Os tapa-sexos masculinos medievais que caíramdesuso:
Um relato da época afirma que a pintura final deixava todos que a viam "envergonhados e aniquilados".
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Por um breve momento na Renascença, entre a invenção do microscópio, da imprensa e dos lápis (entre tantas outras tecnologias que sustentaram a sociedade moderna), homens da classe superior estavam mais preocupadospromover outra inovação: o tapa-sexo.
Esses "belos palácios pessoais para o pênis", como chamou certa vez um escritor, consistiambolsostecido costurados sobre a genitália e almofadados para formar uma série bizarraformatos sugestivos: espirais, esferas e linguiças voltadas para cima. Alguns tinham até rostos estampados.
Era uma oportunidade rara para que os homens dessem um toquecharme às suas partes íntimas. E muitos optavam por confecçõestecidos suntuosos, como seda, veludo e cetim, embelezados com joias, ouro e belos arcos – a verdadeira expressão da fertilidade masculina.
Mas para que serviam os tapa-sexos? E por que eles desapareceram?
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No princípio, os tapa-sexos eram feitosaço e acrescentados às armaduras, para ajudar a proteger a fertilidade dos cavaleiros no campobatalha. Mas eles logo representaram uma solução prática para um problema constrangedor do dia a dia da época.
Até o final do século 15, era comum que os homens usassem uma longa túnica ou gibão – essencialmente, um vestido – com meias-calças cobrindo as pernas. Mas a moda logo mudou.
Os gibões gradualmente diminuíramtamanho ao longo dos anos, até ficarem tão curtos que não cobriam mais a virilha. Isso era particularmente perigoso, já que as meias-calças que os homens vestiam na época eram separadas por perna, deixando espaços abertos que poderiam ser bastante reveladores.
"Basicamente, você colocava uma pernauma das meias e a amarrava ao gibão. E, depois, fazia o mesmo com a outra perna", explica a historiadora da Itália do início da Era Moderna Victoria Bartels, do Centro da UniversidadeSyracuseFlorença, na Itália.
Mas, com a moda das novas versões mais curtasroupa, "meio que ficou uma área que precisava ser coberta", segundo ela.
O problema foi particularmente ilustrado no poema medieval Contos da Cantuária. No prólogo da história, um personagem conhecido como "a pessoa", reclama:
"Infelizmente, alguns deles mostram o volume das suas formas e os horríveis membros dilatados, que parecem a enfermidade da hérnia."
Os vãos abertos geraram um pânico moral. Padres recearam que a nova moda se tornasse irresistível para os "sodomitas" e levasse à corrupção dos jovens.
Os primeiros tapa-sexos eram triângulostecido soltos que eram introduzidos para cobrir as aberturas entre cada uma das pernas das roupas. Mas não demorou muito para que os homens aproveitassem essa nova vestimenta e começassem a incluir enchimentos.
Duas décadas depois, os triângulos soltos haviam se transformadoobjetos fálicosproporções gigantescas.
Os primeiros aspirantes a conquistadores recheavam seus tapa-sexos com peloscavalos, tecido e palha. Às vezes, eles escondiam objetos úteis, como lenços e dinheiro.
Bartels chegou a encontrar relatos do seu uso para armazenar flores secas, mas apenastextos satíricos.
Das ruasFlorença, onde eram conhecidos como sacco, até Paris, onde receberam o nome francês braguettes, os jovens se exibiam comgenitália postiça, atraindo olhares para baixo aonde quer que fossem.
O que havia começado como um instrumento recatado passou a ser usado com o efeito oposto.
E o simbolismo dessa peçaroupa protuberante não se restringiu aos homens renascentistas que a usaram. A própria palavrainglês para designá-la – codpiece – vem"cod", que,inglês arcaico, significava "escroto".
Um texto satírico encontrado por Bartels comparava a proteção oferecida pelos tapa-sexos (especialmente nas armaduras) com a fornecida pelas cascasnozes e sementes. Afinal, da mesma forma que as "braguettes naturelles" (tapa-sexos naturais), eles ajudavam a garantir a propagação da nova geração.
O dramaHenrique 8º para ter um herdeiro legítimo o levou a criar um novo ramo do Cristianismo. Sua busca pela fertilidade também fazia com que o rei inglês usasse as associações figurativas do tapa-sexo ao máximo.
O mural no PalácioWhitehall foi destruídoum incêndio1698, mas o desenho original sobreviveu e levou outros artistas a copiá-lo. Por isso, o tapa-sexo usado pelo rei pode ser visto até hojedezenaspinturas, transmitindo a quem o observa a mensagemque Henrique 8º era mais do que capazproduzir um herdeiro.
