Vitamina D: o que se sabe e o que falta saber sobre suplementos, benefícios e riscos :sportingbet brasileirão

Mulhersportingbet brasileirãoárea externa, sob o sol, segurando cápsula

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Especialistas e sociedades médicas procuradas pela reportagem recomendam primeiro verificar os níveissportingbet brasileirãovitamina D no sangue para depois ser decidida a necessidadesportingbet brasileirãosuplementação

Vamos primeiro ao que já se sabe sobre a vitamina D.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
sportingbet brasileirão de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Batalha us1.shop_battle ; en comu ) product! call aof/duthy (warzonNE-2 {k0}Free–for

l", also known as "FFA" or 'Deathmatch' in House from 😆 Durity and Cal dos Pratis 2 As

Subway Surfers is a classic endless runner game. You play as

Jake, who surfs the subways and tries to escape 💸 from the grumpy Inspector and his dog.

vulkan bet casino e confiavel

Оператором данного веб-сайта является компания TSG Interactive Gaming Europe Limited с

регистрационным номером C54266, зарегистрированная на Мальте по адресу 🌈 Спинола Парк,

Fim do Matérias recomendadas

O básico da vitamina D

Pintura simplessportingbet brasileirãosol com cápsula no meio

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Vitamina D foi descoberta há pouco maissportingbet brasileirão100 anos

No ano passado, a descoberta da vitamina D fez 100 anos. No início do século 20, vários médicos e cientistassportingbet brasileirãoinstituições diferentes estavam buscando a causa do raquitismo e passaram a observar que a ingestãosportingbet brasileirãoóleosportingbet brasileirãofígadosportingbet brasileirãobacalhau prevenia e tratava essa doença óssea. Mas, além disso, a exposição ao sol também parecia ter um papel.

Uma equipe liderada pelo bioquímico americano Elmer McCollum foi quem deu o nome "vitamina D",sportingbet brasileirão1922.

Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo
Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladasportingbet brasileirãococaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

Era uma épocasportingbet brasileirãoque muitas vitaminas estavam sendo descobertas — as letras A, B e C já estavamsportingbet brasileirãouso —, e o novo composto foi assim identificado. Décadas depois, com mais pesquisas e o detalhamento da estrutura molecular, chegou-se ao consensosportingbet brasileirãoque a vitamina D é, na verdade, um hormônio.

Atualmente, há cientistas tentando emplacar o nome "hormônio vitamina D", mas a "vitamina D" segue muito popular — e nessa reportagem, vamos continuar usando o termo à moda antiga.

Hoje, é mais do que comprovado que a vitamina D regula a quantidadesportingbet brasileirãocálcio e fósforo no nosso corpo — e esses, porsportingbet brasileirãovez, são essenciais para o crescimento e a manutençãosportingbet brasileirãoossos, dentes e músculos. Ou seja, a vitamina D é importantíssima para a saúde óssea e muscular.

Já sabemos também que podemos obter a vitamina Dsportingbet brasileirãotrês formas: com a produção do nosso corpo, a partir da exposição ao sol; pela alimentação e pela suplementação.

A médica endocrinologista Marise Lazaretti-Castro, professora livre-docente da Universidade Federalsportingbet brasileirãoSão Paulo (Unifesp), afirma que é um equívoco comum entre os pacientes pensar que os efeitos da alimentação e da suplementação só vão ser ativados se houver exposição ao sol.

"É uma ideia errada asportingbet brasileirãoque você precisa tomar sol mesmo ingerindo a vitamina. O que o sol faz é produzir na nossa pele a vitamina D. Se você está ingerindo pelo alimento ou pelo suplemento, não precisa tomar sol", explica Lazaretti-Castro.

Outro alerta feito por Castro e pela nutricionista Marcela Mendes, também entrevistada pela BBC News Brasil, é que, na prática, não podemos contar muito com a alimentação para obter a vitamina D. Sociedades médicas brasileiras consultadas pela reportagem endossaram essa afirmação.

