O que explica o aumento das mortesfox super 6 betidosos por quedas no Brasil:fox super 6 bet
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"Recentemente, piseifox super 6 betum cobre-leito do quarto, escorreguei, bati a cabeça na parede e fiquei quase um mês com o olho roxo. Minha sorte é que não foi tão grave como a situação dele."
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Fim do Matérias recomendadas
Assim como Georgina, 63 idosos todos os dias procuram atendimento hospitalar no Brasil após serem vítimasfox super 6 betqueda da própria altura. Desse total, 19 não resistem e vêm a óbito.
Os dados do Ministério da Saúde também revelam que esse tipofox super 6 betacidente tem crescidofox super 6 betforma acelerada no país.
Em 2013, 4.816 idosos morreram vítimasfox super 6 betqueda da própria altura. Jáfox super 6 bet2022, esse número saltou para 9.592 óbitos.
Considerada a terceira causafox super 6 betmortalidade entre as pessoas com maisfox super 6 bet65 anos, as quedas mataram 70.516 idosos, entre 2013 e 2022, no país.
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam três fatores para a alta incidência desses acidentes:
- Maior expectativafox super 6 betvida da população brasileira, que faz o númerofox super 6 betidosos ser cada vez maior e consequentemente deste tipofox super 6 betacidente;
- Menor subnotificação da rede hospitalarfox super 6 betcasosfox super 6 betqueda da própria altura, o que facilita os registros deste tipofox super 6 betacidente e, por consequência, aumenta o númerofox super 6 betcasos;
- Faltafox super 6 betpolíticas públicas para a população idosa se locomover, favorecendo a ocorrênciafox super 6 betquedas.
Por que caímos mais ao envelhecer?
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Uma toneladafox super 6 betcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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Apesarfox super 6 bettombos serem frequentes durante a vida, é após os 60 anos que eles podem se tornar mais comuns.
João Antonio Matheus Guimarães, presidente da Sociedade Brasileirafox super 6 betOrtopedia e Traumatologia (SBOT), explica que, com o envelhecimento natural, o corpo humano vai perdendo massa e força muscular, a chamada sarcopenia.
"Essa perdafox super 6 betmassa muscular faz com que os idosos tenham uma tendência maiorfox super 6 betdesequilíbrio, o que acaba gerando a maior parte dos acidentes", aponta.
Contudo, não é apenas a perdafox super 6 betmassa muscular que gera os acidentes.
"Ao mesmo tempo, quem tem maisfox super 6 bet60 anos, possui maior tendênciafox super 6 better comorbidades, como alterações neurológicas, que podem, por exemplo, gerar uma tontura e uma consequente queda", diz Guimarães.
Foi o que aconteceu com Irene Alves dos Santos,fox super 6 bet66 anos, que, após um desmaio dentrofox super 6 betcasa, sofreu uma queda que a obrigou a ficar semanas fazendo fisioterapia.
"Só me lembro que, comofox super 6 betcostume, naquele dia, acordei e fui no quintalfox super 6 betcasa. Foi quando do nada desmaiei", diz ela.
"Ao acordar, me vi toda ensanguentada no chão. Até hoje, não sei quanto tempo fiquei lá."
Socorrida pelo filho, Irene passou por uma bateriafox super 6 betexames que não apontaram gravidade nos ferimentos, mas acenderam o alerta na família.
"Depois do susto, a gente muda a rotina", conta a aposentada.
"Por ter diabete e fibromialgia (doença crônica caracterizada por dores fortes nas articulações, músculos e tendões), sei que não posso levantar da cama correndo ao acordar, como antes. Então, hoje, levanto, sento um pouco e só depois começo o meu dia."
Outras comorbidades
Também entra na listafox super 6 betmotivos que nos fazem cair mais ao envelhecer outras comorbidades corriqueiras do avanço da idade.
É o casofox super 6 betdoenças nas articulações, que tendem a ficar mais frágeis.
Por isso, por exemplo, situaçõesfox super 6 betartrose — causada pelo desgaste progressivo da cartilagem e inflamação da articulação — são corriqueiras após os 60 anos, sendo capazesfox super 6 betcausar tropeços fatais e consequentes quedas.
