Como baleias podem ensinar cientistas a falar com alienígenas:coritiba x ceará palpites
"É como experimentar outro mundo. Você as ouve vindo à superfície. Então há uma grande respiração, você pode ver, e elas estão todas juntas como um grupo. É simplesmente incrível", diz Josie Hubbard, especialistacoritiba x ceará palpitescomportamento animal na Universidade da Califórniacoritiba x ceará palpitesDavis.
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O que é o território?
Fim do Matérias recomendadas
Hubbard estava no naviocoritiba x ceará palpitespesquisa que flutuava, com todos os motores silenciados,coritiba x ceará palpitesFrederick Sound, no Alasca. A tripulação encontrou baleias jubarte pela primeira vez.
“De acordo com os regulamentos, é preciso parar a algumas centenascoritiba x ceará palpitesmetroscoritiba x ceará palpitesdistância [das baleias] e desligar o motor”, diz Hubbard.
Raramente as baleias se aproximam.
Neste caso, Twain,coritiba x ceará palpites38 anos, moveu-secoritiba x ceará palpitesdireção ao barco e circulou o navio por 20 minutos.
Hubbard faz parte da equipecoritiba x ceará palpitespesquisa do Seti, o projeto da Nasa (a agência espacial americana) para busca por inteligência extraterrestre. Seu nichocoritiba x ceará palpitespesquisa tenta compreender a complexidade comunicativa e a inteligência das baleias jubarte.
A equipecoritiba x ceará palpitespesquisa do Seti tem a esperançacoritiba x ceará palpitesque decifrar a comunicação das baleias nos ajude a entender os alienígenas, caso encontremos algum.
O grupo levanta a hipótesecoritiba x ceará palpitesque os sons das baleias contenham mensagens complexas e inteligentes, semelhantes às línguas usadas por humanos - ou, potencialmente, por extraterrestres.
As diferentes linguagens
Uma toneladacoritiba x ceará palpitescocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
No dia da “conversa”, Hubbard estava no convés superior, alheia ao trabalho dos especialistascoritiba x ceará palpitesacústica no piso inferior.
Abaixo do convés, Brenda McCowan estava transmitindo uma gravaçãocoritiba x ceará palpitesum contato com uma jubarte – um whup ou throp – atravéscoritiba x ceará palpitesum alto-falante subaquático.
Quando Twain finalmente se mexeu, Hubbard desceu correndo e encontrou um burburinhocoritiba x ceará palpitesexcitação. Twain tinha “respondido”, iniciando uma “conversa” que durou 20 minutos.
Longos, rítmicos ecoritiba x ceará palpitesconstante evolução, os cantos das baleias podem fluir por bacias oceânicas inteiras. Elas tagarelam com assobios e pulsos ou usam a ecolocalização (localização atráves do som) para pintar imagenscoritiba x ceará palpitesseu mundo subaquático.
As baleias encantam os humanos há séculos. Elas têm uma longa listacoritiba x ceará palpitescomportamentos semelhantes aos dos humanos: cooperam entre si, assim como com outras espécies, ensinam habilidades úteis umas às outras, cuidam dos filhotescoritiba x ceará palpitesforma coletiva e brincam.
No entanto, ao contrário dos humanos, o sentido dominante nas baleias não é a visão, mas a audição. A 200 metros abaixo da superfície do oceano, a luz já está foracoritiba x ceará palpitesalcance. O som, por outro lado, pode se mover mais longe e mais rápido na água do que no ar.
Os cetáceos misticetos (ou baleias-de-barbatanas) - incluindo as baleias jubarte, as baleias francas e as baleias azuis - desenvolveram uma laringe única que lhes permite produzir sonscoritiba x ceará palpitesfrequência superbaixa capazescoritiba x ceará palpitesviajar grandes distâncias.
As baleias azuis, por exemplo, emitem frequências tão baixas quanto 12,5 hertz, classificadas como infrassons e abaixo do limiar da audição humana.
Enquanto isso, os cetáceos odontocetos - que incluem cachalotes, golfinhos, botos e orcas - são os animais mais barulhentos da Terra e usam cliques ultrarrápidos para ecolocalização, para "ver" seu mundo, bem como pulsos e assobios suaves para se comunicar.
Os cetáceos evoluíram ao longocoritiba x ceará palpites50 milhõescoritiba x ceará palpitesanos para produzir e ouvir uma variedadecoritiba x ceará palpitessons complexos. Eles dependem do ruído para se comunicar entre si, para navegar, encontrar parceiros e alimentos, defender seus territórios e evitar predadores.