O salmão, por exemplo, que costuma ser apontado como uma rica fonte, só nos dá o hormônio se for selvagem — e nãosportingbet brasileirãocriação, como é mais comum encontrar no Brasil.

"Ainda falta educação nutricional pra entender que a alimentação dificilmente vai ser suficiente para suprir a necessidade. Os principais alimentos com vitamina D são o salmão selvagem, cogumelos e peixes gordurosos. Qual é a real aplicação disso na nossa população? A ingestão [desses alimentos] precisaria ser diária para a gente ter realmente uma fonte", aponta Mendes, doutorasportingbet brasileirãociências nutricionais pela Universidadesportingbet brasileirãoSurrey (Inglaterra) e membro do gruposportingbet brasileirãopesquisasportingbet brasileirãoVitamina D da Universities Global Partnership Network (UGPN).

Em alguns países que têm invernos severos e menor exposição ao sol, é obrigatória a fortificaçãosportingbet brasileirãoalimentos com vitamina D. Não é o caso do Brasil. Mas, nas prateleiras, também temos alguns produtos com dizeres como "fortificado" e "enriquecido com vitamina D" na embalagem.

"Quando você olha no rótulo, é uma quantidade que não está fazendo diferença. Não é enganoso, mas pode gerar uma confusãosportingbet brasileirãose achar que está sendo suficiente ingerir aquele alimento. A pessoa acha que está tendo uma fonte garantidasportingbet brasileirãovitamina D", alerta a nutricionista, sugerindo uma regulamentação mais rigorosa para o uso dessas chamadas.

A Agência Nacionalsportingbet brasileirãoVigilância Sanitária (Anvisa) ordena que alimentos enriquecidos devem trazer alegações como "fortificado com vitamina D" quando trouxerem no mínimo 30 UI (unidades internacionais)sportingbet brasileirãolíquidos e 60 UIsportingbet brasileirãosólidos. Segundo a agência, os limites mínimos garantem que os produtos "forneçam uma quantidade significativa das substâncias adicionadas e sejam eficazes para os efeitos alegados".

Mendes é cautelosa ao falarsportingbet brasileirãouma recomendação diáriasportingbet brasileirãoingestão da vitamina D, pois há variáveis individuais e locais, mas aponta como referência a orientação da Sociedade Brasileirasportingbet brasileirãoEndocrinologia e Metabologia (SBEM)sportingbet brasileirão600 a 800 UI diárias para adultos saudáveis (via alimentação e/ou suplementação). Para grupossportingbet brasileirãorisco, a necessidade costuma ser ainda maior.

Ou seja, o mínimo exigido para que um produto se diga fortificado com vitamina D fica abaixo desta referência.

Suplementar ou não suplementar?

Letra "D" formada por cápsulas

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Podemos obter a vitamina D via exposição ao sol, suplementação e alimentação

Além da alimentação, temos ainda a exposição ao sol e a suplementação como formassportingbet brasileirãoobter a vitamina D.

Por muito tempo, pensou-se que o clima brasileiro fosse suficiente para garantir à população vitamina D — inclusive por isso, o raquitismo nunca foi uma preocupação grande por aqui.

Mas estudos recentes têm mostrado que o país tem um percentual relevantesportingbet brasileirãopessoas com deficiência desse hormônio.

Um estudo publicadosportingbet brasileirãonovembrosportingbet brasileirão2022 no periódico Journal of the Endocrine Society por Lazaretti-Castro e colegas se debruçou sobre os níveissportingbet brasileirãovitamina Dsportingbet brasileirãodoadoressportingbet brasileirãosanguesportingbet brasileirãotrês cidades brasileiras.

Os resultados mostraram deficiênciasportingbet brasileirãovitamina Dsportingbet brasileirão12,1% das pessoassportingbet brasileirãoSalvador; 20,5%sportingbet brasileirãoSão Paulo e 12,7%sportingbet brasileirãoCuritiba.

Dados mundiais reunidossportingbet brasileirãoum artigo da Nature mostram que o percentualsportingbet brasileirãodeficiênciasportingbet brasileirãooutras populações é maior, como nos Estados Unidos (24%), Canadá (37%) e Europa (40%).

