'Meu cistobetnacional siteovário era maior do que um bebê':betnacional site

Crédito, Arquivo pessoal
A vendedora conta que ao entrar no consultório médico a primeira pergunta que ouviu do profissional foi se ela estava grávida, já que seu abdômen estava distendido. Diante da negativa da jovem, o profissional a encaminhou para fazer um ultrassom.
O diagnóstico

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Durante o exame veio o susto. Mariana tinha um cisto que devido ao tamanho estava tomando toda abetnacional siteregião abdominal e não era sequer possível ver onde era abetnacional siteorigem – se era no ovário direito ou esquerdo.
“Quando a médica viu, ela levou um susto. Na mesma hora ela já me encaminhou para fazer uma tomografiabetnacional siteurgência, para que eles pudessem ver o cisto com mais detalhes”, conta a vendedora.
O exame foi feito no mesmo dia e os médicos informaram que a jovem precisaria passar por uma cirurgiabetnacional siteemergência para remover o cisto que estavabetnacional siteseu ovário direito. Havia o riscobetnacional siteele estourar e gerar uma infecção grave.
Sem ter planobetnacional sitesaúde e acreditando que o procedimento cirúrgico pelo SUS (Sistema Únicobetnacional siteSaúde) pudesse demorar meses, a famíliabetnacional siteMariana se organizou financeiramente para pagar os custos da cirurgiabetnacional siteum hospital particular da cidade, o que fez com que a jovem precisasse esperar algumas semanas para retirar o cisto.

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“Eu fiquei muito assustada, eu sabia que era um cisto muito grande e aquilo era perigoso. Enquanto a minha mãe se organizava para pagar a minha cirurgia, eu fiqueibetnacional siterepousobetnacional sitecasa. Não saía da cama para quase nada com medobetnacional siteagravar a minha situação”, conta.
Medobetnacional siteser câncer
Ainda segundo Mariana, na épocabetnacional siteque teve o diagnóstico, ela ainda vivia o lutobetnacional siteter perdido a avó, que morreu devido a um câncer no útero, e acompanhava a lutabetnacional siteuma tia que fazia tratamento contra um tumor na mama.
“O nosso maior medo é que eu também pudesse estar com câncer, já que o cisto cresceu muito rápido ebetnacional sitepoucos meses. Foram momentos desesperadores”, recorda a jovem.
Em julhobetnacional site2020, Mariana passou pela cirurgiabetnacional siteretirada do cisto. Para surpresa até dos médicos, o cisto era mais pesado do que um recém-nascido, tinha cercabetnacional site7 kg e continha aproximadamente 8 litrosbetnacional sitelíquidos. Após a cirurgia, que não comprometeu os ovários, o material foi enviado para biópsia.

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“A cirurgia demorou seis horas devido ao tamanho do cisto e por ele conter muito líquido. Graças a Deus a biópsia constatou que não era câncer e isso nos deixou bastante aliviados”, conta.
Devido ao riscobetnacional sitedesenvolver novos cistos, Mariana faz acompanhamento ginecológico e a cada seis meses realiza diversos exames preventivos.
O que é cisto no ovário e por que ele surge
Os cistos nos ovários geralmente são pequenos e não apresentam riscos à saúde da mulher. Eles podem ocorrerbetnacional sitequalquer momento da vida, sendo mais comum durante a idade reprodutiva (entre 15 e 45 anos), ebetnacional sitemuitos casos a paciente não tem nenhum sintoma e eles desaparecem sozinhobetnacional sitealgumas semanas.
Eles surgem por fatores como: histórico genético, desregulação hormonal e infecções pélvicas graves.
“Os cistos benignos podem ser causados simplesmente por problemasbetnacional siteovulação. Folículos ovarianos que contêm os óvulos que não rompem no momento da ovulação e formam os cistos ou estruturas com conteúdo líquido que crescem no ovário, mas não são malignos”, explica Silvana Chedid, ginecologista do Hospital Sírio-Libanês.

