Vitamina D: o que se sabe e o que falta saber sobre suplementos, benefícios e riscos :dona da bet365 casa
Vamos primeiro ao que já se sabe sobre a vitamina D.
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O básico da vitamina D
No ano passado, a descoberta da vitamina D fez 100 anos. No início do século 20, vários médicos e cientistasdona da bet365 casainstituições diferentes estavam buscando a causa do raquitismo e passaram a observar que a ingestãodona da bet365 casaóleodona da bet365 casafígadodona da bet365 casabacalhau prevenia e tratava essa doença óssea. Mas, além disso, a exposição ao sol também parecia ter um papel.
Uma equipe liderada pelo bioquímico americano Elmer McCollum foi quem deu o nome "vitamina D",dona da bet365 casa1922.
Era uma épocadona da bet365 casaque muitas vitaminas estavam sendo descobertas — as letras A, B e C já estavamdona da bet365 casauso —, e o novo composto foi assim identificado. Décadas depois, com mais pesquisas e o detalhamento da estrutura molecular, chegou-se ao consensodona da bet365 casaque a vitamina D é, na verdade, um hormônio.
Atualmente, há cientistas tentando emplacar o nome "hormônio vitamina D", mas a "vitamina D" segue muito popular — e nessa reportagem, vamos continuar usando o termo à moda antiga.
Hoje, é mais do que comprovado que a vitamina D regula a quantidadedona da bet365 casacálcio e fósforo no nosso corpo — e esses, pordona da bet365 casavez, são essenciais para o crescimento e a manutençãodona da bet365 casaossos, dentes e músculos. Ou seja, a vitamina D é importantíssima para a saúde óssea e muscular.
Já sabemos também que podemos obter a vitamina Ddona da bet365 casatrês formas: com a produção do nosso corpo, a partir da exposição ao sol; pela alimentação e pela suplementação.
A médica endocrinologista Marise Lazaretti-Castro, professora livre-docente da Universidade Federaldona da bet365 casaSão Paulo (Unifesp), afirma que é um equívoco comum entre os pacientes pensar que os efeitos da alimentação e da suplementação só vão ser ativados se houver exposição ao sol.
"É uma ideia errada adona da bet365 casaque você precisa tomar sol mesmo ingerindo a vitamina. O que o sol faz é produzir na nossa pele a vitamina D. Se você está ingerindo pelo alimento ou pelo suplemento, não precisa tomar sol", explica Lazaretti-Castro.
Outro alerta feito por Castro e pela nutricionista Marcela Mendes, também entrevistada pela BBC News Brasil, é que, na prática, não podemos contar muito com a alimentação para obter a vitamina D. Sociedades médicas brasileiras consultadas pela reportagem endossaram essa afirmação.
O salmão, por exemplo, que costuma ser apontado como uma rica fonte, só nos dá o hormônio se for selvagem — e nãodona da bet365 casacriação, como é mais comum encontrar no Brasil.
"Ainda falta educação nutricional pra entender que a alimentação dificilmente vai ser suficiente para suprir a necessidade. Os principais alimentos com vitamina D são o salmão selvagem, cogumelos e peixes gordurosos. Qual é a real aplicação disso na nossa população? A ingestão [desses alimentos] precisaria ser diária para a gente ter realmente uma fonte", aponta Mendes, doutoradona da bet365 casaciências nutricionais pela Universidadedona da bet365 casaSurrey (Inglaterra) e membro do grupodona da bet365 casapesquisadona da bet365 casaVitamina D da Universities Global Partnership Network (UGPN).
Em alguns países que têm invernos severos e menor exposição ao sol, é obrigatória a fortificaçãodona da bet365 casaalimentos com vitamina D. Não é o caso do Brasil. Mas, nas prateleiras, também temos alguns produtos com dizeres como "fortificado" e "enriquecido com vitamina D" na embalagem.
"Quando você olha no rótulo, é uma quantidade que não está fazendo diferença. Não é enganoso, mas pode gerar uma confusãodona da bet365 casase achar que está sendo suficiente ingerir aquele alimento. A pessoa acha que está tendo uma fonte garantidadona da bet365 casavitamina D", alerta a nutricionista, sugerindo uma regulamentação mais rigorosa para o uso dessas chamadas.
