'Meu cistobetnacional siteovário era maior do que um bebê':betnacional site

Mariana Alvesbetnacional siteOliveira Silva fazendo selfie no espelhobetnacional siteque mostra a barriga aumentada

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, O cisto era mais pesado do que um recém-nascido, tinha cercabetnacional site7 kg

A vendedora conta que ao entrar no consultório médico a primeira pergunta que ouviu do profissional foi se ela estava grávida, já que seu abdômen estava distendido. Diante da negativa da jovem, o profissional a encaminhou para fazer um ultrassom.

O diagnóstico

Mariana Alvesbetnacional siteOliveira Silva fazendo selfie no espelho com a barriga aumentada

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Mariana só desconfiou que poderia haver algobetnacional siteerrado combetnacional sitesaúde quando começou a sentir muita dor no abdômen

Durante o exame veio o susto. Mariana tinha um cisto que devido ao tamanho estava tomando toda abetnacional siteregião abdominal e não era sequer possível ver onde era abetnacional siteorigem – se era no ovário direito ou esquerdo.

“Quando a médica viu, ela levou um susto. Na mesma hora ela já me encaminhou para fazer uma tomografiabetnacional siteurgência, para que eles pudessem ver o cisto com mais detalhes”, conta a vendedora.

O exame foi feito no mesmo dia e os médicos informaram que a jovem precisaria passar por uma cirurgiabetnacional siteemergência para remover o cisto que estavabetnacional siteseu ovário direito. Havia o riscobetnacional siteele estourar e gerar uma infecção grave.

Sem ter planobetnacional sitesaúde e acreditando que o procedimento cirúrgico pelo SUS (Sistema Únicobetnacional siteSaúde) pudesse demorar meses, a famíliabetnacional siteMariana se organizou financeiramente para pagar os custos da cirurgiabetnacional siteum hospital particular da cidade, o que fez com que a jovem precisasse esperar algumas semanas para retirar o cisto.

Mariana Alvesbetnacional siteOliveira Silva com barriga normal

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Em dois meses, Mariana ganhou quase 8 quilos

“Eu fiquei muito assustada, eu sabia que era um cisto muito grande e aquilo era perigoso. Enquanto a minha mãe se organizava para pagar a minha cirurgia, eu fiqueibetnacional siterepousobetnacional sitecasa. Não saía da cama para quase nada com medobetnacional siteagravar a minha situação”, conta.

Medobetnacional siteser câncer

Ainda segundo Mariana, na épocabetnacional siteque teve o diagnóstico, ela ainda vivia o lutobetnacional siteter perdido a avó, que morreu devido a um câncer no útero, e acompanhava a lutabetnacional siteuma tia que fazia tratamento contra um tumor na mama.

“O nosso maior medo é que eu também pudesse estar com câncer, já que o cisto cresceu muito rápido ebetnacional sitepoucos meses. Foram momentos desesperadores”, recorda a jovem.

Em julhobetnacional site2020, Mariana passou pela cirurgiabetnacional siteretirada do cisto. Para surpresa até dos médicos, o cisto era mais pesado do que um recém-nascido, tinha cercabetnacional site7 kg e continha aproximadamente 8 litrosbetnacional sitelíquidos. Após a cirurgia, que não comprometeu os ovários, o material foi enviado para biópsia.

Mariana Alvesbetnacional siteOliveira Silva fazendo selfie no espelho com a barriga aumentada

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Mariana foi submetida a uma cirurgiabetnacional siteretirada do cistobetnacional sitejulhobetnacional site2020

“A cirurgia demorou seis horas devido ao tamanho do cisto e por ele conter muito líquido. Graças a Deus a biópsia constatou que não era câncer e isso nos deixou bastante aliviados”, conta.

Devido ao riscobetnacional sitedesenvolver novos cistos, Mariana faz acompanhamento ginecológico e a cada seis meses realiza diversos exames preventivos.

O que é cisto no ovário e por que ele surge

Os cistos nos ovários geralmente são pequenos e não apresentam riscos à saúde da mulher. Eles podem ocorrerbetnacional sitequalquer momento da vida, sendo mais comum durante a idade reprodutiva (entre 15 e 45 anos), ebetnacional sitemuitos casos a paciente não tem nenhum sintoma e eles desaparecem sozinhobetnacional sitealgumas semanas.

Eles surgem por fatores como: histórico genético, desregulação hormonal e infecções pélvicas graves.

“Os cistos benignos podem ser causados simplesmente por problemasbetnacional siteovulação. Folículos ovarianos que contêm os óvulos que não rompem no momento da ovulação e formam os cistos ou estruturas com conteúdo líquido que crescem no ovário, mas não são malignos”, explica Silvana Chedid, ginecologista do Hospital Sírio-Libanês.

