Os 2 únicos países que permitem propaganda na TVguia apostas esportivasremédios vendidos com receita (e por que médicos querem proibir):guia apostas esportivas
A publicidade direta ao consumidor destes produtos sujeitos a receita médica é proibidaguia apostas esportivastodos os países do mundo, exceto nos Estados Unidos e na Nova Zelândia.
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A conquista uruguaia
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E levanta sérias preocupações sobre o seu impacto no comportamento do consumidor, no trabalho dos médicos e no preço dos medicamentos, que por vezes custam centenas ou,guia apostas esportivasalguns casos, milharesguia apostas esportivasdólares.
Uma história recente
Os comerciaisguia apostas esportivasmedicamentos que exigem receita nem sempre foram permitidos nos Estados Unidos — na verdade, são um fenômeno relativamente recente.
Até a décadaguia apostas esportivas1990, comoguia apostas esportivasquase todos os países do mundo, as empresas farmacêuticas direcionavam os seus esforçosguia apostas esportivaspublicidade e marketing exclusivamente para os médicos.
Mas o paradigma mudou na última década do século passado. Por quê?
“Outros atores surgiram no setor da saúde, como as seguradoras, as empresas farmacêuticas tornaram-se muito mais poderosas e houve a ascensão do 'movimento do consumidor' que ajudou a capacitar os pacientes para tomarem as suas próprias decisões”, explica a pesquisadora Jeanne Madden, especialistaguia apostas esportivassistemasguia apostas esportivassaúde da Northeastern University,guia apostas esportivasBoston.
A FDA (Food and Drug Administration), o órgão do governo americano que controla alimentos e remédios, relaxou gradualmente as restrições até finalmente abrir as portas — primeiroguia apostas esportivasjornais e revistas e mais tarde na rádio e na televisão — à publicidadeguia apostas esportivasmedicamentos com receita.
Sob as novas regras, os gastos com publicidade farmacêutica dispararamguia apostas esportivascercaguia apostas esportivasUS$ 1 bilhãoguia apostas esportivas1997 para maisguia apostas esportivasUS$ 4 bilhõesguia apostas esportivas2005, segundo dados da empresaguia apostas esportivasconsultoria IMS Health.
E desde então o número continuou a crescer.
Hoje, as empresas farmacêuticas gastam anualmente entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhõesguia apostas esportivaspublicidade,guia apostas esportivasacordo com estimativasguia apostas esportivasdiversas fontes, e uma grande parte do orçamento corresponde a anúncios televisivosguia apostas esportivasmedicamentos sujeitos a receita médica.
Duas restrições
Uma toneladaguia apostas esportivascocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
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A FDA impõe duas limitações a qualquer anunciante que pretenda promover os seus medicamentos que exigem receita nos meiosguia apostas esportivascomunicação.
Deve relatar os principais efeitos colaterais do produto — as empresas farmacêuticas geralmente fazem isso velozmente nos últimos segundos do comercial — e, claro, não pode prometer benefícios infundados.
E o que acontece com quem quebra essas regras? Primeiro é dada uma cartaguia apostas esportivasadvertência e, no casoguia apostas esportivasuma nova infração, há uma multaguia apostas esportivasUS$ 250 mil por publicidade falsa ou enganosa.
No entanto,guia apostas esportivasacordo com alguns especialistas, as autoridades dos EUA aplicam os seus regulamentosguia apostas esportivasforma bastante negligente.
“A atividade da FDA nesta área tem sido medíocre nos últimos anos”, diz Robin Feldman, especialistaguia apostas esportivaspropriedade intelectual e legislação farmacêutica da Universidade da Califórnia.
Alega que a agência reguladora “tende a concentrar-se estritamenteguia apostas esportivasdetalhes como efeitos secundários,guia apostas esportivasvezguia apostas esportivasabordar questões mais amplasguia apostas esportivaspublicidade médica”.
“Em teoria, ela exige que os anúnciosguia apostas esportivasmedicamentos sujeitos a receita médica comuniquem um equilíbrio justo entre benefícios e riscos. Mas, na prática, estudos sugerem que as empresas farmacêuticas não costumam transmitir uma imagem equilibrada do seu produto”, explica ela à BBC Mundo, o serviçoguia apostas esportivasnotíciasguia apostas esportivasespanhol da BBC.
E especifica que, “apesar do aumento acentuado na publicidade ao consumidor e das evidênciasguia apostas esportivaspublicidade problemática, a FDA emitiu apenas cinco cartasguia apostas esportivasadvertênciaguia apostas esportivas2020 ,guia apostas esportivascomparação com 21guia apostas esportivas2008”.
Jeanne Madden, porguia apostas esportivasvez, acredita que as empresas do setor costumam cumprir as regulamentações e por isso quase não existem sanções.
No entanto, ela afirma que “há pressão para permitir que as empresas tenham cada vez mais ‘liberdadeguia apostas esportivasexpressão’ e digam o que querem sobre o que vendem, bem como um movimento conservadorguia apostas esportivasmassa para simplesmente desmantelar as regulamentações federaisguia apostas esportivastodos os níveis”.