No doutorado, Marcela Mendes fez um ensaio clínico com mulheres brasileiras no seu país natal e com brasileiras vivendo na Inglaterra.

"Realmente tinha uma médiasportingbet brasileirãoníveissportingbet brasileirãovitamina D bem maiores no Brasil do que na Inglaterra. Mas nem por isso a gente deixousportingbet brasileirãoter mulheres deficientes morando no Brasil ou mulheres suficientes morando na Inglaterra. Então, outros fatores influenciam além do sol", diz a nutricionista, citando fatores como a pigmentação da pele — quanto mais melanina, que protege contra a luz solar, menos vitamina D produzida — e a genética.

"Já foram identificados diversos genes que têm uma influência da vitamina D na expressão gênica. Há também o polimorfismo genético: as pessoas podem ter alguma mutação que favorece ou atrapalha os níveissportingbet brasileirãovitamina D."

O estilosportingbet brasileirãovida atual também pode diminuir nossa exposição ao sol, conforme ficamos maissportingbet brasileirãoambientes fechados e usamos protetores solares. E aí entra outro dilema: para evitar o envelhecimento e o câncersportingbet brasileirãopele, usamos filtros que bloqueiam a luz ultravioleta B (UVB) — crucial para nosso corpo sintetizar a vitamina D.

Pessoas pegando sol na praia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O clima brasileiro ajuda, mas não é garantiasportingbet brasileirãoque teremos vitamina D suficiente

Entidades médicas consultadas pela reportagem deram diferentes recomendações para lidar com o dilema dos riscos e benefícios da exposição ao sol.

  • A Sociedade Brasileirasportingbet brasileirãoEndocrinologia e Metabologia (SBEM) recomenda que a situação seja resolvida caso a caso na consulta com um médico. "Fazer uma recomendação para toda a populaçãosportingbet brasileirãotermossportingbet brasileirãocomo se expor ao sol é complexo, porque o tanto que cada pessoa vai fabricarsportingbet brasileirãovitamina D é variável. Essa variação acontecesportingbet brasileirãoacordo com o tom pele, com a região do Brasilsportingbet brasileirãoque a pessoa está [quanto mais perto da linha do Equador, maior é o índice UVB] e com a estação do ano [no inverno o índice UVB é mais é mais baixo do que no verão]", aponta Bárbara Campolina, endocrinologista e diretora do Departamentosportingbet brasileirãoMetabolismo Ósseo e Mineral da SBEM.
  • Já a Associação Brasileirasportingbet brasileirãoAvaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) sugere a limitação do tempo e áreassportingbet brasileirãoexposição. "Em geral o câncersportingbet brasileirãopele ocorre no rosto, pescoço e testa, e essas áreas sempre devem estar protegidas pelo protetor solar. Pode-se expor braços e pernas sem proteção por 5 a 7 minutossportingbet brasileirãopessoassportingbet brasileirãopele mais clara e até 15 minutos naqueles com a pele mais pigmentada e após isso aplicar o protetor. Deve-se evitar a vermelhidão da pele pois isto já é um sinal da lesão solar", explicou Sergio Maeda, presidente da Abrasso.
  • A Sociedade Brasileirasportingbet brasileirãoPediatria (SBP) e a Sociedade Brasileirasportingbet brasileirãoGeriatria e Gerontologia (SBGG) sugerem ainda que a exposição ao sol ocorra antes das 10h da manhã e depois das 16h.

Jásportingbet brasileirãorelação à suplementação, nenhuma sociedade médica brasileira consultada pela reportagem recomenda o uso indiscriminadosportingbet brasileirãosuplementos pela população geral.

Primeiro, é preciso verificar os níveissportingbet brasileirão25(OH)D (ou 25 hidroxivitamina D) no sangue para depois um médico ou nutricionista decidir se a suplementação é necessária ou não.

A 25(OH)D é a forma circulante da vitamina D no sangue depoissportingbet brasileirãoter passado pelo fígado.

