexicana se tornou uma das mulheres mais conhecidas do mundo?:apostas casas
As principais obras da pintora são seus autorretratos — especialmente uma sérieapostas casasquadrosapostas casasque ela apareceapostas casascorpo inteiro, muitas vezes sangrando, sofrendo eapostas casashospitais.
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Na última década, os objetos artísticos e pessoais da mexicana têm circulado o mundoapostas casasdiversas exposições.
E a imagemapostas casasFrida também se transformouapostas casasum ícone pop: seu rosto estampa camisetas, canecas, ímãsapostas casasgeladeira, bolsas e diversos produtos.
"Kahlo reúneapostas casasuma só pessoa e obra vários elementos que contribuíram para queapostas casasimagem se tornasse um mito: o exótico, o mundo subdesenvolvido como panoapostas casasfundo e o ser mulher, alémapostas casasum talento plástico inegável e original", disse à BBC Brasil a professora da Universidad Autónoma Metropolitanaapostas casasXochimilco, Eli Bartra, autoraapostas casasFrida Kahlo. Mujer, ideología, arte.
Mito
Segundo Bartra, o mitoapostas casastornoapostas casassi começou a ser construído pela própria artistaapostas casasvida.
"Nos lugares por onde passou, na Europa e nos Estados Unidos, a vida e a obraapostas casasFrida despertaram muito interesse. Comapostas casasmorte, estes lugares deram continuidade à construção do mito", diz a pesquisadora.
"Logo veio o interesse das feministas alemãs, por causaapostas casassua origem alemã e por causa do nome 'Frida'. O movimentoapostas casas'chicanos' (mexicanos que moram nos EUA) também passou a se interessar pela figura da artista por acreditar que ela representava uma mexicanidade por excelência."
Para Haghenbeck, o "mito Frida" também foi reforçado pelos romances que a pintora teve com personagens famososapostas casassua época.
"O amor e atraçãoapostas casaspersonagens como André Breton, Trotsky, Picasso e Rockefeller, alémapostas casasDiego Rivera, ajudaram a tornar conhecida e venerada a vidaapostas casasFrida,apostas casaspersonalidade forte e dócil, alegre e sofrida", afirma o escritor.
Frida Kahlo casou-se duas vezes,apostas casas1929 eapostas casas1940, ambas com o muralista mexicano Diego Rivera.
Devido a relações extraconjugaisapostas casasambos — Rivera chegou a ter um caso com a irmãapostas casasFrida, o que pôs fim ao primeiro casamento — o casal teve uma relação longa, porém conturbada.
Entre idas e vindas, a pintora teve romances com artistas e intelectuais, como Leon Trotsky, a quem Frida ofereceu abrigo político emapostas casasprópria casa,apostas casas1937.
O acidenteapostas casasônibus, ocorridoapostas casas1925, e as maisapostas casas30 operações às quais foi submetida — uma barraapostas casasferro atravessouapostas casasbarriga e virilha no momento do acidente — também contribuíram para a imagem da mulher que transformava o próprio sofrimentoapostas casasarte.
Ela tinha também um defeito no pé resultadoapostas casaster contraído poliomielite na infância.
Para Edla Eggert, pesquisadora com pós-doutoradoapostas casasEstudos da Mulher pela Univesidad Autónoma Metropolitanaapostas casasXochimilco e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), foi esta apresentação do sofrimento humanoapostas casasdiversas dimensões que tornou Frida uma das artistas mais conhecidas do mundo.
"Há esse enigmático pontoapostas casascontato que ela produz com todo mundo que já viveu uma tragédia com seu corpo", explica Eggert.
Na principal biografiaapostas casasKahlo, escrita por Hayden Herrera, a aparência exótica da pintora, com seus adereços e vestimentas típicasapostas casascomunidades mexicanas, foi descrita como uma estratégia para tirar o focoapostas casassuas cicatrizes e deformidades físicas nas pernas e pés.
"Assim como os autorretratos confirmavamapostas casasexistência, as roupas faziam com que a mulher frágil, quase sempre presa à cama, se sentisse mais magnética, mais visível e mais enfaticamente presente como objeto físico no espaço", escreveu Herreraapostas casasFrida - a biografia.
"Paradoxalmente, eram uma máscara e uma moldura. Uma vez que definiam a identidadeapostas casasquem as usavaapostas casastermosapostas casasaparência, as roupas distraiam Frida — e o observador — da dor interior"
Quando precisava usar coletes ortopédicos para corrigir desvios na coluna, por exemplo, Frida deixava o item a mostra e o enfeitava com os adereços, como se ele fizesse parteapostas casassua roupa.
Segundo Herrera, à medida que a saúdeapostas casasFrida piorava, seus adereços e joias foram ficando mais elaborados e coloridos.
A pintora se vestia dessa maneira até nos diasapostas casasque não conseguia sair do quarto.
Ícone pop
Eli Bartra diz que grande parte desta "Frida mito", contudo, ajudou a criar uma "Frida pop" — uma reproduçãoapostas casasmassa da imagem da pintora que é, muitas vezes, esvaziadaapostas casassentido.
"O que funciona agora é a mercadoria Frida. Ela foi transformadaapostas casasarte popular justamente porque vende."
A pesquisadora explica que, no México, Frida atualmente tem uma dimensão mais normal e menos mítica.
"Ela é conhecida, reconhecida e apreciada, masapostas casasuma medida mais humana. O mito, na verdade, contribuiu para que muitos se cansassemapostas casasKahlo", afirma Bartra.
"Frida, hoje, talvez não seja mais querida que outras pintoras nacionais, como Remedios Varo e María Izquierdo."