A Agência Nacionaldona da bet365 casaVigilância Sanitária (Anvisa) ordena que alimentos enriquecidos devem trazer alegações como "fortificado com vitamina D" quando trouxerem no mínimo 30 UI (unidades internacionais)dona da bet365 casalíquidos e 60 UIdona da bet365 casasólidos. Segundo a agência, os limites mínimos garantem que os produtos "forneçam uma quantidade significativa das substâncias adicionadas e sejam eficazes para os efeitos alegados".
Mendes é cautelosa ao falardona da bet365 casauma recomendação diáriadona da bet365 casaingestão da vitamina D, pois há variáveis individuais e locais, mas aponta como referência a orientação da Sociedade Brasileiradona da bet365 casaEndocrinologia e Metabologia (SBEM)dona da bet365 casa600 a 800 UI diárias para adultos saudáveis (via alimentação e/ou suplementação). Para gruposdona da bet365 casarisco, a necessidade costuma ser ainda maior.
Ou seja, o mínimo exigido para que um produto se diga fortificado com vitamina D fica abaixo desta referência.
Suplementar ou não suplementar?
Além da alimentação, temos ainda a exposição ao sol e a suplementação como formasdona da bet365 casaobter a vitamina D.
Por muito tempo, pensou-se que o clima brasileiro fosse suficiente para garantir à população vitamina D — inclusive por isso, o raquitismo nunca foi uma preocupação grande por aqui.
Mas estudos recentes têm mostrado que o país tem um percentual relevantedona da bet365 casapessoas com deficiência desse hormônio.
Um estudo publicadodona da bet365 casanovembrodona da bet365 casa2022 no periódico Journal of the Endocrine Society por Lazaretti-Castro e colegas se debruçou sobre os níveisdona da bet365 casavitamina Ddona da bet365 casadoadoresdona da bet365 casasanguedona da bet365 casatrês cidades brasileiras.
Os resultados mostraram deficiênciadona da bet365 casavitamina Ddona da bet365 casa12,1% das pessoasdona da bet365 casaSalvador; 20,5%dona da bet365 casaSão Paulo e 12,7%dona da bet365 casaCuritiba.
Dados mundiais reunidosdona da bet365 casaum artigo da Nature mostram que o percentualdona da bet365 casadeficiênciadona da bet365 casaoutras populações é maior, como nos Estados Unidos (24%), Canadá (37%) e Europa (40%).
No doutorado, Marcela Mendes fez um ensaio clínico com mulheres brasileiras no seu país natal e com brasileiras vivendo na Inglaterra.
"Realmente tinha uma médiadona da bet365 casaníveisdona da bet365 casavitamina D bem maiores no Brasil do que na Inglaterra. Mas nem por isso a gente deixoudona da bet365 casater mulheres deficientes morando no Brasil ou mulheres suficientes morando na Inglaterra. Então, outros fatores influenciam além do sol", diz a nutricionista, citando fatores como a pigmentação da pele — quanto mais melanina, que protege contra a luz solar, menos vitamina D produzida — e a genética.
"Já foram identificados diversos genes que têm uma influência da vitamina D na expressão gênica. Há também o polimorfismo genético: as pessoas podem ter alguma mutação que favorece ou atrapalha os níveisdona da bet365 casavitamina D."
O estilodona da bet365 casavida atual também pode diminuir nossa exposição ao sol, conforme ficamos maisdona da bet365 casaambientes fechados e usamos protetores solares. E aí entra outro dilema: para evitar o envelhecimento e o câncerdona da bet365 casapele, usamos filtros que bloqueiam a luz ultravioleta B (UVB) — crucial para nosso corpo sintetizar a vitamina D.
Entidades médicas consultadas pela reportagem deram diferentes recomendações para lidar com o dilema dos riscos e benefícios da exposição ao sol.
- A Sociedade Brasileiradona da bet365 casaEndocrinologia e Metabologia (SBEM) recomenda que a situação seja resolvida caso a caso na consulta com um médico. "Fazer uma recomendação para toda a populaçãodona da bet365 casatermosdona da bet365 casacomo se expor ao sol é complexo, porque o tanto que cada pessoa vai fabricardona da bet365 casavitamina D é variável. Essa variação acontecedona da bet365 casaacordo com o tom pele, com a região do Brasildona da bet365 casaque a pessoa está [quanto mais perto da linha do Equador, maior é o índice UVB] e com a estação do ano [no inverno o índice UVB é mais é mais baixo do que no verão]", aponta Bárbara Campolina, endocrinologista e diretora do Departamentodona da bet365 casaMetabolismo Ósseo e Mineral da SBEM.