A única recomendação fixa para um grupo, independentesportingbet brasileirãoexames, é para bebês: a SBP orienta suplementaçãosportingbet brasileirãovitamina D na dosesportingbet brasileirão400 UI da primeira semana até 12 meses esportingbet brasileirão600 UIsportingbet brasileirão12 a 24 meses (tanto para bebês que estejam sendo amamentados quanto tomando fórmula).

Entretanto, há grupossportingbet brasileirãorisco que devem ficar mais atentos ao nívelsportingbet brasileirão25(OH)D:

  • Idosos (acimasportingbet brasileirão60 anos)
  • Obesos e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica
  • Grávidas ou lactantes
  • Pessoas com osteoporose, outras doenças ósseas (raquitismo, osteomalácia e hiperparatireoidismo), que têm fraturas ou quedas recorrentes
  • Pessoas com doenças renais crônicas ou com síndromessportingbet brasileirãomá absorção intestinal
  • Pessoas que usam medicações que interferem no metabolismo da vitamina D, como a terapia antirretroviral do HIV, corticoides e anticonvulsivantes
  • Pessoas que não se expõem ao sol por alguma contraindicação, como históricosportingbet brasileirãomelanoma ou outro câncersportingbet brasileirãopele.

Segundo Mendes, o exame tem ficado cada vez mais acessívelsportingbet brasileirãolaboratórios particulares.

Na rede pública, um médico deve avaliar caso a caso a necessidadesportingbet brasileirãosolicitar o examesportingbet brasileirãovitamina D, segundo o Ministério da Saúde: "O examesportingbet brasileirãovitamina D pode ser solicitado pelo médico da APS [atenção primária] caso a pessoa necessite fazê-lo, cabendo a avaliação e definição da conduta pelo profissional diantesportingbet brasileirãocada caso. Em atenção à saúde da criança e saúde do idoso,sportingbet brasileirãoalguns casos é feita essa solicitaçãosportingbet brasileirãoforma preventiva."

Mercado brasileiro chegou a novo patamar na pandemia

A nutricionista diz perceber, por parte da população esportingbet brasileirãoalguns profissionaissportingbet brasileirãosaúde, a colocação da vitamina D como algo "milagroso" — o que leva, às vezes, à ingestãosportingbet brasileirãodoses altíssimassportingbet brasileirãosuplementos, inclusive indicadas por profissionaissportingbet brasileirãosaúde.

"É importante colocar que a suplementação é uma estratégia importantíssima: existem muitas situações que você precisa do suplemento e é ele que vai resolver", diz a nutricionista.

"Mas hoje, a gente está vendo pessoas tomando 5.000, 10.000 UI por dia esperando que a molécula faça alguma ação específica", acrescenta, citando doses consideradas altas.

A médica Marise Lazaretti-Castro afirma que a hiperdosagem traz riscos.

"No longo prazo, isso vai levar a um quadrosportingbet brasileirãointoxicação com vitamina D, que é grave. O cálcio sobe muito no sangue e isso dá um montesportingbet brasileirãoefeitos adversos, como náuseas, vômitos, diarreia. Também pode dar inapetência, emagrecimento, poliúria, desidratação, insuficiência renal, perda da função renal... Pode até ocorrer morte."

"A deficiência da vitamina D é ruim, mas o excesso também."

Ambas entrevistadas consideram que a pressão do mercado tem abastecido essa busca desenfreada pela vitamina D.

"Eu sinto às vezes que a publicidade tem mais acesso à população do que a gente que está tentando divulgar ciência", desabafa Mendes.

A nutricionista aponta também que há farmáciassportingbet brasileirãomanipulação vendendo doses muito altas sem prescriçõessportingbet brasileirãomédicos ou nutricionistas.

A BBC News Brasil pediu posicionamento por e-mail e telefone da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), que representa o setor, mas não teve retorno.

Dados desde 2015 mostram que o mercadosportingbet brasileirãovitamina D teve um salto no Brasil a partirsportingbet brasileirão2020, primeiro ano da pandemiasportingbet brasileirãocovid-19.

