3 gráficos que mostram o aumento históricoexclusivebetrefugiados no mundo:exclusivebet

Meninas deslocadas pelo conflito na Síria, no campoexclusivebetal-Yunani

Crédito, AFP

Legenda da foto, Meninas deslocadas pelo conflito na Síria, no campoexclusivebetal-Yunani

120 milhõesexclusivebetpessoas no mundo estão foraexclusivebetsuas casas, tendo sido forçadas a fugir da guerra, da violência e da perseguição, segundo a agência das Nações Unidas para os refugiados, ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados).

Esse número representa um aumentoexclusivebet8%exclusivebetrelação ao ano anterior e um recorde histórico desde que a organização começou a fazer esses registros.

A cada minuto, pelo menos 20 pessoas têmexclusivebetdeixar tudo para trás para escaparexclusivebetconflitos, diz a ONU.

A organização aponta ainda que cercaexclusivebet40% das pessoas deslocadas são menoresexclusivebetidade.

“Por trás desses números alarmantes e crescentes estão inúmeras tragédias humanas. Tal sofrimento deve levar a comunidade internacional a agir urgentemente para resolver as causas profundas do deslocamento forçado”, afirmou Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

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Fim do Matérias recomendadas

O relatório do ACNUR foi divulgado pouco antes da comemoração do Dia Mundial do Refugiado,exclusivebet20exclusivebetjunho, que busca “homenagear a força e a coragem dos refugiadosexclusivebettodo o mundo”, segundo a ONU.

Venezuela, entre os países com mais pessoas refugiadas

A Síria continua sendo a fonte da maior criseexclusivebetrefugiados do mundo, com 13,8 milhõesexclusivebetpessoas deslocadas à força dentro e fora do país até ao finalexclusivebet2023, devido à guerra civil que começou há 12 anos.

Um fator-chave por trás do aumento dos números globais foi a guerra civil no Sudão, onde quase 11 milhõesexclusivebetpessoas tinham fugido das suas casas até ao finalexclusivebet2023.

No ano passado, maisexclusivebet6,4 milhõesexclusivebetpessoas fugiram do Afeganistãoexclusivebetbuscaexclusivebetuma vida melhor após a tomada do poder pelos talibãsexclusivebet2021.

Na Venezuela, maisexclusivebet7 milhõesexclusivebetpessoas deixaram o país após o colapso da economia nacional sob o presidente socialista Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013.

“É uma situação muito complexa, uma crise econômica, política,exclusivebetsegurança,exclusivebetdireitos humanos eexclusivebetsaúde que afeta aquele país há vários anos”, disse William Spindler, porta-voz do ACNURexclusivebetGenebra, à BBC Mundo, o serviçoexclusivebetespanhol da BBC.

Os números mais recentes que eles divulgam sãoexclusivebet7,7 milhõesexclusivebetvenezuelanos que partiram por diferentes motivos, disse o porta-voz.

A grande maioria deles está na Colômbia, nos Estados Unidos, na Espanha, no Equador eexclusivebetoutros países latino-americanos, como o Brasil.

O impacto nesses países, especialmente na Colômbia, tem sido enorme. No entanto, são geralmente bem recebidos, conseguem trabalho, têm acesso a serviços e oportunidadesexclusivebetregularizar aexclusivebetsituação.

Além disso, garante Spindler, a permanência deles nos países anfitriões foi positiva.

“Isso não se ouve muitas vezes, mas está comprovado por esses estudos que essas pessoas também trazem consigo uma riqueza e uma educação que também lhes permite contribuir... atravésexclusivebetimpostos, aberturaexclusivebetpequenos negócios etc.”

Do outro lado do mundo, à medida que continua a invasão da Ucrânia pela Rússia, o númeroexclusivebetrefugiados ucranianos eraexclusivebet6 milhões no finalexclusivebet2023, segundo dados do ACNUR.

Além disso, a atual guerraexclusivebetGaza deslocou até 1,7 milhãoexclusivebetpessoas (75% da população) na Faixa. Muitas delas, múltiplas vezes,exclusivebetacordo com a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina, porexclusivebetsiglaexclusivebetinglês).

A situação na América Latina

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Dos 120 milhõesexclusivebetpessoas deslocadas à força no mundo, 23 milhões estão no continente americano.

Isso representa 19%, quase um quintoexclusivebettodas as pessoas refugiadas, destaca William Spindler. Mas, “ao contrário do que muitos acreditam, a grande maioria destas pessoas está na América Latina, não nos Estados Unidos”.

Além da Venezuela, outra situação preocupante está ocorrendo na América Central, particularmente com pessoas deslocadasexclusivebetHonduras, El Salvador e Guatemala, que fogemexclusivebetconflitos, guerras e violência.

No entanto, Spindler salienta que muitas dessas pessoas se deslocam dentro do seu próprio país. “É um fenômeno que acontece tanto no nível das Américas quanto no nível global. O deslocamento geralmente é mais interno”, afirma.

Quem sai para o exterior vai para o México, tanto para se estabelecer por lá quanto para chegar aos Estados Unidos.

