Por que tantos adultos estão tomando remédio para tratar TDAH? :

Legenda do áudio,

Esses anúncios faziam parteuma nova e impressionante tendência. No ano seguinte,outubro2022, a Food and Drug Administration (FDA), agência que zela pela regulaçãoremédios nos EUA, anunciou uma escassez nacionalsais mistosanfetaminas, comercializados sob a marca Adderall.

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Tanto o Adderall quanto suas variantes genéricas emergiram como tratamentos medicamentosos extremamente comuns para o TDAH. Consequentemente, nos meses seguintes, outros medicamentos destinados ao tratamento do transtorno passaram a integrar a listamedicamentos com receitafalta.

Aindaagosto2023, os Estados Unidos continuavam lidando com a carênciadiversos medicamentos (psicoestimulantes) para o TDAH, com a perspectivasolução só daqui a alguns meses, no mínimo. Evidentemente, essa escassez foi instigada por uma combinaçãodemanda substancial e dificuldades no acesso a ingredientes-chave. Nos últimos meses, uma grande quantidadeamericanos passou a lidar com a realidadenão ter mais garantido o acesso a seus medicamentos diários.

Relatando um aumento sem precedentes nas prescriçõespsicoestimulantes entre 2020 e 2021, o CDC (CentrosControle e PrevençãoDoenças dos EUA) trouxe à tona,março2023, achados surpreendentes. O grupo demográfico que registrou o maior incremento no uso desses estimulantes – quase 20%apenas um ano – foi omulheres com idades20 a 30 anos.

As descobertas do CDC, aliadas à persistente faltapsicoestimulantes, suscitam questionamentos interessantes, para os quais ainda não se encontram respostas definitivas, sobre os fatores subjacentes a essas tendências.

medicamento abertocima balcão

Crédito, Getty Images

O desafiodiagnosticar o TDAH adulto

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Apesar do aumento da conscientização sobre o TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas com o transtorno, especialmente mulheres e indivíduosgrupos étnicos minoritários, não são diagnosticadas durante a infância.

Diferentementedepressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAHadultos é uma tarefa complexa. O processodiagnóstico, sejacrianças ou adultos, requer,primeiro lugar, estabelecer se os sintomasTDAH, constantes ou flutuantes, são graves e crônicos a pontoimpedir que a pessoa leve uma vida funcional e saudável.

Uma pessoa comum pode apresentar alguns traços que lembram o TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - o que torna desafiador caracterizá-las como sintomasum transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informaçõesfamiliares por meioescalasavaliação e analisam registros médicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionaissaúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldadeconcentração é o segundo sintoma mais comumtodos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fatorrisco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundáriosdepressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissionalsaúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente.

Considerando as circunstâncias da pandemiacovid-19, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto elas têm contribuído para o aumento nas prescriçõespsicoestimulantes.

No ano2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas estavam enfrentando perdasemprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação onlineseus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perdaentes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadasmaneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restriçõesespaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais.

Em 2021, o conceito"neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gamaprocessos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD (sigla inglesa do TDAH) se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdasobjetos, procrastinação e características do TDAH.

Entretanto, mesmo com a proliferaçãoconteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHDcategorias baseadasprecisão e utilidade da informação. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma,meio à crescente comunidadepessoas autodiagnosticadas com TDAH, muitas podem não estarfato sofrendo da condição. Para alguns, podem ter sido casos cibercondria - uma ansiedade focadasaúde após pesquisas online.

Outros podem ter confundido o TDAH com outro transtorno, o que é surpreendentemente comum. Além disso, alguns podem ter experimentado apenas leves problemasatenção, que não atingem o nívelgravidade para serem considerados TDAH.

Como eram o tratamentoTDAH2021

Em 2021, o sistemasaúde mental dos EUA enfrentou um cenário desafiador. A maioria dos prestadoresserviços tradicionais para o TDAH, como psiquiatras, psicólogos, terapeutassaúde mental e enfermeiras psiquiátricas, tinham listasespera com mesesantecedência para novos pacientes.

Indivíduosbuscaajuda para o TDAH começaram a encontrar consultas mais ágeis com seus médicosatenção primária, que podiam ou não se sentir confortáveisdiagnosticar e tratar o TDAHadultos.

Diante do aumento na demanda por cuidadosTDAH, novas opções eram necessárias para atender às necessidades dos pacientes.

Nessa mesma época, surgiram startups online voltadas para o tratamento do TDAH, atraindo potenciais consumidores por meioanúncios digitais cativantes, semelhantes aos que eu recebia.

Comparados aos métodos tradicionaisatendimento, os modelos adotados por essas startups buscavam cortar custos, priorizando avaliações rápidas e uma equipeprofissionais com remuneração mais acessível.

Também foi relatado que essas startups empregavam um modelotratamento padronizado que não ajustava adequadamente os tratamentos, muitas vezes optando pela prescriçãopsicoestimulantesveztratamentos potencialmente mais apropriados.

Algumas dessas empresas estão atualmente sob investigação do governo federal americano.

Embora esses modelos tenham gerado controvérsias na comunidade médica, é possível que tenham reduzido as barreiras ao tratamento do TDAH para muitas pessoas.

O veredicto final ainda não está claro. Até que o CDC disponibilize os dadosprescriçãoestimulantes para 2022 e 2023, pesquisadores como eu não terão uma visão completa sobre se as tendências observadas2021, como o aumento das prescrições para adultos e a alta demanda por medicamentosTDAH, se manterão.

Caso essas tendências se estabilizem, isso poderia indicar que os pacientes que anteriormente enfrentaram dificuldadesacesso aos cuidados finalmente terão a oportunidadereceber a ajuda necessária.

No entanto, se as prescrições para o TDAH retornarem aos níveis pré-pandêmicos, poderemos entender que uma combinaçãofatores ligados à pandemiacovid-19 causou um pico momentâneo nas buscas por tratamento do TDAH.

O que fica evidente é que a atual escassezprofissionaissaúde mental confortáveisdiagnosticar e tratar o TDAHadultos continuará a afetar a capacidadenovos pacientesreceber uma avaliação diagnóstica apropriada para o transtorno.

* Margaret Sibley é professoraPsiquiatria e Ciências Comportamentais da EscolaMedicina da UniversidadeWashington.

Este artigo foi publicado originalmente no sitenotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originalinglês.