- Já a Associação Brasileiradona da bet365 casaAvaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) sugere a limitação do tempo e áreasdona da bet365 casaexposição. "Em geral o câncerdona da bet365 casapele ocorre no rosto, pescoço e testa, e essas áreas sempre devem estar protegidas pelo protetor solar. Pode-se expor braços e pernas sem proteção por 5 a 7 minutosdona da bet365 casapessoasdona da bet365 casapele mais clara e até 15 minutos naqueles com a pele mais pigmentada e após isso aplicar o protetor. Deve-se evitar a vermelhidão da pele pois isto já é um sinal da lesão solar", explicou Sergio Maeda, presidente da Abrasso.
- A Sociedade Brasileiradona da bet365 casaPediatria (SBP) e a Sociedade Brasileiradona da bet365 casaGeriatria e Gerontologia (SBGG) sugerem ainda que a exposição ao sol ocorra antes das 10h da manhã e depois das 16h.
Jádona da bet365 casarelação à suplementação, nenhuma sociedade médica brasileira consultada pela reportagem recomenda o uso indiscriminadodona da bet365 casasuplementos pela população geral.
Primeiro, é preciso verificar os níveisdona da bet365 casa25(OH)D (ou 25 hidroxivitamina D) no sangue para depois um médico ou nutricionista decidir se a suplementação é necessária ou não.
A 25(OH)D é a forma circulante da vitamina D no sangue depoisdona da bet365 casater passado pelo fígado.
A única recomendação fixa para um grupo, independentedona da bet365 casaexames, é para bebês: a SBP orienta suplementaçãodona da bet365 casavitamina D na dosedona da bet365 casa400 UI da primeira semana até 12 meses edona da bet365 casa600 UIdona da bet365 casa12 a 24 meses (tanto para bebês que estejam sendo amamentados quanto tomando fórmula).
Entretanto, há gruposdona da bet365 casarisco que devem ficar mais atentos ao níveldona da bet365 casa25(OH)D:
- Idosos (acimadona da bet365 casa60 anos)
- Obesos e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica
- Grávidas ou lactantes
- Pessoas com osteoporose, outras doenças ósseas (raquitismo, osteomalácia e hiperparatireoidismo), que têm fraturas ou quedas recorrentes
- Pessoas com doenças renais crônicas ou com síndromesdona da bet365 casamá absorção intestinal
- Pessoas que usam medicações que interferem no metabolismo da vitamina D, como a terapia antirretroviral do HIV, corticoides e anticonvulsivantes
- Pessoas que não se expõem ao sol por alguma contraindicação, como históricodona da bet365 casamelanoma ou outro câncerdona da bet365 casapele.
Segundo Mendes, o exame tem ficado cada vez mais acessíveldona da bet365 casalaboratórios particulares.
Na rede pública, um médico deve avaliar caso a caso a necessidadedona da bet365 casasolicitar o examedona da bet365 casavitamina D, segundo o Ministério da Saúde: "O examedona da bet365 casavitamina D pode ser solicitado pelo médico da APS [atenção primária] caso a pessoa necessite fazê-lo, cabendo a avaliação e definição da conduta pelo profissional diantedona da bet365 casacada caso. Em atenção à saúde da criança e saúde do idoso,dona da bet365 casaalguns casos é feita essa solicitaçãodona da bet365 casaforma preventiva."
Mercado brasileiro chegou a novo patamar na pandemia
A nutricionista diz perceber, por parte da população edona da bet365 casaalguns profissionaisdona da bet365 casasaúde, a colocação da vitamina D como algo "milagroso" — o que leva, às vezes, à ingestãodona da bet365 casadoses altíssimasdona da bet365 casasuplementos, inclusive indicadas por profissionaisdona da bet365 casasaúde.
"É importante colocar que a suplementação é uma estratégia importantíssima: existem muitas situações que você precisa do suplemento e é ele que vai resolver", diz a nutricionista.