Para a antropóloga e professora da Universidade Federalapostas casasSanta Catarina (UFSC) Sônia Maluf, o sucesso contemporâneoapostas casasFrida está ligado à atualidadeapostas casassua obra, mas também a uma releitura superficialapostas casassua vida.
"Algumas leituras acabam 'higienizando' Fridaapostas casasdimensões que não interessaria serem ressaltadas, como seu ativismoapostas casasesquerda,apostas casasbissexualidade e mesmo o modo como ela transformava o que seria a tragédia da mutilação físicaapostas casasobraapostas casasarte,apostas casasalgo belo e sublime", diz.
"O acidente e suas operações quase sempre foram abordadosapostas casasmaneira sensacionalista", completa Bartra.
Feminista?
Na décadaapostas casas1950, Diego Rivera descreveu Frida como "a primeira mulher na história da arte a tratar, com absoluta e descomprometida honestidade, poderíamos até dizer com uma crueldade indiferente, aqueles temas gerais e específicos que apenas dizem respeito às mulheres".
"Ela nunca se disse feminista, pelo menos nunca se apresentou assim. Mas podemos ver comoapostas casasobra retrata um universoapostas casasmulher eapostas casasuma rebeldia contra condição social das mulheres da época", explica Bartra.
Segundo Haghenbeck, Frida estava longeapostas casasser a figura que hoje é apresentada como exemploapostas casasfeminismo.
"Mesmo assim, ela foi uma rebelde, uma mulher firmeapostas casassuas convicções e comprometida com seus ideais."
A maneira como Frida expôsapostas casasbissexualidade e seu casamento e o modo como retratouapostas casasmaneira crua uma maternidade frustrada — a pintora sofreu três abortos espontâneos por causa das sequelas do acidente —, anteciparam questões atuaisapostas casasgêneroapostas casastodo o mundo.
No quadro O Hospital Henry Ford, por exemplo, a pintora retratou o momento do seu segundo aborto espontâneo, sofrido no hospitalapostas casasmesmo nome.
"Feministas ainda se interessam pela obraapostas casasFrida porque ela foi capazapostas casasexpressar, plasticamente, uma rebeldia contra uma feminilidade imposta às mulheres. Ora se apresentou andrógina, ora pintou cenasapostas casasparto, abortos, assassinatosapostas casasmulheres, coisa que não se expunha até então", aponta Bartra.
Uma das fasesapostas casasque Frida mais pintou autorretratos foi durante o divórcio,apostas casas1935, quando a artista saiuapostas casascasa e foi morarapostas casasum apartamento pobre no centro da Cidade do México.
Mesmo se recuperandoapostas casasuma cirurgia que lhe amputou dedos do pé direito, ela lutou para obter independência econômica do ex-marido e passou a comercializar seus quadros.
Em Autorretrato com Cabelo Cortado, pintado durante a separação, a pintora apareceapostas casascabelo curto — uma das longas tranças que costumava usar, e que Rivera tanto gostava, está naapostas casasmão — e vestindo um terno masculino.
Na parte superior do quadro, Frida escreveu o trechoapostas casasuma canção mexicana: "Olha, se te amei foi pelo teu cabelo; agora que estás careca, já não te amo".
Outra obra conhecida dessa época foi Unos Cuantos Piquetitos (1935), que retrata uma mulher nua e ensanguentadaapostas casascimaapostas casasuma cama, com um homemapostas casaspé ao lado, segurando uma faca.
A obra foi feita depois que Frida leu uma notíciaapostas casasque um homem matou a esposa a facadas por causaapostas casasciúme e, ao se defender no tribunal, disse ao juiz: "foram apenas uns cortes pequenos".
"Unos Cuantos Piquetitos é uma denúncia sobre a violência contra as mulheres e a condescendência da cultura machista para com o agressor", observa Eggert.
O maior legado da obraapostas casasFrida, contudo, foi a ideiaapostas casasque assuntos considerados privados na vida das mulheres deveriam ser tratados como políticos.
"A vida e a obraapostas casasFrida são elementos que colocam sob tensão a tradicional condição da mulher", diz Sônia Maluf, da UFSC.
"Alguns autores consideram que o feminismo está presente emapostas casasobra nãoapostas casasforma referencial, mas através da antecipação do que se tornou um lema feminista após os anos 1960: 'o pessoal é político'."
Filha da Revolução
Frida Kahlo se declarava "filha da Revolução Mexicana", que ocorreuapostas casas1910, três anos após seu nascimento, e se estendeu até 1920.
Até os treze anos, ela cresceuapostas casasmeio a tiroteios, conflitos populares e camponeses armados e assistiuapostas casasmãe oferecer comida e ajuda aos Zapatistas quando estes passavam pelo bairroapostas casasCoyoacán, então periferia da Cidade do México onde morava a família Kahlo.
Já a adolescência da artista foi marcada por um México pós-revolução, um momento históricoapostas casasefervescência cultural.
"Frida amava a cultura popular mexicana, desde a comida até os trajes típicos. Era uma mulher que gostavaapostas casastacos e mariachis, não era elitista", aponta Haghenbeck.
"Ela viveu alguns anos nos EUA, mas, mesmo estando lá, fazia festas com papel picado, tequila e usava vestidos típicos. Tanta cor e alegria, para os americanos, era algo exótico. Esse imaginário colorido deixado por Frida no estrangeiro plantou uma semente que,apostas casas1960apostas casasdiante, levou estrangeiros ao México porque eles se lembravam dela."
"Frida era uma metáfora do México: colorida, dinâmica, mas que sofre com grandes feridas", acrescenta o escritor.
Reportagem publicada originalmenteapostas casasjulhoapostas casas2017
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