"Outra causa que gera muitos acidentes por queda é a osteoporose — doença que se caracteriza pela perda progressivafox super 6 betmassa óssea, tornando os ossos enfraquecidos", ressalta Lourenço Peixoto, médico ortopedista e chefe do Centrofox super 6 betCirurgia do Quadril do Instituto Nacionalfox super 6 betTraumatologia e Ortopedia (Into).
"Hoje, já temos vários medicamentos que ajudam na fortificação óssea. Por isso, a importânciafox super 6 betsempre ficarfox super 6 betolho nos sinais que seu corpo dá."
Problemas para enxergarfox super 6 betperto oufox super 6 betlonge e o próprio sistema nervoso mais debilitado com o acentuado índicefox super 6 betcabelos brancos também podem ser um indicativofox super 6 betrisco para ocorrência desse tipofox super 6 betacidente.
"O paciente mais idoso tende a levantar mais vezes à noite, por contafox super 6 beturgência urinária e, muitas vezes, ele está sonolento", ressalta Guimarães.
"Nesse levantar, muitas vezes ele sofre a queda."
Mais idade, maior risco
Dados do Into apontam que quanto maior a idade, maior o riscofox super 6 betqueda. Isso porque, entre os idosos com 80 anos ou mais,fox super 6 betmédia, 40% deles sofrem ao menos algum tipofox super 6 betqueda todos os anos.
O levantamento vai ao encontro da pesquisa liderada pela nutricionista Ilana Carla Gonçalves da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí (UFVJM) sobre a tendênciafox super 6 betmortalidade por quedasfox super 6 betidosos no Brasil.
Ao analisar os óbitosfox super 6 betidosos brasileiros por queda, entre 2000 e 2019, a pesquisadora constatou que mais da metade das mortes foramfox super 6 betidosos com 80 anos ou mais.
No respectivo período, das 135.209 mortesfox super 6 betidosos por queda:
- 17,57% foramfox super 6 betidososfox super 6 bet60 a 69 anos;
- 26,31% foramfox super 6 betidosos com 70 a 79 anos;
- 56,12% foramfox super 6 betidosos com 80 anos ou mais.
"Esse númerofox super 6 betmortes já é um indicativofox super 6 betalerta, a pergunta que fica é o que estamos fazendo para evitar esse tipofox super 6 betacidente", ressalta a pesquisadora.
"Isso porque quando o idoso não morre, ele fica acamado e tem todo um processofox super 6 betrecuperação que é mais lento."
Na opiniãofox super 6 betGonçalves, é preciso que o Brasil repense seu modelofox super 6 betorganização das cidades para uma população que tende a ser cada vez mais idosa.
O Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileirofox super 6 betGeografia e Estatística (IBGE) mostrou que 10,9% do totalfox super 6 bethabitantes do país têm 65 anos ou mais – o maior percentualfox super 6 betidososfox super 6 betrelação ao totalfox super 6 bethabitantes desde que o primeiro recenseamento,fox super 6 bet1872.
"O envelhecimento populacional, não acompanhado dos devidos ajustes na infraestrutura e outras medidas que facilitem a mobilidade e promovam a qualidadefox super 6 betvida dessa população, pode contribuir para o aumento do númerofox super 6 betóbitosfox super 6 betdecorrênciafox super 6 betqueda da própria altura", diz Gonçalves.
"Vias públicas precárias, com calçadas quebradas e irregulares e iluminação insuficiente, aliadas aos fatores intrínsecos originados do processofox super 6 betenvelhecimento, compõem um cenário que conduz a mais episódiosfox super 6 betquedas, aumentando as taxasfox super 6 betmortalidade por essa causa, o que merece atenção especial dos gestores e dos profissionais da saúde."
Como evitar quedas
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Contudo, alémfox super 6 betpolíticas públicas, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, apontam para a necessidadefox super 6 betconscientização das famílias sobre os potenciais perigosos que os idosos correm na própria casa.
"É preciso que as pessoas compreendam que cair não é normal, e que existem atitudes que podem evitar esses acidentes", diz Isabela Oliveira Azevedo Trindade, fisioterapeuta da Sociedade Brasileirafox super 6 betGeriatria e Gerontologia (SBGG).
Entre as mudanças que podem diminuir os riscosfox super 6 betqueda estão colocar interruptor próximo à cama, ter pisos com características antiderrapantes, evitar tapetes e instalar barrasfox super 6 betapoio nos banheiros.