Mariana Alvesbetnacional siteOliveira Silva fazendo selfie no espelho com a barriga aumentada

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Legenda da foto, A biópsia constatou que o cistobetnacional siteMariana era benigno

Nesse caso, o cisto possuibetnacional site3 a 8 cm, havendo, normalmente, uma diminuiçãobetnacional siteseu diâmetro e desaparecendo entre 4 e 8 semanas.

No entanto, há cistos considerados malignos e estão diretamente relacionados ao câncerbetnacional siteovário.

“Essa é outra modalidadebetnacional sitecisto. O câncerbetnacional siteovário tem uma herança hereditária, ou seja, possuem um risco maiorbetnacional sitemulheres cujas mães tiveram também o câncer, mas também podem aparecerbetnacional sitemulheres sem casos na família” acrescenta Chedid.

Sintomas e tiposbetnacional sitecistos

A mulher com cisto no ovário pode sentir ou não sintomas. Os mais comuns são:

- Aumento do volume abdominal;

- Dor pélvica;

- Atrasos ou mudanças no ciclo menstrual;

- Sangramento fora do período menstrual;

- Enjoo;

- Ganhobetnacional sitepeso;

- Dor durante as relações sexuais;

- Dor durante a ovulação;

- Dificuldade para engravidar.

“Os cistos maiores normalmente acontecembetnacional sitemulheres que não fazem os exames ginecológicos anual e consequentemente não os identificam no começo. Nesse caso, ele pode comprimir a bexiga, a alça intestinal, gerando um desconforto abdominal muito grande. Ele tem um líquido dentro, gerando a dor abdominal intensa”, explica o ginecologista Carlos Alberto Politano, diretor da Associaçãobetnacional siteObstetrícia e Ginecologia do Estadobetnacional siteSão Paulo (SOGESP).

Tipos principaisbetnacional sitecistos:

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Segundo os especialistas, há sete tiposbetnacional sitecistosbetnacional siteovário benignos, chamados tambémbetnacional sitecistos funcionais, e cada um possui suas particularidades. Como eles estão relacionados à ovulação, podem regredir naturalmente.

betnacional site Cistobetnacional sitecorpo lúteo: O corpo lúteo é o tecido dentro do ovário desenvolvido após a liberação do óvulo. Normalmente esse tecido desaparece até que um novo ciclobetnacional siteovulação se inicie, masbetnacional sitealguns casos ele pode acumular líquido, criando um cisto. Esse tipobetnacional sitecisto é assintomático.

betnacional site Cisto folicular: É formado quando há crescimento anormalbetnacional siteum folículo ovariano durante a menstruação e a ruptura que causa a liberação do óvulo não ocorre.

betnacional site Cisto dermóide: É um tumor benigno que afeta mulheres mais jovens. Ele pode apresentar ossos, gordura, cartilagem e pelos embetnacional sitecomposição. Normalmente, é preciso tratamento médico para que ele desapareça.

betnacional site Cisto endometrioma: Ocorre quando o endométrio (tecido que reveste o útero), se aloja e cresce nos ovários. São mais comunsbetnacional sitemulheresbetnacional siteidade fértil (15 a 45 anos), gera dor pélvica durante os ciclos menstruais e pode causar betnacional site infertilidade.

betnacional site Cisto hemorrágico: Esse tipobetnacional sitecisto apresenta sangramento interno resultantesbetnacional sitelesõesbetnacional siteseus pequenos vasos sanguíneos. Pode causar dores abdominais intensas.

betnacional site Cistoadenoma: É um cisto que pode crescer bastante a pontobetnacional sitea mulher precisar passar por intervenção cirúrgica para removê-lo.

betnacional site Ovários policístico: É quando os dois ovários apresentam aumento considerávelbetnacional sitevolume devido à presençabetnacional sitepequenos cistos decorrentesbetnacional sitealterações hormonais.

Cisto e gravidez

A presençabetnacional siteum cisto no ovário, geralmente, não causa infertilidade, no entanto, a mulher pode ter dificuldades para engravidar devido às alterações hormonais que originou esse cisto.

“Apenas grandes cistos ovarianos ou os tumores malignos trazem algum risco para a gravidez. Paciente com cistos grandes, superiores a 10 cm, podem apresentar dor, riscobetnacional siteaborto ou trabalhobetnacional siteparto prematuro. Para estes cistos, assim como os tumores malignos, pode ser necessário a realização da cirurgia durante a gestação”, explica Guilherme Accorsi, ginecologista e oncologista do Hospitalbetnacional siteBasebetnacional siteSão José do Rio Preto.