Duzentos anos depois damorte, admiradores ainda podiam visitar a estátuaHenrique 8º na TorreLondres e se maravilhar com afertilidade.
Na obra, uma efígiemadeira pintada era ornada com um mantotecido flutuante e possuía um mecanismo secreto que revelava um tapa-sexo oscilante.
"Se você pressionar um ponto no chão com os pés, irá ver algo surpreendenterelação a essa figura, mas não vou dizer mais do que isso", escreveu um visitante, segundo o livro Thrust: A Spasmodic Pictorial History of the Codpiece in Art ("Impulso: uma história pictórica espasmódica do tapa-sexo na arte",tradução livre).
As mulheres costumavam até inserir alfinetes na efígie,uma espécieritual para as ajudar a ter filhos.
Naquela época, essas atrevidas exibiçõesvirilidade não eram algo incomum.
No portão frontalferro fundido da Capela ColleoniBérgamo, na Itália, construída no final do século 15, fica o brasão dos Colleoni. Sobre ele, existem três formas parecidas com vírgulas.
Estas formas representam testículos. Acredita-se que eles tenham sido incluídos para exibir a força masculina da linhagem.
Também há uma similaridade entre o nome da família Colleoni e a expressãoitaliano coglioni, que faz referência aos testículos.
Os homens também usavam adornos na região da virilha para transmitirbravura militar.
Inicialmente, os tapa-sexos realmente costumavam ser acrescentados às armaduras. Mas Bartels explica que a ascensão dessas peças coincidiu com as Guerras Italianas (1494-1559).
Durante esses conflitos, mercenários do norte da Europa saírambatalhanome da Espanha, França e Itália.
Um dos benefícios recebidos pelos soldados era a isenção das Leis Suntuárias, que determinavam até que ponto poderia chegar o desregramentocada grupo social. E eles aproveitaram essa oportunidade no vestuário.
"Eles se vestiamforma superchamativa... eles usavam esses enormes tapa-sexos", segundo Bartels. E assim se formou mais um laço entre o tapa-sexo e a cultura militar.
Mesmo para os seus contemporâneos, essas abertas e declaradas exibiçõesmasculinidade, muitas vezes, eram objetogrande ridicularização.
Segundo o historiador Will Fisher, no livro Materializing Gender in Early Modern English Literature and Culture ("Materialização do gênero na cultura e literatura inglesa do início da idade moderna",tradução livre), os humoristas da época entusiasmavam seu público com cenas sugestivasque um personagem parecia estar a pontorevelar seus genitais... até que eles retiravam algo inesperado das calças, como uma laranja.
Outros objetos incomuns encontradostapa-sexos fictícios incluíam "poemas, garrafas, guardanapos, pistolas, cabelos e até espelhos".
O tapa-sexo já estavadeclínio no final do século 16. Nessa época, as fontes disponíveis começam a se referir a ele como algo foramoda, segundo Victoria Bartels.
Curiosamente, pouco antes desses volumosos acessórios começarem a desaparecer, eles passaram a ser reduzidos para assumir proporções diminutas.
"Você começa a ver outra tendênciamoda chamada 'barrigaervilha'", explica Bartels. Eram jaquetas distendidas e sem enchimento, que eram vestidas sobre a camisa, criando uma pretuberância na região da barriga. "Parece ridículo aos olhos modernos."
Elas costumavam ser acompanhadascalções almofadados ou atéformasaias. Bartels explica que essa combinação ressaltava a mesma região do corpo que o tapa-sexo, já que ambos incorporavam os genitais.
Atualmente, poucas 'barrigaservilha' ainda sobrevivem.
Entre as que foram conservadas estão bojos metálicosarmaduras, um conjuntolã e veludo que pertenceu a um conde sueco e seus filhos e um conjuntopeças que fazem parte do MuseuLondres, inicialmente classificadas como almofadasombro por um curador vitoriano, segundo a historiadora Lucy Worsley.
Além desses objetos remanescentes, podemos apenas observar a grandeza priápica dessa vestimenta perdidapinturas e esculturas da época.
Mas, embora os tapa-sexos renascentistas autênticos agora sejam raros, o entusiasmo do público por eles não desapareceu por completo.
Nos anos 1970 e 1980, bandasrock como Jethro Tull e Kiss começaram a surpreender o público com versõestapa-sexo com estampasleopardo,couro, cravejadas ou enfeitadas com rostosdemônios.
A banda Kiss chegou a terprópria costureiratapa-sexos, até o encerramento da banda, no ano passado.
Os tapa-sexos também vêm marcando seu retorno na alta costura, como parteuma tendência chamada "power dressing dos Tudor", esériesTV históricas, como a britânica Wolf Hall.
Mas os produtores modernos ainda não conseguiram fazer tapa-sexos grandes como osantigamente.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.