Isso gerou uma situação especial no México, como paísexclusivebetorigem, trânsito e, particularmente, destinoexclusivebetcomunidades refugiadas.

“É um dos países que mais recebem pedidosexclusivebetasilo, não só das Américas, masexclusivebettodo o mundo”, diz o porta-voz da agência para os refugiados.

Ele acrescenta que o México tem tido uma políticaexclusivebetacolhimento muito generosa, que também tem feito pressão por parte dos Estados Unidos para restringir os movimentos e tentativasexclusivebetentrada no seu territórioexclusivebetpessoas deslocadas através da fronteira que compartilham.

É uma situação bastante difícil para o México, por isso a ACNUR tem um projetoexclusivebetcoordenação com as autoridades locais e empresas privadas. A intenção é aliviar a concentraçãoexclusivebetrefugiados migrantesexclusivebetregiões com menor desenvolvimento econômico e transferi-los para áreas mais prósperas onde existem melhores possibilidadesexclusivebetemprego e integração.

Uma ondaexclusivebetmigrantes atravessa a pé da Guatemala até o EstadoexclusivebetChiapas, no sul do México

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O México é um paísexclusivebetorigem, trânsito e destinoexclusivebetmigrantes e refugiados

Outra crise que se ocorre é a do Haiti, devido à perene instabilidade política, à pobreza e à violência das gangues, que tomaram contaexclusivebetgrandes partes do país.

Em termosexclusivebetdeslocamento forçado, o caso do Haiti é especial, explica William Spindler.

Cercaexclusivebet690 mil haitianos fugiram, mas muitos fizeram isso há anos ou décadas, após o devastador terremotoexclusivebet2010 e outras catástrofes naturais. Eles estabeleceram-se na América do Sul, especialmente no Chile e no Brasil.

Com o impacto da pandemia, muitas dessas pessoas perderam os seus meiosexclusivebetsubsistência e decidiram se mudar para os Estados Unidos, ora atravessando a selvaexclusivebetDarién, ora com crianças que nasceram no Brasil, Chile e outros países sul-americanos.

Agora, com os atuais conflitos internos, a maioria dos haitianos atravessa para a vizinha República Dominicana, alguns com a intençãoexclusivebetchegar aos Estados Unidos pelo mar.

“No entanto, a maioria dos haitianos deslocados pela violência está dentro do seu próprio país”, diz Spindler.

Refugiados, migrantes e solicitantesexclusivebetasilo

Um refugiado é uma pessoa que foi forçada a sair do seu paísexclusivebetorigem devido à guerra, perseguição ou desastre natural.

A BBC utiliza o termo migrante para se referir a todas as pessoasexclusivebetmovimento que ainda não completaram o processo legalexclusivebetpedidoexclusivebetasilo.

Esse grupo inclui pessoas que fogemexclusivebetpaíses devastados pela guerra, a quem é provável que seja concedido o estatutoexclusivebetrefugiado, e pessoas que procuram trabalho e uma vida melhor, e que os governos provavelmente considerarão migrantes econômicos.

A Syrian boy cries as he is being held at a temporary refugee camp
GETTY
Númeroexclusivebetrefugiados triplicouexclusivebet2023exclusivebetrelação à década anterior

A violência e os conflitos contribuíram para o aumento

  • 40%dos refugiadosexclusivebet2023 eram crianças*

  • 2 milhõesde crianças nasceram como refugiadas entre 2018 e 2023, segundo estimativa

  • 69% dos refugiados foram acolhidos por países vizinhos

  • 5países acolhem 40% dos refugiados: Irã, Turquia, Colômbia, Alemanha e Paquistão

Fonte: Relatório ACNUR 2023 | *Uma estimativa devido à faltaexclusivebetdetalhes demográficos. Incluem pessoasexclusivebetsituações semelhantes e outras que necessitamexclusivebetproteção internacional

A quantidadeexclusivebetpessoas que chegam às fronteiras dos EUA ou da União Europeia é uma questão que tem sido utilizada por muitos partidos políticos para ganhar votos, agravando o medo da população contra a migração.

Embora Spindler reconheça que esses países não têm obrigaçãoexclusivebetos receber, “quando falamosexclusivebetrefugiados, ou seja,exclusivebetpessoas que são perseguidas no seu país, a situação jurídica é muito diferente”, afirma o porta-voz do ACNUR.

“Essas pessoas têm o direitoexclusivebetpedir asilo e os países que as recebem têm a obrigaçãoexclusivebetlhes dar proteção”, explica.

Segundo ele, se a entrada dessas pessoas for barrada e forem obrigadas a voltar, elas poderão correr sérios riscosexclusivebetviolação dos seus direitos humanos, sofrer tortura, serem presas e,exclusivebetalguns casos, mortas.

Ele reitera também que “a grande maioria das pessoas deslocadas no mundo está dentro do seu próprio país ouexclusivebetpaíses vizinhos”.

Ele assegura que 75%exclusivebettodos os refugiados e pessoas deslocadas no mundo estãoexclusivebetpaísesexclusivebetbaixo ou médio rendimento. E nem tanto nos Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental.