Se você consegue andar rápido, provavelmente correrá rápido: a ciência por trás da corrida :bwin promo

As corridas se baseiambwin promouma equação muito simples: a velocidade é igual ao comprimento do passo multiplicado pelabwin promofrequência.

"Ou você dá passadas mais longas, ou passos mais rápidos. É o básico que você pode fazer", explica o pesquisadorbwin promobiomecânica, resistência e condicionamento Sam Gleadhill, da Universidade do Sul da Austrália.

"Mas a questão é que, se você aumentar uma dessas variáveis, não vai querer reduzir a outra."

Tentar aumentar o númerobwin promopassos pode resultarbwin promopassadas mais curtas e vice-versa. E a decisãobwin promoapostar mais no comprimento ou na frequência dos passos dependebwin promocada indivíduo.

Mesmo entre os corredoresbwin promoelite, existem diferenças significativas entre as técnicas adotadas pelos atletas.

"Até na final olímpica dos 100 metros rasos, haverá diferentes técnicas entre os corredores", segundo Gleadhill.

"Atletas como Christian Coleman são muito fortes e musculosos e se projetam à frente do bloco. Eles aceleram por muito tempo, ficam muito abaixadosbwin promorelação à pista e dão passos mais curtos. Já outros, como [Usain] Bolt, são mais altos ou têm o comprimento das pernas um pouco maior – por isso, eles dão passos mais longos."

Bolt atingebwin promovelocidade, principalmente, com o comprimento dos passos e a forçabwin promoreação do solo, que é a força produzida ao atingir o chão e que aumenta o comprimento da passada.

Na provabwin promoque Bolt estabeleceu o recorde mundial dos 100 metros rasos,bwin promo9,58 segundos,bwin promopassada mais longa atingiu 2,872 metros.

As evidências não são totalmente conclusivas, mas pesquisas indicam que a frequência dos passos exerce mais influência sobre a velocidadebwin promocorrida das mulheres. E, entre os homens, o comprimento da passada é o mais importante.

Esta distinção pode se dever,bwin promoparte, aos impactos positivos do comprimento das pernas sobre o comprimento da passada.

Os atletas que fazem uso do comprimento dos passos precisam manter a força nas pernas, o poderbwin promoexplosão e a flexibilidade dos quadris. Estas qualidades também ajudam a reduzir o tempobwin promocontato com o solo.

Em comparação com as outras pessoas, os músculos flexores dos joelhos e quadris dos velocistas são maiores.

Um estudo realizado com cinco homens velocistasbwin promoelite concluiu que seus tensores fáscia lata, sartório e glúteo máximo (todos na região dos quadris) são consistentemente maiores do que osbwin promo11 homens velocistas abaixo da elite.

A mesma equipebwin promopesquisadores responsabilizou o tamanho dos flexores dos quadris por uma variaçãobwin promo47,5% no desempenhobwin promocinco mulheres corredorasbwin promoelite,bwin promocomparação com 17 velocistas abaixo da elite.

Por outro lado, a frequência dos passos é determinada pela capacidadebwin promoexcitação dos neurônios motores, pela coordenação inter e intramuscular e pela fadiga neural. Os atletas que fazem uso da frequência dos passos precisambwin promoalta atividade neural pouco antesbwin promocorrer, para atingir rotação rápida das pernas.

Aumentar a força produzida quando o seu pé atinge o solo pode aumentar o comprimento da passada e abwin promovelocidade.

Mas existem dúvidas sobre até que ponto podemos aumentar a frequência dos nossos passos.

"Na minha opinião, você precisa contar mais com o aumento do comprimento da passada", aconselha o professorbwin promoBiomecânica Vassilios Panoutsakopoulos, da Universidade Aristótelesbwin promoTessalônica, na Grécia. "A frequência dos passos é algo que não muda depois que você amadurece."

Fatores genéticos e ambientais influenciam nosso desempenho ao correr. Mas a genética pode desempenhar um papel mais importante na frequência dos passos, que está relacionada à excitabilidade dos neurônios motores. Por isso, as pessoas que tendem naturalmente a andar mais rápido também podem ser melhores corredores.

O que pode ser aprimorado é a técnica. Panoutsakopoulos e seus colegas concluíram, por exemplo, que os velocistas jovens têm pés mais planos do que os corredores adultos, mais experientes.

"A nossa descoberta mais importante é que as crianças não fazem pawing [movimento feito por velocistas que busca minimizar o impulsobwin promofrenagem]", segundo o professor. "Os corredores jovens simplesmente colocam o pé [no chão]."

Panoutsakopoulos compara a técnica correta com o movimento das patasbwin promoum cavalo sobre o solo, flexionando os pés,bwin promovezbwin promocorrer com os pés planos, como um pato.

Outras técnicas eficientes para correr mais rápido incluem o contato com o solo mais para trás, projetando o centrobwin promomassa para frente, e inclinando o tronco para frente no início da corrida, o que gera força horizontal e aumenta a aceleração.

"Você pode ver isso quando os velocistas olímpicos saem do bloco com o ângulo da tíbia mais horizontal possível ou olhando para a pista", explica Gleadhill. "Na velocidade máxima, a força vertical passa a ser muito mais dominante."

A melhor forma – e a mais simples –bwin promoaumentar a velocidade é correr com frequência. Mas existem treinos que podem isolar os movimentos e aprimorar a técnica.

"Existe o [exercício do] joelho alto que, eu acho, muitas pessoas fazem errado", afirma Doyle.

"Quando correr, não erga seus joelhos para frente. O seu calcanhar vem para as suas nádegas e, com isso, seu joelho sai do lugarbwin promoqualquer forma."

Aprimorar as técnicasbwin promocorrida exige anosbwin promotreinamento para melhorar a coordenação, estabilidade, ativação do sistema nervoso e o uso dos músculos pelos atletas. Mas existem pequenos ajustes que todos podem tentar fazer, como flexionar mais os pés, inclinar-se para frente durante a aceleração ou concentrar-sebwin promotocar o solo pelo menor tempo possível.

Cada indivíduo é único, com diferentes comprimentosbwin promopernas e composição muscular. Por isso, vale a pena experimentar qual estilo pode fazer você correr mais depressa.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.