O lado obscuro
Desde que as propagandasguia apostas esportivasmedicamentos com receita começaram a invadir as casas, um intenso debate tem ocorrido nos Estados Unidos sobre seus benefícios.
Os críticos argumentam que elas estimulam a procuraguia apostas esportivasmedicamentos caros e dispensáveis, alémguia apostas esportivasaumentarem os custos dos cuidados médicos sem necessariamente melhorarem a saúde dos pacientes.
A Associação Médica Americana (AMA) apelou repetidamente para a proibição da publicidade direta ao consumidor.
Esta prática “inflaciona a procuraguia apostas esportivasmedicamentos novos e mais caros, mesmo quando esses medicamentos podem não ser apropriados”, diz um comunicado emitidoguia apostas esportivas2015 pela principal associaçãoguia apostas esportivasmédicos e estudantesguia apostas esportivasmedicina do país.
Algo que também preocupa os profissionais do setor é que muitas vezes os pacientes vão ao consultório médico com a decisão já tomada sobre quais remédios precisam.
“Talvez o médico não considere o medicamento apropriado ou haja contra-indicações significativas, e isso coloca o médicoguia apostas esportivasuma posição desconfortável”, explica Gary Young, diretor do Centroguia apostas esportivasPolíticasguia apostas esportivasSaúde e Pesquisaguia apostas esportivasSaúde da Northeastern University.
Young argumenta que, nesses casos, os médicos podem aceitar a vontade do paciente para evitar serem avaliados negativamente no formulário pós-consulta, o que afetaria reputação e renda.
Os críticos também alegam que os anúncios promovem a medicalizaçãoguia apostas esportivascondições normais ou leves, incentivando os consumidores a procurarem intervenções farmacêuticasguia apostas esportivassituações que não necessitam tratamento médico.
As vozes a favor
Para muitos, porém, a publicidadeguia apostas esportivasmedicamentos que exigem receita também tem um lado positivo.
Os defensores argumentam que a propaganda educa os consumidores sobre as doenças e as opçõesguia apostas esportivastratamento, aumentando o seu conhecimento e capacitando-os a participar ativamente nos seus cuidadosguia apostas esportivassaúde.
E, ao estarem mais informados sobre as opçõesguia apostas esportivastratamento e seus benefícios, os pacientes podem ter maior probabilidadeguia apostas esportivasseguir o que foi recomendado.
“Isto é consistente com a perspectiva dos Estados Unidos sobre os cuidadosguia apostas esportivassaúde e outras questões, na medidaguia apostas esportivasque colocamos muita ênfase na tomadaguia apostas esportivasdecisões individuais”, diz Young.
“Não queremos que o governo diga: 'Você não pode ter esta informação'. A perspectiva americana é: 'Sim, obtenha a informação, esperamos que a utilize da melhor maneira possível', sem depender da autorização do governo. Mesmo que o médico tome a decisão final, você estará munido dessa informação”, argumenta.
Aqueles que defendem aguia apostas esportivaslegalidade também acreditam que estes anúncios incentivam os pacientes a consultar os seus médicos sobre sintomas ou condições que,guia apostas esportivasoutra forma, poderiam ignorar, facilitando o diagnóstico precoce e a intervenção médica apropriada.
Por fim, os defensores desse tipoguia apostas esportivaspublicidade afirmam que isso promove a concorrência no mercado farmacêutico, incentivando as empresas a melhorar os seus produtos e a desenvolver tratamentos inovadores.
O caso da Nova Zelândia
A Nova Zelândia é o único outro país do mundo onde a publicidade direta ao consumidorguia apostas esportivasmedicamentos com receita é permitida, embora existam algumas diferençasguia apostas esportivasrelação aos Estados Unidos.
As regras da Nova Zelândia, supervisionadas pelo Ministério da Saúde local, impõem normas mais rigorosas para garantir que a publicidade seja precisa e equilibrada e evitar a propagaçãoguia apostas esportivasinformações enganosas.
Por exemplo, há um sistema que exige aprovação prévia dos anúncios antesguia apostas esportivassua veiculação.
Em contraste com a abordagem dos EUA, que não requer aprovação prévia, o modelo da Nova Zelândia é considerado um pouco menos permissivo.
E a agência governamental Pharmac negocia os preços dos medicamentos, tornando-os mais acessíveis.
Segundo especialistas, isso também limita indiretamente a necessidadeguia apostas esportivasum marketing agressivo por parte das empresas farmacêuticas, o que faz diferençaguia apostas esportivasrelação ao ambiente altamente competitivo e caro dos EUA.
Em qualquer caso, há também um forte debate na Nova Zelândia sobre os potenciais efeitos negativos da publicidade a medicamentos sujeitos a receita médica, com numerosas vozesguia apostas esportivasoposição.
O New Zealand Medical Journal (NZMJ), principal revista científica da profissão médica no país, publicou um editorial no qual exigia que estes anúncios fossem tornados ilegais e culpava o poderoso lobby farmacêutico porguia apostas esportivasmanutenção.
“As evidências disponíveis indicam que a proibição da publicidade direta ao consumidor ajudaria a promover a saúde da população, reduzindo o diagnóstico e o tratamento descabidos e os danos da má prática médica”, afirma a publicação.