Por que o cultivoabacate virou ameaça ao meio ambiente:
Existem centenasvariedades, mas a mais conhecida entre nós hojedia é a variedade Hass, que pode ser rastreada até uma única árvore, plantada quase 100 anos atrás.
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esporte d asorteTime | Nmero ttulos | Ano da conquista |
Amrica-MG | 1 | 1996 |
Amrica-SP | 1 | 2006 |
Cruzeiro | 1 | 2007 |
Figueirense | 1 | 2008 |
Fim do Matérias recomendadas
Parte do aumento da popularidade do abacate nas últimas décadas veio dapromoção como "superalimento".
Alguns dos argumentos sobre seus benefícios à saúde podem ter sido superestimados, mas ele realmente é uma boa fontevitaminas, sais minerais e gorduras insaturadas, que fornecemtextura cremosa agradável.
Uma toneladacocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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Mas por que os abacates se tornaram tão controversos?
Comogrande parte da agricultura moderna, a maior parte das plantaçõesabacate depende muito dos fertilizantes e combustíveis fósseis, o que aumenta as emissõesgases do efeito estufa. E o seu rendimento é menor que omuitos outros produtos. Por isso, a pegadacarbono do abacate por kg da fruta é maior.
Em média, o abacate tem pegadacarbonocerca2,5 kgCO₂ equivalente (kg CO₂e) por kgproduto. Este número representa o totalgases do efeito estufa resultantes da produção e do transporteabacates, como dióxidocarbono, metano e óxido nitroso, calculado na forma equivalente ao aquecimento causado por CO₂.
A pegadacarbono do abacate é maisduas vezes a da banana (0,9 kgCO₂e p/kg) e maiscinco vezes a da maçã (0,4 kgCO₂e p/kg). Ela é um pouco maior que a do tomate (2 kgCO₂e p/kg).
Mas estes números são pequenoscomparação com a média global da pegadacarbono da maioria dos produtosorigem animal.
Um quiloovos possui pegadacarbono4,6 kgCO₂e, 1 kgfrango tem 9,8 kgCO₂e e 1 kgcarne bovina resultaum escandaloso índice médio85 kgCO₂e.
Fora do continente americano, os abacates costumam viajar por grandes distâncias. Mas o transporte pode não ser um problema tão grande quanto se costuma acreditar, pelo menostermoscarbono.
A ampla maioria dos abacates é transportadanavio, que emite relativamente pouco carbono, devido às imensas quantidades que uma única viagem pode transportar.
Mesmo quando são transportados por milharesquilômetros, a viagem marítima resultaapenas 0,2 kgCO₂e p/kgabacate – normalmente, muito menos do que a pegada gerada pelo seu cultivo. Mas o transporte marítimo traz outros questionamentos.
A dependência excessiva do transporte por navio criou um sistema alimentar que é vulnerável a choques e interrupções.
Os congestionamentos e gargalos logísticos (como o bloqueio do canalSuez por um navio porta-contêineres2021, por exemplo), surtosfome ou guerrasuma parte do mundo podem gerar interrupções ou faltaalimentosmuitos outros países.
O problema provavelmente irá aumentar à medida que a crise climática se aprofunda. E esta questão não é exclusiva dos abacates,forma que passar a consumir mais alimentosfontes locais pode aumentar a resiliência e ajudar a proteger contra a escassezalimentos no futuro.
Ônus ambiental
Os abacateiros são plantas que consomem muita água. Eles precisam,média,mil litroságua por quilo.
Este nível é mais alto que a maioria das outras frutas e legumes, mas inferior a alguns cereais, como o arroz. O problema principal é que os abacates são cultivadosregiões que já sofrem com a falta d'água.
O maior produtorabacate do mundo é o México, que vem enfrentando prolongados períodosseca.
A irrigação das plantaçõesabacate pode prejudicar o acesso à água da população local. E esta questão da justa distribuição da água pode se agravar nas próximas décadas.
É preciso também considerar os impactos à natureza.
Tradicionalmente, os abacateiros eram plantadoscanteiros mistos com outros produtos. As frutas são colhidas como alimentosubsistência, exportando apenas o excedente. Mas esta prática se alterou, à medida que aumentava a demanda dos Estados Unidos e da Europa.
Agora, os abacates são cultivados principalmente como produtoexportação. A produção passou a sergrandes monoculturas, para maximizar a produtividade.
Estas monoculturas eliminaram outros produtos nativos e são muito mais vulneráveis a pragas e doenças do que o plantio combinado.
Tudo isso faz com que seja preciso aplicar maiores quantidadespesticidas químicos e fertilizantes sintéticos. E estes, porvez, prejudicam a biodiversidade, a qualidade do solo e a saúde humana.
Para agravar ainda mais a situação,algumas regiões, as novas plantaçõesabacate estão causando desmatamento.
Até 25 mil hectaresfloresta são derrubados todos os anos no EstadoMichoacán, a principal região produtoraabacate do México. O Estado fornece a maior parte dos abacates vendidos nos Estados Unidos.
Michoacán tem uma rica cobertura florestal, que abriga diversos animais ameaçados, como onças, pumas e coiotes. O aumento da produçãoabacate naquela região pode, portanto, representar uma enorme ameaça à biodiversidade.
Por fim, existem impactos humanos que devem ser considerados.
O comércio do abacate pode ajudar a população local, fornecendo renda para os produtores agrícolas. Mas eles também irão sentir as consequências ambientais.
Além disso, as plantaçõesabacate no México já foram relacionadas ao crime organizado e aos abusos dos direitos humanos. Certas aldeias e cidades ficaram tão cansadas dos problemas que chegaram a proibir por completo os abacates.
O mais frustrante é que não existem respostas fáceis.
Em termosimpactos aos seres humanos e à biodiversidade, buscar abacates no comércio justo ouprodução orgânica pode ajudar. Mas os processoscertificação estão longe da perfeição – e, com frequência, são muito caros para os pequenos agricultores nos paísesdesenvolvimento.
E o comércio justo e a produção agrícola também podem não resultarredução das emissões abaixo dos níveis da monocultura.
O abacate não é o único alimento com impacto ambiental. Ele tem pegadacarbono muito menor que a maioria dos produtosorigem animal e é apenas um dentre muitos alimentosque uma única variedade domina o mercado.
Mas também não devemos menosprezar os prejuízos da produção do abacate à natureza e às populações locais.
O melhor conselho para os consumidores talvez seja, quando possível, considerar variedades alternativasabacate, para reduzir a demanda pela monocultura. E, quando elas não forem disponíveis, a segunda opção provavelmente é tentar manter os abacates como uma iguaria, não como um alimento básicoconsumo frequente.
* Thomas Davies é pesquisador honorário do Centro Ambiental da UniversidadeLancaster, no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no sitenotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originalinglês.