Os filhotes balbuciam como bebês humanos. Acredita-se que alguns tenham nomes, e que gruposcoritiba x ceará palpitesdiferentes partes do oceano tenham dialetos regionais. Já foram ouvidas baleias imitando os dialetoscoritiba x ceará palpitesgrupos estrangeiros – e acredita-se que algumas delas tenham até tentando imitar a linguagem humana.
O canto da baleia jubarte é considerado um dos mais complexos do reino animal. A primeira gravação do canto da espécie foi feitacoritiba x ceará palpites1952 pelo engenheiro da marinha dos EUA Frank Watlington.
Quase 20 anos depois, o biólogo marinho Roger Payne notou que essas chamadas tinham padrões repetidos. Isto transformou a nossa compreensão das vocalizações das baleias e despertou um interesse que levaria a décadascoritiba x ceará palpitespesquisa.
No entanto, diz McCowan, a nossa compreensão da comunicação das baleias ainda está no começo.
Encontros imediatos
Naquele dia específico na costa do Alasca, McCowan já havia transmitido uma sériecoritiba x ceará palpitessons diferentes, sem resposta.
“Mas esta chamada foi gravada no dia anterior”, diz ela, “e era desta populaçãocoritiba x ceará palpitesbaleias.”
“Depoiscoritiba x ceará palpitestocar o chamadocoritiba x ceará palpitescontato três vezes, tivemos essa grande resposta. Então, para manter o animal envolvido, comecei a tentar combinar a latênciacoritiba x ceará palpitesseus chamados com os nossos”, conta a pesquisadora.
“Se ela esperava 10 segundos, eu esperava 10 segundos. Acabamos nos combinando. Fizemos isso 36 vezescoritiba x ceará palpitesum períodocoritiba x ceará palpites20 minutos."
Durante toda a troca, Twain combinou consistentemente as variaçõescoritiba x ceará palpitesintervalo entre a reproduçãocoritiba x ceará palpitescada chamada.
Acredita-se que esta seja a primeira interação intencional entre humanos e baleias na "linguagem" da baleia jubarte. E, como a gravação era do grupo familiarcoritiba x ceará palpitesTwain, acrescenta Hubbard, isto poderia indicar alguma formacoritiba x ceará palpitesreconhecimento, possivelmente atécoritiba x ceará palpitesautorreconhecimento.
No entanto, estudar baleias tem suas dificuldades. McCowan enfatiza que Twain optou por se aproximar do barco e estava livre para sair quando quisesse – mas é aí que reside o problema.
As baleias geralmente podem ser encontradas onde quer que os peixes estejam, explica Hubbard.
"Mas não sabemos onde estão os peixes. Então, é preciso procurá-las para poder estudá-las."
E, para obter um estudo preciso, os pesquisadores têm que repetir o experimento e comprovar os resultados com grupos diferentescoritiba x ceará palpitesbaleias.
Em seguida, a equipe planeja variar as ligações que transmite.
“Ainda estamos numa fase muito inicial”, diz McCowan.
"Um grande desafio para nós é classificar esses sinais e determinar o seu contexto, para que possamos determinar o significado. Acho que inteligência artificial (IA) nos ajudará a fazer isso."
Inteligência artificial
A maiscoritiba x ceará palpites8 mil kmcoritiba x ceará palpitesdistância, especialistascoritiba x ceará palpitesinteligência artificial ecoritiba x ceará palpitesprocessamentocoritiba x ceará palpiteslinguagem natural, criptógrafos, linguistas, biólogos marinhos, especialistascoritiba x ceará palpitesrobótica ecoritiba x ceará palpitesacústica subaquática também esperam usar a IA para decifrar a conversaçãocoritiba x ceará palpitesoutra espécie: as cachalotes.
Lançadocoritiba x ceará palpites2020, o projeto Ceti (iniciativacoritiba x ceará palpitestradução cetacea,coritiba x ceará palpitesinglês), liderado pelo biólogo marinho David Gruber, tem registrado continuamente um grupocoritiba x ceará palpitesbaleias na costacoritiba x ceará palpitesDominica, uma ilha do Caribe.
Eles usam microfonescoritiba x ceará palpitesboias, peixes robóticos e etiquetas instaladas nas costas das baleias.
Gruber é um microbiólogo – um cientista que estuda o mundo microscópico – que passou a trabalhar com algumas das maiores criaturas do planeta. Ele começoucoritiba x ceará palpitescarreira analisando as interaçõescoritiba x ceará palpitesbactérias e protozoários no oceanocoritiba x ceará palpitesrelação ao ciclo do carbono e às mudanças climáticas.
A partir daí, ele passou por corais, águas-vivas e tubarões — até que seus interesses o levaram às baleias.
“Trata-secoritiba x ceará palpitesver o mundo da perspectiva dos animais”, diz ele, ou, no caso das baleias,coritiba x ceará palpites“ouvir o mundo”.