Ao mesmo tempo, Trindade defende mudanças na vida do idoso, como dar preferência por sapatos com antiderrapante e nunca andar sófox super 6 betmeias.
"Junto com isso, há uma grande necessidadefox super 6 bettambém investirfox super 6 betexercício físico com o envelhecimento, porque a práticafox super 6 betatividade física diminui o riscofox super 6 betqueda", afirma a fisioterapeuta.
Para quem já foi vítimafox super 6 betqueda, ela ressalta que não adianta só o envolvimento da família na prevençãofox super 6 betacidentes. É necessário conscientizar o próprio idoso.
"A gente como idoso muitas vezes tem dificuldade para aceitar que não temos mais a agilidadefox super 6 betantes. Só fui aceitar depois do que aconteceu comigo,fox super 6 betficar toda roxa e até quebrar o braço", diz Georgina, sobre o acidente que sofreu.
"Mas, graças a Deus, foi somente isso, poderia ter sido pior."
Confira abaixo uma listafox super 6 betdicas para adotarfox super 6 betcasa com o objetivofox super 6 betevitar quedas:
fox super 6 bet No quarto
- Coloque lâmpada/lanterna e telefone perto da cama;
- Os armários devem ter portas leves e maçanetas grandes para facilitar a abertura, assim como iluminação interna para ajudar na visualização dos pertences;
- Dentro do armário, arrume as roupasfox super 6 betlugaresfox super 6 betfácil acesso, evitando os locais mais altos;
- Substitua lençóis e acolchoado por produtos feitos por materiais não escorregadios, como, por exemplo, algodão e lã;
- Não deixe o chão do quarto bagunçado.
fox super 6 bet Na sala e corredor
- Organize os móveisfox super 6 betmaneira que tenha um caminho livre para passar;
- Instale interruptoresfox super 6 betluz na entrada das dependências para que não seja necessário andar no escuro;
- Mantenha fiosfox super 6 bettelefone, elétricos efox super 6 betampliação fora das áreasfox super 6 bettrânsito; nunca debaixofox super 6 bettapetes;
- Nas áreas livres, coloque tapetes com as duas faces adesivas ou com a parte debaixo não deslizante;
- Não sentefox super 6 betcadeira ou sofás baixos, porque o graufox super 6 betdificuldade exigido para se levantar é maior. Além disso, estes devem ser confortáveis e com braços;
fox super 6 bet Na cozinha
- Remova os tapetes que promovem escorregões;
- Limpe imediatamente qualquer líquido, gordura ou comida que tenham sido derrubados no chão;
- Armazene a comida, a louça e demais acessórios culináriosfox super 6 betlocaisfox super 6 betfácil alcance;
- As estantes devem estar bem presas à parede e ao chão para permitir o apoio quando necessário;
- Não subafox super 6 betcadeiras ou caixas para alcançar os armários que estão no alto;
fox super 6 bet Na escada
- Interruptoresfox super 6 betluz devem estar instalados tanto na parte inferior quanto na parte superior da escada. Outra opção é instalar detectoresfox super 6 betmovimento que podem fornecer iluminação automaticamente;
- Mantenha uma lanterna guardadafox super 6 betalgum lugar próximo,fox super 6 betcasofox super 6 betfaltafox super 6 betluz;
- Remova os tapetes que estejam no início ou fim da escada;
- No casofox super 6 betcarpete fixo, selecione aquele que tenha cor sólida (sem desenhos ou muitas formas) para que seja possível visualizar claramente as bordas dos degraus;
- Coloque tiras adesivas antiderrapantesfox super 6 betcada borda dos degraus;
- Instale corrimões por toda a extensão da escada,fox super 6 betambos os lados. Eles devem estarfox super 6 betuma alturafox super 6 bet76 centímetros acima dos degraus.
fox super 6 bet No banheiro
- Coloque um tapete antiderrapante ao lado da banheira ou do box parafox super 6 betsegurança na entrada e saída;
- Instale barrasfox super 6 betapoio nas paredes do banheiro;
- Duchas móveis são mais adequadas;
- Substitua as paredesfox super 6 betvidro do box por um material não deslizante;
- Ao tomar banho, utilize uma cadeirafox super 6 betplástico firme com cercafox super 6 bet40 centímetros, caso não consiga se abaixar até o chão ou se sinta instável.
Fonte: Ministério da Saúde