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Nesse caso, o cisto possuibetnacional site3 a 8 cm, havendo, normalmente, uma diminuiçãobetnacional siteseu diâmetro e desaparecendo entre 4 e 8 semanas.
No entanto, há cistos considerados malignos e estão diretamente relacionados ao câncerbetnacional siteovário.
“Essa é outra modalidadebetnacional sitecisto. O câncerbetnacional siteovário tem uma herança hereditária, ou seja, possuem um risco maiorbetnacional sitemulheres cujas mães tiveram também o câncer, mas também podem aparecerbetnacional sitemulheres sem casos na família” acrescenta Chedid.
Sintomas e tiposbetnacional sitecistos
A mulher com cisto no ovário pode sentir ou não sintomas. Os mais comuns são:
- Aumento do volume abdominal;
- Dor pélvica;
- Atrasos ou mudanças no ciclo menstrual;
- Sangramento fora do período menstrual;
- Enjoo;
- Ganhobetnacional sitepeso;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor durante a ovulação;
- Dificuldade para engravidar.
“Os cistos maiores normalmente acontecembetnacional sitemulheres que não fazem os exames ginecológicos anual e consequentemente não os identificam no começo. Nesse caso, ele pode comprimir a bexiga, a alça intestinal, gerando um desconforto abdominal muito grande. Ele tem um líquido dentro, gerando a dor abdominal intensa”, explica o ginecologista Carlos Alberto Politano, diretor da Associaçãobetnacional siteObstetrícia e Ginecologia do Estadobetnacional siteSão Paulo (SOGESP).
Tipos principaisbetnacional sitecistos:
Uma toneladabetnacional sitecocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
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Segundo os especialistas, há sete tiposbetnacional sitecistosbetnacional siteovário benignos, chamados tambémbetnacional sitecistos funcionais, e cada um possui suas particularidades. Como eles estão relacionados à ovulação, podem regredir naturalmente.
betnacional site Cistobetnacional sitecorpo lúteo: O corpo lúteo é o tecido dentro do ovário desenvolvido após a liberação do óvulo. Normalmente esse tecido desaparece até que um novo ciclobetnacional siteovulação se inicie, masbetnacional sitealguns casos ele pode acumular líquido, criando um cisto. Esse tipobetnacional sitecisto é assintomático.
betnacional site Cisto folicular: É formado quando há crescimento anormalbetnacional siteum folículo ovariano durante a menstruação e a ruptura que causa a liberação do óvulo não ocorre.
betnacional site Cisto dermóide: É um tumor benigno que afeta mulheres mais jovens. Ele pode apresentar ossos, gordura, cartilagem e pelos embetnacional sitecomposição. Normalmente, é preciso tratamento médico para que ele desapareça.
betnacional site Cisto endometrioma: Ocorre quando o endométrio (tecido que reveste o útero), se aloja e cresce nos ovários. São mais comunsbetnacional sitemulheresbetnacional siteidade fértil (15 a 45 anos), gera dor pélvica durante os ciclos menstruais e pode causar betnacional site infertilidade.
betnacional site Cisto hemorrágico: Esse tipobetnacional sitecisto apresenta sangramento interno resultantesbetnacional sitelesõesbetnacional siteseus pequenos vasos sanguíneos. Pode causar dores abdominais intensas.
betnacional site Cistoadenoma: É um cisto que pode crescer bastante a pontobetnacional sitea mulher precisar passar por intervenção cirúrgica para removê-lo.
betnacional site Ovários policístico: É quando os dois ovários apresentam aumento considerávelbetnacional sitevolume devido à presençabetnacional sitepequenos cistos decorrentesbetnacional sitealterações hormonais.
Cisto e gravidez
A presençabetnacional siteum cisto no ovário, geralmente, não causa infertilidade, no entanto, a mulher pode ter dificuldades para engravidar devido às alterações hormonais que originou esse cisto.
“Apenas grandes cistos ovarianos ou os tumores malignos trazem algum risco para a gravidez. Paciente com cistos grandes, superiores a 10 cm, podem apresentar dor, riscobetnacional siteaborto ou trabalhobetnacional siteparto prematuro. Para estes cistos, assim como os tumores malignos, pode ser necessário a realização da cirurgia durante a gestação”, explica Guilherme Accorsi, ginecologista e oncologista do Hospitalbetnacional siteBasebetnacional siteSão José do Rio Preto.