"Mas hoje, a gente está vendo pessoas tomando 5.000, 10.000 UI por dia esperando que a molécula faça alguma ação específica", acrescenta, citando doses consideradas altas.
A médica Marise Lazaretti-Castro afirma que a hiperdosagem traz riscos.
"No longo prazo, isso vai levar a um quadrodona da bet365 casaintoxicação com vitamina D, que é grave. O cálcio sobe muito no sangue e isso dá um montedona da bet365 casaefeitos adversos, como náuseas, vômitos, diarreia. Também pode dar inapetência, emagrecimento, poliúria, desidratação, insuficiência renal, perda da função renal... Pode até ocorrer morte."
"A deficiência da vitamina D é ruim, mas o excesso também."
Ambas entrevistadas consideram que a pressão do mercado tem abastecido essa busca desenfreada pela vitamina D.
"Eu sinto às vezes que a publicidade tem mais acesso à população do que a gente que está tentando divulgar ciência", desabafa Mendes.
A nutricionista aponta também que há farmáciasdona da bet365 casamanipulação vendendo doses muito altas sem prescriçõesdona da bet365 casamédicos ou nutricionistas.
A BBC News Brasil pediu posicionamento por e-mail e telefone da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), que representa o setor, mas não teve retorno.
Dados desde 2015 mostram que o mercadodona da bet365 casavitamina D teve um salto no Brasil a partirdona da bet365 casa2020, primeiro ano da pandemiadona da bet365 casacovid-19.
A partirdona da bet365 casafevereirodona da bet365 casa2021, o valordona da bet365 casafaturamento referente ao acumulado dos 12 meses anteriores ficou acimadona da bet365 casaR$ 1 bilhão,dona da bet365 casaacordo com números da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac).
Eles incluem vendasdona da bet365 casasuplementos e medicamentos à basedona da bet365 casavitamina D nas farmácias do país.
Considerando o consumodona da bet365 casaunidades, os dados também mostram que a partirdona da bet365 casafevereirodona da bet365 casa2021 o país chegou a um novo patamar, ficando acimadona da bet365 casa30 milhões unidades vendidas anualmente desde então.
"Esse aumento foi por contadona da bet365 casaestudos que mostraram um efeito imunológico no consumo da vitamina D. Isso fez com que tivesse um aumento muito grande [de demanda] na pandemia. Agora, a tendência é desacelerar", analisa Henrique Tada, presidente executivo da Alanac.
De acordo com a Anvisa, os suplementosdona da bet365 casavitamina D não exigem prescrição médica, enquanto há alguns medicamentos à basedona da bet365 casavitamina D que demandam prescrição — no caso, com receituário simples (receita branca). Esses remédios normalmente são voltados para doenças ósseas.
No mercado, há opçõesdona da bet365 casasuplementação com a vitamina D2,dona da bet365 casaorigem vegetal, e D3,dona da bet365 casaorigem animal.
Falta saber: o papel da vitamina D na prevenção e tratamentodona da bet365 casadoenças
Enquanto os benefícios da vitamina D para a saúde óssea já são conhecidos, os chamados "efeitos extraesqueléticos" do hormônio estãodona da bet365 casaestudo — e a todo vapor.
Somente no primeiro trimestre deste ano, foram publicados artigos científicos que investigaram o papel da vitamina D na esclerose múltipla, demência, asma, no câncerdona da bet365 casapele melanoma, entre muitas outras doenças.
A hipótesedona da bet365 casaque o hormônio pode ter um papel na prevenção ou no tratamentodona da bet365 casadoenças se deve,dona da bet365 casaparte, pelo fatodona da bet365 casaque já foram encontrados genes receptores da vitamina Ddona da bet365 casavários tiposdona da bet365 casacélulas do corpo humano, dos neurônios aos linfócitos. Ou seja, se há receptores, é provável que a vitamina D cumpra alguma função naquela célula.
Além disso, estudos com cobaiasdona da bet365 casaque esses receptores foram excluídos mostraram que as glândulas mamárias ficaram mais propensas ao câncerdona da bet365 casamama; o músculo cardíaco à hipertrofia; a próstata à hiperplasia; e o fígado ficou mais gorduroso.