Os cachalotes, que têm os maiores cérebros entre qualquer espécie animal, reúnem-se na superfície do oceanocoritiba x ceará palpitesfamílias e comunicam-se atravéscoritiba x ceará palpitessequênciascoritiba x ceará palpitescliques semelhantes ao código Morse conhecidas como codas.
O grupocoritiba x ceará palpitescachalotes com o qual Ceti tem trabalhado é composto por cercacoritiba x ceará palpites400 mães, avós e filhotes.
"É difícil para nós entendermos o mundo delas para além destas breves interações na superfície”, diz Gruber.
"Esta é uma criatura tão única e gentil, e há tanta coisa acontecendo... Cada vez que olhamos, encontramos uma complexidade e estrutura mais profundas nacoritiba x ceará palpitescomunicação."
Ele acredita que estamos atingindo um pontocoritiba x ceará palpitesavanço tecnológico que significa que poderíamos “possivelmente” decodificar a comunicação das baleias.
Os dados coletados foram processados usando algoritmoscoritiba x ceará palpitesmachine learning (aprendizadocoritiba x ceará palpitesmáquina,coritiba x ceará palpitestradução literal) para detectar e classificar cliques, com resultados previstos para serem publicadoscoritiba x ceará palpites2024.
O objetivo, diz Gruber, é ser capazcoritiba x ceará palpitesreconstruir “conversas multipartidárias” –coritiba x ceará palpitesoutras palavras, criar uma "conversa" usando as vocalizações das próprias cachalotes.
Ouvir mais e falar menos
Mesmo que pudéssemos falar com as baleias, deveríamos? A capacidadecoritiba x ceará palpiteschamar as baleias poderia ser usada para caçá-las, por exemplo?
Novas tecnologias já ajudaram os caçadores antes. Tomemos como exemplo o sonar, que pode ser usado para localizar e assustar as baleias até a superfície, onde elas podem ser abatidas com mais facilidade.
“Provavelmente deveríamos ouvir mais e falar menos”, diz Samantha Blakeman, gestoracoritiba x ceará palpitesdados marinhos do Centro Nacionalcoritiba x ceará palpitesOceanografia, nos EUA.
Ela alerta que devemos ter cuidado com o antropomorfismo (a atribuiçãocoritiba x ceará palpitescaracterísticas humanas a outros elementos da natureza).
“Como cientista, você tenta estudar as coisas sem preconceitos”, diz ela.
"Você está sempre tentando sair da fórmula, mas é algo realmente difícilcoritiba x ceará palpitesfazer."
As baleias-de-barbatanas estão no topo da cadeia alimentar, observa Blakeman, o que significa que desempenham um papel realmente importante no ecossistema.
“São um indicador para aqueles que estudam a saúde dos ecossistemas oceânicos – porque qualquer coisa que aconteça mais abaixo na cadeia alimentar afetará o que acontece no topo”, diz Blakeman.
Maiscoritiba x ceará palpitesum quartocoritiba x ceará palpitestodas as espéciescoritiba x ceará palpitescetáceos estão ameaçadas,coritiba x ceará palpitesgrande parte devido à atividade humana.
As baleias também produzem fertilizantes naturais, diz Blakeman.
Mas um fator limitante para a vida no oceano é a faltacoritiba x ceará palpitesferro. O fitoplâncton precisacoritiba x ceará palpitesluz e nutrientes para crescer. Geralmente conseguem encontrar nitratos e fosfatos – mas o ferro tende a faltar.
As fezes das baleias, no entanto, contêm alta concentraçãocoritiba x ceará palpitesferro.
“Elas se alimentamcoritiba x ceará palpitesuma área e excretamcoritiba x ceará palpitesoutra”, diz Blakeman, “colocando o ferrocoritiba x ceará palpitesvolta na água, o que pode causar uma ondacoritiba x ceará palpitesvida nesta nova área".
As baleias também desempenham um papel importante no ciclo do carbono da Terra. O plâncton marinho captura carbono por meio da fotossíntese. Este plâncton é então comido pelas baleias.
“Quando morrem, [as baleias] afundam no oceano”, diz Blakeman. “Então, esse carbono é mantido fora da atmosfera por muito, muito tempo”.
Gruber espera que o trabalhocoritiba x ceará palpitesCeti aumente a conexão do homem com a natureza.
"A IA poderia permitir-nos compreender os sistemascoritiba x ceará palpitescomunicaçãocoritiba x ceará palpitesmuitas outras formascoritiba x ceará palpitesvida a um nível muito mais profundo. Penso que seria bom para o mundo se realmente ouvíssemos, se nos importássemos profundamente com o que as baleias dizem."
*Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.