A partirsportingbet brasileirãofevereirosportingbet brasileirão2021, o valorsportingbet brasileirãofaturamento referente ao acumulado dos 12 meses anteriores ficou acimasportingbet brasileirãoR$ 1 bilhão,sportingbet brasileirãoacordo com números da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac).

Eles incluem vendassportingbet brasileirãosuplementos e medicamentos à basesportingbet brasileirãovitamina D nas farmácias do país.

Gráficosportingbet brasileirãobarrassportingbet brasileirãofaturamento do mercadosportingbet brasileirãovitamina Dsportingbet brasileirão2015 a 2023
Gráficosportingbet brasileirãobarras mostra vendasportingbet brasileirãounidadessportingbet brasileirãoprodutos à basesportingbet brasileirãovitamina D

Considerando o consumosportingbet brasileirãounidades, os dados também mostram que a partirsportingbet brasileirãofevereirosportingbet brasileirão2021 o país chegou a um novo patamar, ficando acimasportingbet brasileirão30 milhões unidades vendidas anualmente desde então.

"Esse aumento foi por contasportingbet brasileirãoestudos que mostraram um efeito imunológico no consumo da vitamina D. Isso fez com que tivesse um aumento muito grande [de demanda] na pandemia. Agora, a tendência é desacelerar", analisa Henrique Tada, presidente executivo da Alanac.

De acordo com a Anvisa, os suplementossportingbet brasileirãovitamina D não exigem prescrição médica, enquanto há alguns medicamentos à basesportingbet brasileirãovitamina D que demandam prescrição — no caso, com receituário simples (receita branca). Esses remédios normalmente são voltados para doenças ósseas.

No mercado, há opçõessportingbet brasileirãosuplementação com a vitamina D2,sportingbet brasileirãoorigem vegetal, e D3,sportingbet brasileirãoorigem animal.

Falta saber: o papel da vitamina D na prevenção e tratamentosportingbet brasileirãodoenças

Enquanto os benefícios da vitamina D para a saúde óssea já são conhecidos, os chamados "efeitos extraesqueléticos" do hormônio estãosportingbet brasileirãoestudo — e a todo vapor.

Somente no primeiro trimestre deste ano, foram publicados artigos científicos que investigaram o papel da vitamina D na esclerose múltipla, demência, asma, no câncersportingbet brasileirãopele melanoma, entre muitas outras doenças.

A hipótesesportingbet brasileirãoque o hormônio pode ter um papel na prevenção ou no tratamentosportingbet brasileirãodoenças se deve,sportingbet brasileirãoparte, pelo fatosportingbet brasileirãoque já foram encontrados genes receptores da vitamina Dsportingbet brasileirãovários tipossportingbet brasileirãocélulas do corpo humano, dos neurônios aos linfócitos. Ou seja, se há receptores, é provável que a vitamina D cumpra alguma função naquela célula.

Além disso, estudos com cobaiassportingbet brasileirãoque esses receptores foram excluídos mostraram que as glândulas mamárias ficaram mais propensas ao câncersportingbet brasileirãomama; o músculo cardíaco à hipertrofia; a próstata à hiperplasia; e o fígado ficou mais gorduroso.

Existe a dúvida se a ligação entre vitamina D e efeitos na saúde ésportingbet brasileirãocausalidade, correlação ou atésportingbet brasileirão"causalidade reversa", segundo explica a endocrinologista Marise Lazaretti-Castro

"Como a vitamina D depende da exposição solar, se você é doente, você não vai se expor tanto ao sol. É o que a gente chamasportingbet brasileirãocausalidade reversa: a doença que está produzindo a vitamina D mais baixa, e não o contrário", diz.

Considerados "padrão ouro" nos estudossportingbet brasileirãosaúde, os ensaios clínicos randomizados controlados, que consistemsportingbet brasileirãotestes com voluntários, são a príncípio aqueles que melhor poderiam mostrar a causalidade entre a vitamina D e algum efeito na saúde. Mas estudos desse tipo têm encontrado obstáculos.