Existe a dúvida se a ligação entre vitamina D e efeitos na saúde édona da bet365 casacausalidade, correlação ou atédona da bet365 casa"causalidade reversa", segundo explica a endocrinologista Marise Lazaretti-Castro
"Como a vitamina D depende da exposição solar, se você é doente, você não vai se expor tanto ao sol. É o que a gente chamadona da bet365 casacausalidade reversa: a doença que está produzindo a vitamina D mais baixa, e não o contrário", diz.
Considerados "padrão ouro" nos estudosdona da bet365 casasaúde, os ensaios clínicos randomizados controlados, que consistemdona da bet365 casatestes com voluntários, são a príncípio aqueles que melhor poderiam mostrar a causalidade entre a vitamina D e algum efeito na saúde. Mas estudos desse tipo têm encontrado obstáculos.
Segundo Lazaretti-Castro, o maior estudo do tipo já feito foi o VITAL, realizado nos Estados Unidos. Ele investigou a ligação entre vitamina D, o câncer e doenças cardiovasculares.
Foram acompanhados 25.817 voluntários por,dona da bet365 casamédia, cinco anos. Eles foram divididosdona da bet365 casaum grupo que foi suplementado com uma alta dosedona da bet365 casavitamina D (2.000 IU) e outro que recebeu placebo.
O estudo concluiu que a vitamina D não levou a uma redução significativa no riscodona da bet365 casacâncer e nemdona da bet365 casadoenças cardiovasculares. Tampouco houve redução nas mortes por doenças cardiovasculares — mas para o câncer, houve sim redução na mortalidade,dona da bet365 casa17%.
Mas Lazaretti-Castro explica que o estudo VITAL enfrentou um obstáculo que ensaios clínicos com a vitamina D costumam enfrentar: não é ético deixar o grupodona da bet365 casavoluntários que recebe placebo deficiente do hormônio.
Por isso, o experimento americano permitiu que todos os voluntários, estando no grupo controle ou não, tomassem 800 UIdona da bet365 casasuplementos diariamente, o que é uma boa quantidade.
A diferença do grupo que recebeu as altas doses é que essas pessoas receberam ainda mais vitamina D.
"Esse estudo tem várias limitações. Por exemplo, os níveis plasmáticos [da vitamina D] já eram altos no grupo como um todo. Então se você saidona da bet365 casaum nível bomdona da bet365 casavitamina, adianta aumentar mais? Provavelmente não", aponta a médica.
A endocrinologista já participoudona da bet365 casaquatro ediçõesdona da bet365 casaum evento dedicado às disputasdona da bet365 casatorno do hormônio, a Conferência Internacional sobre as Controvérsias da Vitamina D, que já teve seis edições.
A necessidadedona da bet365 casaachar alternativas ao recrutamentodona da bet365 casavoluntários com bons níveis do hormônio edona da bet365 casaacompanhar os participantes por ao menos cinco anos nos estudos sobre câncer e doenças cardiovasculares foi defendidadona da bet365 casaedições passadas.
Outro desafio para os estudos é avaliar os efeitos para a saúde da exposição ao sol — não se pode deixar as pessoas expostas por muito tempo.
E, como se não faltassem incógnitas sobre a vitamina D, os cientistas têm debatido bastante também os valoresdona da bet365 casareferência da 25 hidroxivitamina D no sangue.
"Há consensodona da bet365 casadois pontos: níveisdona da bet365 casa25(OH)D abaixodona da bet365 casa12 ng/mL são claramente deficientesdona da bet365 casatodas idades e níveis acimadona da bet365 casa30 ng/mL são claramente suficientes. Em contraste, há discordâncias sobre como classificar os níveis entre 12 e 30 ng/mL", diz um texto com as conclusões da 3ª Conferência Internacional sobre as Controvérsias da Vitamina D, realizadadona da bet365 casa2019.
Outro númerodona da bet365 casadebate é a partirdona da bet365 casaqual quantidade uma alta dosedona da bet365 casavitamina D apresenta riscos à saúde.
Marcela Mendes levanta ainda mais uma questão: segundo a nutricionista, no Brasil ainda importamos muitas das recomendaçõesdona da bet365 casainstituições estrangeiras, deixandodona da bet365 casaconsiderar as particularidades do nosso país.
Mas ela aponta para uma certeza.
"A gente sabe que o caminho futuro da vitamina D é descobrir muita coisa da importância dela", diz.