Segundo Lazaretti-Castro, o maior estudo do tipo já feito foi o VITAL, realizado nos Estados Unidos. Ele investigou a ligação entre vitamina D, o câncer e doenças cardiovasculares.

Foram acompanhados 25.817 voluntários por,sportingbet brasileirãomédia, cinco anos. Eles foram divididossportingbet brasileirãoum grupo que foi suplementado com uma alta dosesportingbet brasileirãovitamina D (2.000 IU) e outro que recebeu placebo.

Cientistassportingbet brasileirãojaleco branco caminhandosportingbet brasileirãocorredor e outros sentados, conversando e olhando para caderno

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Como descobrir a causalidade entre vitamina D e doenças sem o problema éticosportingbet brasileirãodeixar voluntários deficientes do hormônio? Esse é um obstáculo enfrentado por pesquisas na área

O estudo concluiu que a vitamina D não levou a uma redução significativa no riscosportingbet brasileirãocâncer e nemsportingbet brasileirãodoenças cardiovasculares. Tampouco houve redução nas mortes por doenças cardiovasculares — mas para o câncer, houve sim redução na mortalidade,sportingbet brasileirão17%.

Mas Lazaretti-Castro explica que o estudo VITAL enfrentou um obstáculo que ensaios clínicos com a vitamina D costumam enfrentar: não é ético deixar o gruposportingbet brasileirãovoluntários que recebe placebo deficiente do hormônio.

Por isso, o experimento americano permitiu que todos os voluntários, estando no grupo controle ou não, tomassem 800 UIsportingbet brasileirãosuplementos diariamente, o que é uma boa quantidade.

A diferença do grupo que recebeu as altas doses é que essas pessoas receberam ainda mais vitamina D.

"Esse estudo tem várias limitações. Por exemplo, os níveis plasmáticos [da vitamina D] já eram altos no grupo como um todo. Então se você saisportingbet brasileirãoum nível bomsportingbet brasileirãovitamina, adianta aumentar mais? Provavelmente não", aponta a médica.

A endocrinologista já participousportingbet brasileirãoquatro ediçõessportingbet brasileirãoum evento dedicado às disputassportingbet brasileirãotorno do hormônio, a Conferência Internacional sobre as Controvérsias da Vitamina D, que já teve seis edições.

A necessidadesportingbet brasileirãoachar alternativas ao recrutamentosportingbet brasileirãovoluntários com bons níveis do hormônio esportingbet brasileirãoacompanhar os participantes por ao menos cinco anos nos estudos sobre câncer e doenças cardiovasculares foi defendidasportingbet brasileirãoedições passadas.

Outro desafio para os estudos é avaliar os efeitos para a saúde da exposição ao sol — não se pode deixar as pessoas expostas por muito tempo.

E, como se não faltassem incógnitas sobre a vitamina D, os cientistas têm debatido bastante também os valoressportingbet brasileirãoreferência da 25 hidroxivitamina D no sangue.

"Há consensosportingbet brasileirãodois pontos: níveissportingbet brasileirão25(OH)D abaixosportingbet brasileirão12 ng/mL são claramente deficientessportingbet brasileirãotodas idades e níveis acimasportingbet brasileirão30 ng/mL são claramente suficientes. Em contraste, há discordâncias sobre como classificar os níveis entre 12 e 30 ng/mL", diz um texto com as conclusões da 3ª Conferência Internacional sobre as Controvérsias da Vitamina D, realizadasportingbet brasileirão2019.

Outro númerosportingbet brasileirãodebate é a partirsportingbet brasileirãoqual quantidade uma alta dosesportingbet brasileirãovitamina D apresenta riscos à saúde.

Marcela Mendes levanta ainda mais uma questão: segundo a nutricionista, no Brasil ainda importamos muitas das recomendaçõessportingbet brasileirãoinstituições estrangeiras, deixandosportingbet brasileirãoconsiderar as particularidades do nosso país.

Mas ela aponta para uma certeza.

"A gente sabe que o caminho futuro da vitamina D é descobrir muita coisa da importância dela", diz.